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TEXTOS POLÍTICOS 16 #
Analisei
à lupa o discurso de recandidatura do senhor presidente da edilidade, aquele cantado ali ao Jardim das Canas. É que não se
trata de um adversário mais, nem de um adversário qualquer, trata-se de alguém que
tendo tempo, muito tempo, pouco fez, muito pouco, vindo agora apresentar-se
como o supra sumo das realizações que se fizeram no concelho, aliás bem poucas,
muito poucas mesmo. Parabéns contudo aos seus conselheiros de imagem, tentaram,
não seio se conseguiram, tirar-lhe as cores de paraquedista e dar-lhe uma imagem
de eborense, de humanista, de humano. Temo contudo que tenham chegado tarde e o
povinho tenha há muito perdido a fé e não embale na conversa desses seus
assessores.
Não
irei alongar-me porque o assunto nem merece que se perca muito tempo com ele, o
senhor presidente esteve na frente da autarquia 8 anos, oito anos em que foram investidos
200 milhões de euros, palavras suas, o que dá feitas as contas, 25 milhões por
ano. É pouco, e nem nesse pouco acredito, onde se baseia ? Onde poderemos confirmar
esse dislate ? E tirando isso bem se pode dizer que nada mais foi feito em oito anos que sugar os eborenses para tapar o buraco da divida, a tal divida que todos sabem como apareceu mas acerca da qual ninguém sabe como o dinheiro desapareceu...
200 Milhões
que terão originado 2.000 postos de trabalho…. Quem o confirma ? Onde poderemos
ajuizar da justeza desse número ? No
mesmo sítio onde poderemos procurar o primeiro, no país de Alice, neste caso no
concelho de Alice, o concelho das maravilhas e onde a cada 100.000 euros de
investimento correspondeu um posto de trabalho. Nada mau, um verdadeiro milagre.
Mas foram esses 2.000 postos de trabalho criados em oito anos, o que nos dá uma
média de 250 novos postos de trabalho criados anualmente. Não é pouco nem pouquíssimo,
é nada senhor presidente. Mas deixo um repto, no mesmo jornal onde exultou com a "obra feita" deixe-nos sff uma listagem dos empreendimentos aprovados durante esses 8 anos e quantos postos de trabalho poderão ser indexados a cada um deles. Obrigado.
Quem
não me conhece talvez tenha pensado estar eu a reinar quando, no meu discurso durante
o jantar de apresentação, mais concretamente a 5 de Maio, dia em que André
Ventura se deslocou a Évora, talvez tenham pensado dizia eu, que me teria
deixado levar pelo entusiasmo quando prometi, e proferi alto e bom som que VENDEREMOS
O SOL A LUA E OS MONUMENTOS, VENDEREMOS TURISMO E CULTURA, e garantido num
prazo de 6 anos a criação de 10.000 novos empregos. Dez mil. Sempre são 1.666
postos de trabalho por ano senhor presidente, muitos mais que os seus 250 e um
número mais que plausível de ser alcançado. Para além disso jurei multiplicar
por 4, quatro, quadruplicar, o número do de lugares de estacionamento no centro
histórico a fim de reavivar a cidade, mormente o comércio tradicional e o
emprego.
Manterei,
manteremos a palavra quanto aos apoios a Évora candidata a cidade da cultura,
que reavaliaremos e revalorizaremos. E, cereja no topo do creme e do bolo, será
anunciado um Desígnio para Évora à volta do qual Turismo, Comércio, Emprego e
Cultura florescerão e com eles e qualidade de vida e bem-estar a que os
eborenses têm direito e lhes é prometido ha 46 anos, promessa nunca cumprida
que a minha candidatura cumprirá.
Um
desígnio, uma meta, um objectivo mobilizador e económico, coisa que Évora nunca
teve e em redor do qual, sem prejuízo de quaisquer outras ideias ou indústrias,
que aliás nem estamos em condições de desprezar quem quer que seja ou o que
quer que seja, se congregarão todos os eborenses apostados em tornar esta terra
grande e gloriosa como foi antanho.
Tem,
beneficia a nossa cidade uma serie de riquezas herdadas e invejáveis, gratuitas
e ao alcance da mão. Cabe-nos a nós encontrar maneira, modo, meio, de as aproveitar
uma vez que se encontram à mão de semear. Temos os monumentos, construídos á
volta de mil anos ou mais e mais que amortizados, há que colocar gente a
realizar a partir de hotéis roteiros que passem por eles, e entre eles parem em
cafés, pastelarias, lojas de artesanato, restaurantes, adegas, etc etc etc…
Promovam
provas de vinhos, de queijos, de sabores, doçaria, de ervas aromáticas, de
carne de porco preto, pára-quedismo, parapente, ralyes out road para carros e
motos, digo jipes, atletismo, natação, hipismo, futebol, pesca, lançamento de papagaios,
piscinas, saunas, restaurantes panorâmicos, esplanadas de invejar, sejamos
criativos, planifiquemos, e através de uma cronologia antecipadamente conhecida
para que os operadores turísticos planeiem os seus roteiros e instruam os seus
motoristas, articulemos e façamos convergir os nossos interesses.
Tudo
terá que ser bem articulado para que todos possam molhar a sopa e todos possam
ficar a ganhar, ganhando a cidade ou o concelho…. O vereador do turismo terá
que dar ao litro como soa dizer-se…Temos o Alto de S. Bento e a Barragem do
Monte Novo desaproveitados, podiam estar a deliciar a população eborense e a
criar empregos e riqueza e estão para ali ao abandono há décadas, enquanto isso
a cidade morre…. Aluguem, concessionem, lancem concursos…
O
sol, de longe a nossa maior riqueza é também a mais fácil de apanhar. Com
painéis fotovoltaicos ou para aquecimento de águas, com praias lacustres ou
fluviais e todas as estruturas que lhes são concomitantes, do bar ao hotel, será
sobretudo em instalações de apoio à terceira idade e dedicadas ao turismo
sénior, preparadas e adaptadas à prestação de cuidados paliativos que maior
rendimento poderemos obter dos benfazejos raios solares. Tornar Évora e o
Alentejo a Florida da Europa, a Suíça da Península, não é impossível, é missão
e desígnio que já devia até estar realizado, feito, construído, executado dando
emprego a milhares e regalando quem já deu na vida o que tinha a dar e merece
uma aposentação acolhedora…
Sol é dinheiro, sol são milhões, e quantos
dias de sol temos nós por ano ? 364 ? Se
não forem assim tantos andaremos lá perto. Articulando todos estes factores é
bem possível que, aliados a outros, consigamos ao fim de meia dúzia de anos a
criação de dez mil novos empregos no nosso concelho. Lancem-se concursos, concessione-se,
facilite-se, e não compliquem…
Reforme-se
senhor presidente, é mau economista e pior politico, acredito que seja um bom
homem, saia pela porta grande enquanto tal é possível, se ainda é possível, e
não culpe o Zé do Cano pelo total da dívida, quando ele chegou já ela ia em 70
e tal milhões, é muito dinheiro que ninguém sabe para onde foi e nunca ninguém
nos contou, uma parte terá ido para os amigos das águas, que aquilo no PS é só
amigos e amizades…
E já
agora peço desculpa, há dias acusei-o de trazer as decisões da sede do
colectivo, o Zé do Cano provavelmente trá-las-ia da sede do partido e
directamente das mãos dos donos do PS em Évora. Para quem não saiba o PS Évora tem
“donos”, os mesmos há uma catrefa de anos, acerca dos quais se diz,
alegadamente claro, possivelmente boato que isto há gente que é só o que larga,
boatos, mas dizem esses boatos que sem o amém dos donos ninguém faz nada em
Évora, e se faz é porque foi ungido.
Estamos bem servidos de democratas….
E ainda melhor de amigos…