sexta-feira, 30 de outubro de 2020

666 - QUE FUTURO PARA PORTUGAL ?????????? *

 

Portugal, é sabido, embora a maioria da população o não saiba, nasceu de uma particularidade trivial, de uma casualidade aleatória, do respeito pela família, dum mancebo sem a escrita em dia, de uma fogosa jovem ninfomaníaca e de um duque que se lembrou de visitar a tia.

 Um conjunto de factos, aparentemente aleatórios e sem a mínima importância conjugaram-se contudo para dar origem a este país tão caricato hoje quanto o era há séculos, quanto o era p’la data do seu nascimento.

 Por volta do ano da graça de 1086 o rei da Galécia, Galiza, D. Afonso VI, que igualmente imperava sobre os reinos de Castela e Leão, encontrava-se incapaz de deter o avanço mouro para norte, o qual ameaçava submergir os seus reinos. Devido a este facto o rei optou por engolir o orgulho e pedir ajuda aos príncipes da Gália, os quais lho não negaram, tendo-lhe enviado em socorro o duque Eudo, com tropas suficientes e frescas. Tropas que uma vez cumprida a missão de que haviam sido incumbidas, travar o avanço mourisco, encetaram alegremente o regresso a casa, à Gália, hoje França.

 Porém, e já que ali estava, cá estava, na Galécia, Galiza, lembrou-se o duque ter por ali, recolhida algures num mosteiro, uma velha tia a quem seria de bom tom fazer uma visitinha. E já que ali estava, já que estava agachado, lembram-se da anedota dos ladrões e dos polícias passando de carro na noite escura fazendo a ronda  ?

 Isso mesmo, os ladrões esconderam-se, agacharam-se atrás dum muro até que o carro da polícia passasse e deixasse de representar qualquer perigo. Então, e já que estavam agachados, um deles terá aproveitado e,

cagou.

 Idem para o jovem duque Eudo, que, já que ali estava resolveu visitar a velha tia em recolhimento no tal mosteiro perdido algures nas faldas duma serra da Galécia. 

Com o duque tinham vindo dois nobres, dois primos, a quem a ideia de se demorarem por estas bandas não agradava. Nem lhes agradava o sossego nem o tempo perdido após tão boa refrega contra os mouros. Eram cavaleiros, eram homens de acção, eram jovens de sangue na guelra, Raymond et Henri assim se chamavam os nobres cavaleiros.

 Raimundo e Henrique, que malgrado os bocejos caíram nas graças de Afonso VI que logo pensou numa forma dos prender ali de modo a tê-los sempre à mão e na mão, caso os infiéis e atrevidos mouros se lembrassem de novas investidas.

 Após muitas voltas à cabeça e tendo tido tempo para os observar, logrou encontrar meio e modo de os prender à gleba, tendo-lhes dado o comando de recuadas terras, longínquas terras que ele mesmo raramente ou nunca visitava, sabendo apenas serem elas férteis quanto baste. Assim foi que calhou a Raimundo uma parte da Galécia, Galiza e a Henrique o condado de Portucale, Portugal.

 E para os contentar nas noites frias da Galécia e de Portucale o poderoso senhor ofereceu-lhes igualmente a mão de duas belas filhas que mantivera até aí a bom recato, D. Urraca, filha primogénita, herdeira e única legítima, de oito anos, para Raimundo visto serem os dois fortes pesados e corpulentos. D. Terexa, treze aninhos, para Henrique, visto serem ambos espigadotes, magros, fininhos e qualquer deles um molhe de músculos e de nervos.

 Sabe-se que gordura é formosura, mas também que  fartura não convida a brincadeiras na cama, peripécias na cama é coisa mais  para magrinhos, ou musculados, gente de nervos à flor da pele, ginastas, ou pelo menos gente com corpos flexíveis, acrobatas ou malabaristas.

 Mas deve ter sido assim que nasceu Afonso, filho de Henrique. Portugal deve portanto o seu nascimento a uma breve visitinha que o duque Eudo fez à tia antes de rumar à Gália, a França. Um acontecimento tão trivial tomou todavia as impensáveis proporções que hoje lhe conhecemos, o facto de D. Teresa a “Galga” como lhe chamavam, ser ninfomaníaca é outra trivialidade banal que contudo e uma vez viúva a oporia ao filho Afonso Henriques, já que este aceitava mal ou aceitou mal que a mãe, saltando de cama em cama como cadela galga no cio, andasse nas bocas do mundo e nas bocas e camas de todos os nobres do então Condado Portucalense segundo rezariam as más línguas da época.

 Portugal deve assim o seu peculiar nascimento a uma série de acontecimentos fortuitos tecidos pelo destino. O seu nascimento não obedeceu a nenhum plano, a nenhuma estratégia, a nenhuma visão de futuro. Portugal nasceu do sexo descontrolado de dois fogosos jovens, Henri e Terexa, a que se juntou a qualidade ou característica ninfomaníaca da “Galga”, levando para calar os zum zuns correntes no paço ao sabido e conhecido confronto e embate extremo entre mãe e filho, onde o pudor, a vergonha e a honra se encontravam de permeio.

 Tal e qual, foi mesmo assim,  atabalhoadamente e devido a mexericos que por casualidade ou casualmente Portugal nasceu, e quanto ao futuro podemos dizer estarmos nas mesmas circunstâncias, sem plano, sem estratégia, sem um pensamento ou visão de futuro e ao sabor dos fortuitos acontecimentos do mundo. Pau que nasce torto...

  Até quando ?

 Até quando seremos capazes de manter a tesão ? A independência ? Perdida que está há muito a fogosidade, a coesão, a solidariedade, a união que fez a força e a diferença durante quase 900 anos ?

 Até quando ?

Não estaremos nós, a nação, em processo acelerado de decadência, de deliquescência ? Será isto ainda um país independente ? Um país ?

Oremos… Porque isto já não é um país, transformou-se num absurdo... 



quarta-feira, 28 de outubro de 2020

665 - OS HOMENS QUE NÃO OS TÊM... Texto inédito, by Maria Luísa Baião *

           

Estou em mudanças, deixei há poucos dias a minha alegre casinha, cá me arranjei para ocupar uma outra, bem bonita e a desejo, com comodidades que a que deixei não tinha mas que a minha idade já não dispensava.

Entre outras vantagens dispõe de gás canalizado, o que o meu marido acha óptimo, (queixava-se que as botijas pareciam aumentar de peso a cada ano que passava), é um aprazível rés-do-chão rodeado por bonito jardim, e fica localizado pertinho da casa nova que o meu filho irá estrear, o que, não deixando remorsos à alegria de o ver partir, minimiza a dor da separação.

Por este motivo ando ainda com tudo em bolandas, de tal modo que até há poucos dias e ao certo só sabia onde tinha a escova dos dentes e pouco mais, quase tudo o resto andava embalado numa centena de caixas de cartão aguardando vez de arrumação, para o que me sobrava vontade mas não me chegava o tempo.

Finalmente tenho espaço para suprir a velha necessidade de um escritório/biblioteca à mão, pois todas sabemos quanto é difícil trabalhar sem condições e na velha casa os livros já se amontoavam por tudo que era sítio, visto ambos sermos leitores compulsivos, mas sobretudo porque o meu marido os devora mais rapidamente que a um petisco numa qualquer cervejaria.

Até ocuparem o seu lugar no novo espaço que lhes será dedicado, muitos deles repousam ainda nas ditas caixas de cartão, razão porque não recordo agora se é de Camus, Sartre, ou qualquer outro um título que me acudiu há dias à memória; “ Os homens e os outros”, a propósito do ter carácter ou da falta dele, numa questão levantada no seio de um grupo de amigos e num alegre convívio.

Sou por hábito e formação directa e frontal, assumo as minhas atitudes que defendo com tanta garra e convicção quanto estou disposta a retractar-me e corrigir-me quando erro. Engano-me algumas vezes e outras tantas sou assaltada por dúvidas, problema que procuro resolver na hora ou logo que possível. A dar o dito por não dito é que não me apanham.

Nessa roda de amigos lancei propositadamente para o ar uma rasteira que sabia de antemão só ser aceite por parvos, na absoluta certeza de não haver ali nenhum, coisa em que não me enganei. Mas alguém mordeu o isco e se denunciou, e denunciou-se não pela posição tomada, (na rasteira eu sabia que ninguém cairia), mas pelo modo como colocou a questão, toda ela solidamente alicerçada numa diplomática falta de bom senso, de diplomacia, de verticalidade e de coerência.

Respeito ideias contrárias, honram-me opositores à altura, crentes, honestos e assumidos na defesa intransigente daquilo em que acreditam, mas não vejo com os mesmos olhos aprendizes de feiticeiro, marionetes a mando de cadáveres adiados que pensam fugir a uma morte anunciada porque ouviram ao longe tocar as trombetas das suas hostes. Quando os sinos tocam a finados os cães fogem assustados porque desconhecem não ser por eles que dobram.

Os “homens”, especialmente os condenados, têm obrigação de saber por quem vão eles repicar e quer se ouça ou não o clamor das suas hostes, em duas coisas deveriam pensar,

- primeira; se elas chegam a tempo ou dispostas a salvá-los,

- segunda; se não seria boa opção fazer os mínimos estragos possíveis de modo a morrer com alguma dignidade e com menos pecados na consciência.

Qualquer condenado que assim proceda não ganhará certamente um óscar, mas morrerá de pé, num combate frente a frente e nunca sujeito às indignidades que lhe mancharão a memória e jamais lhe apagarão as nódoas que sobre si derramou.

Quanto ao meu amigo que tão infantilmente se denunciou, não me conforma que se tenha desculpado, traições não se perdoam nem se esquecem, saberá certamente que terá que viver o resto dos seus dias com o anátema de quem não procedeu correctamente. Há culpas que nem o mais compreensivo confessor redime, são culpas que nem terá coragem de confessar.

Quanto aos restantes amigos dessa grande roda que fizemos não me desiludiram, vincaram opiniões que defenderam com galhardia, nem outra coisa deles seria de esperar. Prevaleceu sobretudo entre todos e no final a concordância.

Saí satisfeita do convívio. O que me aborrece mesmo é precisar de fósforos e verificar que há homens que não os têm...

* By Maria Luísa Baião, texto inédito, escrito em 14-2-2001, não existe a certeza quanto ao facto de ter ou não sido publicado mas, a tê-lo sido, teria acontecido no Diário do Sul, coluna Kota de Mulher por esses dias ou semanas.  


sexta-feira, 9 de outubro de 2020

664 - O PILOTO TOP GUN E O ANJO BRANCO * ...


Ficara de borco sem dar acordo de si, o sangue empapando a terra numa mancha que alastrava demasiado rapidamente. Por isso lépido lhe acudi, esquecendo o folclore à nossa volta, o metralhar constante, os zumbidos sobre a cabeça, a terra pelo ar, tudo p’lo ar, o zunir da queda das granadas de morteiro, vertiginosa e fatal, a gritaria, o medo, os suores frios, a coragem, os relampejantes olhares e o flash de palavras de ordem trocadas, os sinais, os gestos, a rápida análise da situação e, quando me foi dado fogo de cobertura e protecção acerquei-me dele, virei-o e acudi-lhe.

 Misturavam-se o sangue golfando, a terra vermelha, as tripas, sem que ali naquele lugar e momento algo ou alguém conseguisse garroteá-lo, vedá-lo, pará-lo. Era, seria, uma questão de minutos. Puxei-o para mim, descansei-lhe a cabeça no colo, afaguei-lhe, limpei-lhe e ajeitei-lhe os cabelos enquanto lhe dirigia palavras ternas, calmamente esperançado que ele me ouvisse e que, se acordasse, não desse pela contradição entre o caos em nosso redor e a doçura com que lhe falava.

 Melhor talvez fosse já nem acordar mesmo, mas quem adivinha o minuto seguinte no meio duma confusão em que tudo muda a cada instante ? Se acordasse ter-se-ia apercebido não lhe restar qualquer hipótese, nem muito tempo. Apenas um istmo no lugar do rim direito o prendia ao hemisfério sul, o norte derretia-se a cada segundo, não tardaria e o degelo completar-se-ia, ele gelaria, eu recolheria as chapas e providenciaria um saco preto, grande, fecho éclair de cima a baixo. Um héli o levaria dali, nos levaria dali se sobrasse algum de nós.

 Tínhamos pedido apoio aéreo e um hélicanhão, mas nem os Fiat’s com napalm nem o héli, e nós cada vez mais apertados, nós cada vez menos. Quem vai à guerra dá e leva e naquele dia estávamos levando uma coça, uma sova, o Gouveia não era o único em maus lençóis…

 

- Meu tenente não me abandone, sei estar de abalada, chegou a minha vez, a minha hora, já sinto o frio tomando conta de mim e não me sinto, da cintura para baixo não sinto nada, desta não escapo.

 

Ajeitei-o melhor no meu regaço e apertei o braço em volta dos seus ombros.

 

- Diga à minha mãe que a amo muito, toda a vida amei, e à Esmeralda que sempre foi o amor da minha vida, que a amei tanto quanto pude, enquanto pude, e que vão para ela os meus últimos pensamentos, é uma boa moça e corajosa, meu tenente zele por ela, faça por ela, prometa-me que tudo fará por ela, que fará por ela o impossível.

 

Não tive tempo para lhe prometer nada, nem ele me deu tempo. Nem eu podia prometer-lhe fosse o que fosse. Nem ele sabia ter eu aprazado casamento com a Luisinha. Nem as mulheres se recomendam ou trocam como uma peça da farda, uma fita de metralhadora, uma faca, uma pistola, contudo o Gouveia nem foi dos que mais delirou. Era minha ordenança desde que chegáramos ao Cunene e nunca lhe ouvira uma palavra fora dos carris. Fechei-lhe os olhos e perdoei-o. Lamentei-o mais que o perdoei.   

 O apoio aéreo chegou finalmente para nos tirar de apuros, o hélicanhão chegaria alguns minutos depois mas por nada disto eu daria. A minha vez chegara também, todavia teria mais sorte que o Gouveia, o héli de evacuação chegara a tempo de me levar dali para fora e o Senhor não quisera que eu deixasse de me sentir. Voei dali para a salvação pilotado por um Top Gun e cuidado por um anjo branco que de imediato reconheci mas que, no estado em que me encontrava me neguei a conhecer.

 

………………  Voltei a mim com o grito imperativo e aflito do cabo boticas para o resto do grupo :

 - Deixem-no comigo ! Dêem-me espaço antes que ele se vá ! Alguém chame já um helicóptero caralho !

 Retomei a consciência e senti frios tremores assaltando-me naquele deserto quente e seco a que, na galhofa chamávamos o SPA da Namíbia e, ao mesmo tempo que a mão do boticas apertou a minha, senti a progressão de um estranho calor tomando-me da cabeça aos pés e ele, injectando-me confiança num sorriso,

 - Não temas, é a morfina, acalma-te, respira devagar e não te esforces, não te mexas, já vem um héli a caminho.

 Forcei-me a crer nas suas palavras e anui ante a certeza que aquele sorriso transmontano injectava em mim, de olhos fixos no ar revi os últimos momentos, qualquer coisa atirando-me contra o chão, desequilibrando-me como se tivesse levado um tremendo coice na costas, provocado pela pressão do ar mor a explosão, coice desembestado, atirando-me ao chão, enquanto um fio de sangue surgia por debaixo do cabelo empastando-o, escorrendo pela nuca e desaparecendo por dentro da camisa. À mistura um repetitivo e assustador matraquear vindo de sul, a barragem de morteiros caindo aleatoriamente à nossa volta, as nuvens de areia erguendo-se do chão, a gritaria deles, a nossa, atrás de mim alguém em desespero, o Gouveia acabara de se ir desta para melhor a situação deteriorava-se e o inimigo encurralava-nos a cada minuto que passava...

 - Eu já vos fodo todos  filhos da puta pretos dum cabrão !

 E num segundo todos calados, silêncio, escuridão, depois o frio glacial, os dentes batendo incapaz de os suster, o vozeirão do boticas, o carinho quente da sua mão apertando a minha, a esperança galgando-me as veias numa calorina anormal e ruborizante e finalmente o som de um héli, a boca tragando o pó feito lama nos lábios em que derramaram os cantis.

 - Baixem-se ! Alguém ajude aqui ! Atenção, todos ao mesmo tempo, às três para cima da maca ! E vai um e vão dois e vão três ! Agora ! Só vêm os da maca os outros baixem-se e dêem-nos cobertura !

 Recordo o balançar célere do levantar numa nuvem de pó, as mãos dela descobrindo-me o braço, tacteando-o, um frasco pendurado por cima pingando apressado, os olhos fixos em mim, ouvido no meu externo, escutando-me, a pressão de um dedo na carótida enquanto lia o relógio pendente do peito, o suor escorrendo-lhe em bagas, os cabelos em desalinho e gritando ao piloto

 - A direito a razar as árvores ou perdemo-lo meu Deus !

 Duas mãos segurando as minhas numa prece, lábios mordendo-se e murmurando em simultâneo uma ladainha que nunca entendi, quis erguer-me para beijar-lhe a testa e acordei longe dali num silêncio de hospital, no tecto branco ventoinhas remexendo o ar como pás de helicóptero em câmara lenta, uma touca branca debruçando-se sobre mim, uma mão invadindo-me as virilhas, a febre lida num termómetro prateado, um sorriso,

 - baixou,

três sacudidelas antes de pousado no pano bordado da mesinha de cabeceira, um jarro de água e uma jarra com rosas do deserto, linho, lençóis de linho branco * ………………..

 

O doce, terno, eficiente e competente anjo branco cujas mãos me ampararam era nada mais que uma das nossas primeiras enfermeiras paraquedistas, a Esmeralda, sim essa mesmo, a noiva do Gouveia, por isso me calei, por isso fingi nem a ter reconhecido, por isso me rebelei contra mim mesmo e sofri, decerto não seria eu a dar-lhe tão triste notícia. Eu não. Eu nunca.

 Anos mais tarde e com tempo vim a contar-lhe tudo pormenorizadamente, tim tim por tim tim, e naturalmente acabámos os dois chorando, mão na mão. Eu já casado havia um ror de anos com a Luisinha, ela a Esmeralda acabadinha de sair de um casamento que os muitos traumas de guerra que havia sofrido condenaram ao fracasso.

  Durante uns tempos vimo-nos um ao outro, casualmente, acidentalmente. Somente de anos-luz a anos-luz, outras vezes, calhando, pura sorte, casualmente víamo-nos pelos cafés, encontrávamo-nos aí pelos cafés… (ela estava sempre com sujeitos decentes) e quando nos fitávamos nos olhos, bem lá no fundo dos olhos, eu que sou homem nascido para fazer as coisas mais heróicas da vida virava a cabeça para o lado e dizia:

 

- Rapaz, traz-me um café…

                                                                                            Há mais amargura nisto que em toda a História das Guerras.


                    NOTA: Em itálico extractos do texto nº  221 - CONTRATEMPO EM XANGONGO .... 

                    e do poema “Domingo”, de Manuel da Fonseca.     

                    * https://mentcapto.blogspot.com/2015/01/221-contratempo-em-xangongo.html

                   https://mentcapto.blogspot.com/2019/07/610-2-esmeraldas-2-aneis-esmeralda.html