quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

800 - CALADINHO OU LEVAS NO FOCINHO !!!






  

Como todos sabemos é do caos que renasce a Fénix, e este país anda a precisar de uma grande limpeza. Uma limpeza tanto no sentido literal quanto no metafórico, estamos quase quase a dobrar os cinquenta anos do 25 de Abril e cada vez mais portugueses são de opinião ser uma data para esquecer.

 

Não para comemorar.

 

Os partidos do regime, sem excepção, tiveram tempo de sobra para arquitectar os seus sonhos de democracia, de ter ideais e ambição ! Mas e depois ? Depois de instalados esses partidos não tiveram tempo em 50 anos, nem para realizar essa ambição nem para cumprir os seus ideais ? Se esses partidos são tão bons como se acham, por que razão está Portugal tão mal ?

 

Podemos afirmar com uma certeza certa que para além de privilégios para alguns dos seus militantes, nem sequer para todos, esses partidos nem para eles foram, muito menos para os portugueses ou para esta nação.

 

Esqueceram a Pátria, a Família, e até Deus, não respeitaram os seus eleitores nem os seus programas, ao invés de motores de desenvolvimento foram coveiros da dignidade, da riqueza e potencialidades desta nação, venderam-se a si mesmos, e venderam Portugal por um prato de lentilhas.

 

Todos sabemos igualmente que existem problemas com os eleitores, metade deles descrê e não vai votar, e a outra metade vota nos mesmos de sempre julgando, e crendo, que alguma vez os mesmos farão diferente do que sempre fizeram.

 

Diz-se que os eleitores não se interessam pela politica, e nada me admira quando os mídia lhes escondem precisamente o que os faria levantar-se indignados do sofá !

 

Saberão os eleitores que nada ou quase nada em Portugal é nosso ?  Desde estradas, a barragens, a centrais eléctricas, redes de distribuição, transportes, empresas de construção, de metalurgia, cimenteiras, jornais, revistas, rádios, TVs e outras, imoveis aos milhares, herdades, olivais, lagares, rotas aéreas terrestres e marítimas, portos, aeroportos, a banca, os seguros, os correios, os telefones, hospitais, a EDP, qualquer dia só restará nas nossas mãos a mercearia do bairro e o barbeiro da esquina…

 

Agradeçam a esses partidos !! 


São bons a "amanhar-se" e deviam ser iso sim, os seus membros proeminentes julgados criminalmente por traição à Pátria !

 

Qualquer dia não, diria que já somos estrangeiros na nossa própria Pátria !!

 

Jovens casais já não ganham para comprar ou arrendar casa, ou ter um emprego, foram-lhes cortadas todas as oportunidades, dantes emigravam em busca de melhor vida lá fora, agora emigram por não serem capazes de fazer as suas vidas na própria Pátria !!

 

Saberão eles que já nada ou quase nada em Portugal é nosso ?  Saberão mesmo ou têm-lhes escondido a verdade ? Como têm feito com o Covid ? Com a Ucrânia ? Aliás como têm vindo a fazer com tudo ?

 

Por essas e por outras é que não irei ao concerto do Vitorino, um CONCERTO COMEMORATIVO DOS 50 ANOS DE ABRIL A REALIZAR NO TEATRO GARCIA RESENDE EM 16 FEV PRÓXIMO !! 

 

NÃO CONTEM COMIGO PARA ALINHAR NESSA FARSA !!

 

E se estes democratas tivessem vergonha nem comemorariam coisa nenhuma, mais valia terem vergonha do que conseguiram em 50 anos. Conseguiram menos que nada, zero. E não vou ver o Vitorino por ele estar mais velho, pois eu também estou, mas por o ver pactuar com os amiguinhos de sempre, com esta esquerda cega e estúpida que nos enfiou neste abismo, parecendo-me que ao Vitorino só lhe interessar facturar, facturar, facturar...  Devia envergonhar-se de dar a cara e o nome a uma data que nos está a codilhar e a envergonhar a todos...

 

Quem entregou o país ás mãos avaras de uma CEE sedenta de nos engolir ? Quem lhe fez o favor de acabar com as pescas, com a indústria, com a agricultura, quem ? Quem atirou o país para o colo do Euro quando se sabia que ninguém estava preparado para sobreviver no seio de uma moeda forte ? Quem comprou baratas as PME que não resistiram à mudança ?

 

Teríamos à nossa disposição um mercado de mais de 200 milhões não foi o que nos disseram ? Quando nem para tocar viola tínhamos mãos…  Nada vendemos a esses tais, mas eles vieram por aí adentro e tudo nos venderam e tudo nos compraram, só falta mesmo escorraçarem-nos daqui, e já o começaram a fazer !!  


Abre os olhos eleitor português !!  

Abre-os bem porque já somos “metecos“ na nossa própria terra !!

 

BE, PCP, PS, PSD e CDS há 50 anos que nada fazem pelos portugueses, a AD é a cara da incompetência tentando apelar a valores que morreram há décadas ! Depois da morte de Sá Carneiro e de Adelino Amaro da Costa a direita ficou órfã, até hoje ! E o PS disfarçou-se para lhe roubar o lugar.

 

A NAÇÃO NECESSITA URGENTEMENTE DE UMA DIREITA CONSERVADORA QUE ACTUE EM DEFESA DA FAMILIA, DA NAÇÃO E DOS PORTUGUESES !!

 

NECESSITA URGENTEMENTE DE UM PARTIDO QUE LITERAL E MATAFÓRICAMENTE ENDIREITE ESTE PAÍS !!  Que penalize os mídia que se renderam aos subsídios e se venderam à censura por três tostões. Os portugueses merecem saber a verdade ! Necessitam de órgãos de mídia independentes e que lhes contem a verdade ! O PÁGINA UM não pode ser uma excepção, tem que ser essa a regra ! Os portugueses andam sendo enganados há 50 anos !

 

O novel partIdo ADN, Alternativa Democrática Nacional veio para fazer o que devia estar feito há 50 anos, veio para fazer o que deve ser feito, para fazer o que ainda não foi feito, o ADN pretende precisamente devolver aos portugueses toda a liberdade e dignidade que perderam ao sofrerem com a queda do país num abismo sem fundo e com o crescimento inaudito de uma divida incompreensível e inaceitável !!

 

É nessa barricada que me verão, nas trincheiras do ADN, certamente lutarei por todos e por Portugal, e darei o meu melhor, como sempre, ou não teria aceitado ser candidato e dedicar-me a todo o trabalho partidário a fazer e necessário para resgatar Portugal das mãos dos irresponsáveis, ignorantes, inábeis e incompetentes esquerdistas que dele se apoderaram.

 

Viva Portugal !! Viva o ADN !!

 








O país precisa de uma grande varredela, disso não tenho a menor dúvida...  
Lembremo-nos que há males que vêm por bem ...  😕

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

799 - O HERBÁRIO DO ASTROFÍSICO ...


 

De vez em quando acontece, acontece-me e, desta vez pensei que assim tivesse sido, tivesse ido ao engano, ou não. 

Bem, para ser franco fui, fui e não fui. 

Sim, porque pensara ser o livro uma coisa e saiu-me outra. 

Não porque embora tendo saído coisa diferente não me desiludiu, antes me deixou inicialmente perplexo e depois admirado, surpreendido e finalmente agradecido.

 

Nunca pensara que o velhinho simpático que nos surge na capa fosse o próprio autor, mas é mesmo ele, e estava mais longe ainda de julgar esse velhinho, com toda uma vida dedicada à infinidade e aos mistérios do universo, se dedicasse e deliciasse com coisas tão prosaicas como as flores que pisamos ao atravessar quaisquer caminhos ou ao cortar a direito pelos campos adentro.

 

Desenhei então um quadro mental em que, uma mente sábia e habituada á grandeza e gigantismo das galáxias se debruçava sobre a singela pequenez da enorme beleza que dia a dia ignoramos. Desse modo fui avançando numa leitura que de início me colocara algumas dúvidas, outras tantas apreensões, e à qual torcera o nariz. Mas valeu a pena. 

 

Gosto de biografias e, não sendo o caso, é lícito acreditar que ao lê-lo saberei como pensa e desenvolve o raciocínio mental alguém à altura de um Einstein, acreditei que tal seria curioso e atirei-me ao livro, que me fora recomendado por quem com eles gosta de brincar, com o afã de um crente agnóstico.

 

Saindo de minha casa e virando à esquerda, entrando na privada pública quinta das Glicínias, propriedade do IEFP e centro de formação na área da agricultura e maquinaria inerente, embrenho-me num campo sem fim, pejado de flores silvestres, tal como Hubert Reeves descreve aqueles em que na Borgonha atravessa durante os seus idílicos passeios.

 

Verdade que já vos falara desses campos e os fotografara para um texto neste blogue sobre um outro livrinho, este, ou melhor esse, da autoria da nossa amiga ACL.

 

https://mentcapto.blogspot.com/2016/04/342-o-livro-da-leonarda.html

 

https://mentcapto.blogspot.com/2016/04/343-leoparda.html

 

Todavia, contudo, mas porém nunca é demais aceitar e anuir que olhava esses campos floridos no seu todo nunca me tendo preocupado com os milhares de individualidades florais que o compõem.

 

Verdade que o autor nos descreve cada flor e cada folha com uma ternura e uma paixão que, mais que nos esclarecer nos emociona e enternece (desculpai-me se isto soar a redundância), verdade que a sua leitura nos embevece, e acalma a alma, o que não deixa de ter o seu mérito considerando que as flores não tinham sido até aqui o meu principal foco de interesse.

 

Durante perto de quarenta e cinco anos vivi com uma tão sapiente quão bela flor selvagem, contida, comedida, diplomata, toda ela bom senso e etiqueta, a quem somente as limitações sociais mantinham dentro da jarra a partir da qual jorrava a luz que iluminou a minha vida.

 

Naturalmente tornei-me dependente dessa única e inigualável fonte de alegria, tão dependente que uma vez perdida iniciei a demanda do santo graal, buscar e colher flor igual que de novo apaziguasse os meus dias.

 

Demanda profícua é certo, tão profícua que hoje posso dizer estar literal e metaforicamente rodeado de flores, porém, foi preciso aparecer Hubert, aparecer e gritar-me que do alto da sua cátedra vira uma flor selvagem para que eu, deitando os olhos ao chão, visse de quanta simplicidade e beleza estou rodeado, tanto no que á flora concerne quanto concerne ao factor humano.

 

“Small is beautiful”, quantas vezes li os ensinamentos deste livrinho de mais de duzentas páginas e nos quais muito reflecti nos tempos da minha juventude, demorei mais de quarenta anos a debruçar-me seriamente sobre essa frase e a dissecá-la.

 

“A beleza das pequenas coisas” surpreende-me hoje que, aposentado, parei de correr para chegar a horas, para não faltar, para estar presente, para não falhar, concluindo ter andado correndo atrás de coisa nenhuma, sem tempo para olhar em meu redor e ver de quanta beleza estava cercado.

 

Que a flora vegetal e a fauna humana me perdoem o desiderato, tão parvo fui que exacerbado com os nossos actuais preconceitos, tabus, castas e iluminada racionalidade, nem ao menos vi nem a liliputiana beleza de que sempre estive rodeado nem o incomensurável infinito que preencheu a vida de Hubert, agora virado para as pequenas coisas, ele também um “Deus das pequenas coisas”.

 

Lendo-o sinto que me tornei outro, mais calmo, melhor pessoa, mais feliz, mais desapegado das coisas mundanas e do consumismo irracional que nos cilindra e, em que o mundo, e muito em especial este meu país são férteis.

 

Uma vez mais constato, isto anda tudo ligado, obrigado Ana por me teres levado ao engano.

Uma vez mais ?

Bom Ano Novo pessoal, cuidai de vós.