quinta-feira, 27 de maio de 2021

703 “ FEIRA, ROSSIO E BOLINHA DO ALVERCA "


703 - “ A FEIRA O ROSSIO E A BOLINHA DO ALVERCA " 

# TEXTOS POLÍTICOS 15 #


Se queremos uma cidade moderna há que modernizar o Rossio de S. Brás. Enquadrá-lo com o jardim público, torná-lo uma sequência do primeiro, torná-lo um outro jardim, em moldes mais urbanos, atendendo à sua envolvente. O rossio não cresce, e este facto por sua vez limita a Feira de S. João, evento para que o rossio já não se encontra dimensionado.

Há que reformular o Rossio, fazer dele um novo ponto de encontro e lazer dos eborenses, de modo a causar impacto, a causar uma boa impressão aos viajantes e quem chega vindo da estação da CP, modernizarndo-o, impressioinando quem nos visitar e ali possa usufruir de uma centralidade verde, dinâmica com espelhos de água  correndo e murmurando, com árvores e sombras onde os jovens e menos jovens se possam encontrar e conviver. Simples, relva, água, árvores... Umas esplanadas, um "Monte Alentejano dedicado às tradições, vida, cultura, arte, música, espectaculos que chamem pessoas. Simples, muito simples, e através dele, rossio, duma inteligente intervenção nele mudarmos a imagem da própria cidade. 

A ideia que vos vou apresentar nem é totalmente minha, tem sido debatida por mim e por vários amigos ao longo do tempo e conforme as oportunidades, mas para ser franco fui roubá-la a um texto que já nem me recordo onde vi, e da autoria de um ex. presidente da Câmara Municipal de Redondo, o Eng.º Alfredo Barroso.

Talvez esta ideia seja de aproveitar pois foi uma das soluções mais lógicas e razoáveis que se me apresentou para, a curto e médio prazo, sobretudo estando a CME endividada como está, solucionar esta questão de modo simples rápido e eficaz. 

Simples mas genial a ideia anda à volta do aproveitamento do espaço do IROMA e adjacente, uma área quase idêntica à do Rossio e com algumas infra-estruturas já erguidas a pedir uma simples recuperação e adaptação à nova função. Ou isso ou construir de raiz na área do PITE / Plazza um novo parque, o que sairia caríssimo num momento em que, como sabemos, a edilidade se debate com problemas financeiros.

O problema como alguém diria, seria sentá-los todos à mesma mesa, no mesmo dia e a hora certa. CME, IROMA, e outras entidades, instituições que ocupam ou tutelam o espaço em questão pois como sabemos, nós portugueses somos peritos em desorganização não sustentada...

Quando não é irmos entretendo o tempo dando umas voltinhas no carrocel Alverca e a cada passagem um palmada na bolinha do dito cujo que lá está precisamente para nos distrair ... 



quarta-feira, 26 de maio de 2021

702 - CULTURA AO LITRO, A METRO OU A PESO

 

702 - “ CULTURA AO LITRO, A METRO OU A PESO "

# TEXTOS POLÍTICOS 14 #


Mau grado a presença entre nós de uma universidade, o tema cultura não parece ter tido ao longo do tempo o destaque que merece. A faculdade vive demasiado fechada sobre si mesma e não promove ou não publicita devidamente eventos e temáticas que absorvam o interesse da população, facto que a seu tempo e nível deverá ser abordado entre as duas instituições CME e UE.

 No que à leitura concerne é mais que tempo de concretizar um velho sonho da cidade, a construção de raiz de uma nova Biblioteca, pública, até por a existente não oferecer já condições para a exposição do seu acervo por manifesta falta de espaço. Um projecto a ter em conta e a dar prioridade para que quando a UE libertar fundos para tal estejamos em condições de rapidamente concorrer aos fundos disponibilizados, uma vez que a edilidade não tem meios financeiros para sozinha dar corpo a uma obra desta envergadura e custo.

 O Teatro Garcia de Resende encontra-se agora restaurado e oferecendo finalmente condições de segurança e práticas para que nele possam ser desenvolvidos programas de fundo, recurso a peças e representações que corram na capital e desejem deslocar-se a Évora, estou a lembrar-me meramente a título de exemplo de obras que Filipe La Féria tem produzido e tido sucesso não somente na capital como em muitas capitais de província onde se têm deslocado. Idem para o teatro de revista que há muitos anos era visita regular da nossa cidade.

 A companhia residente será alvo de cuidada atenção. Certamente todos desejamos e esperamos que a qualidade apregoada seja intrínseca e não fruto de jogos e interesses políticos. De qualquer modo o CENDREV será convidado a alterar completamente a sua programação e despi-la da carga ideológica que normalmente a enferma e motivo para que tantos eborenses se afastem do teatro e da cultura.

 O excesso de carga ideológica de esquerda manifestada no seu reportório não é representativa das ideologias acarinhadas pela maioria da população eborense, cujos votos se dividem pelos vários partidos do nosso espectro politico. Nem o CENDREV é uma filial da CDU. Sem rebuço o afirmo abertamente, com o CHEGA na presidência da autarquia o CENDREV vai ter que reformular as suas teorias e práticas, vai ter que demonstrar quanto vale e o que vale ou mudar de vida. A cultura e a população assim o merecem e exigem, fica a promessa.

 Os eventos de rua serão igualmente alvo de apurada análise, se o “Viva a Rua” e o “Artes à Rua” foram indubitavelmente programações de sucesso há que mantê-las e até aprimorá-las, o mesmo não poderemos dizer ou garantir acerca de outros eventos de rua, nem sempre os mais felizes, nem sempre os mais bem acolhidos pela população. A edilidade conta com bons profissionais neste item, com provas dadas há anos, não será difícil e em conjunto encontrar soluções que, terão que passar a contar com o factor turismo em futuras programações.

 Felizmente no que à cultura concerne a edilidade não está sozinha, felicite-se a Delegação Regional da Cultura e a Fundação Eugénio de Almeida, duas instituições que muito têm feito neste campo e certamente continuarão fazendo, manter com elas um diálogo vivo é imprescindível à vivência cultural da cidade de Évora.

 Outras instituições há cujo papel é igualmente de considerar, e a seu tempo e com tempo certamente o será. É intenção desta candidatura debruçar-se seriamente sobre as centenas de instituições que enriquecem o nosso concelho e dedicar-lhes atenção, sobretudo àquelas cuja actuação e função seja preponderante e determinante.

 O que a miríade de instituições apregoadas cuja acção não seja visível não poderá é continuar a ser um sorvedouro de subsídios que para mais não servirão que pagar votos e manter o status quo numa cidade que precisa urgentemente é de mudar de hábitos.

 Brevemente as escolas passarão para a tutela das autarquias, ensino é cultura por excelência e nenhuma presidência poderá alhear-se desse facto, seria porém extemporâneo debruçar-me agora sobre elas, sobre um caso preciso e futuro. Certamente o vereador da cultura terá a este propósito uma posição de força a marcar, seria falta de delicadeza estar a antecipar-me, portanto aguardemos a descentralização da educação, ou seja das mesmas. 

 Évora, a cidade que se quer bater com outras cidades como cidade da cultura é todavia uma cidade hostil, uma cidade que exclui, que segrega, que empurra para fora, que não nos quer no seu seio. Évora não é, nunca foi de há quarenta e tal anos para cá uma cidade una, todavia manteremos o apoio a Évora como cidade da cultura, situação que reavaliaremos e procuraremos revalorizar e potenciar.


 Brevemente será abordado o Desporto, a outra face desta mesma moeda.






terça-feira, 25 de maio de 2021

701 - “ HABITAÇÃO, CUSTOS E CASINOS " ...


701 - “ HABITAÇÃO, CUSTOS E CASINOS "

# TEXTOS POLÍTICOS 13 #


Não me recordo já quem foi o “amigo” do Facebook que me interpelou acerca do elevadíssimo custo das casas em Évora e do respectivo e igualmente alto valor do arrendamento. Mas a ideia ficou, ficou por já estar até agendada e meio trabalhada no meu programa de candidatura.

Hoje numa conversa mais longa no café com um outro amigo que costuma repartir comigo este tipo de preocupações, trouxe-me ele mais uma achega. Desta vez a propósito de habitações / edifícios, e não exclusivamente dedicados ao arrendamento ou habitação própria, uma vez que do edificado surgiram inclusive soluções para o elevado numero de desempregados existentes entre nós.        

Não sei se ele será tão radical quanto eu que sou um democrata liberal inveterado e ponho acima de tudo as virtualidades do mercado e da concorrência, havendo muito o preço baixa, existindo carência os preços sobem. Mas nem sempre o mercado obedece a esta balança, ou o equilíbrio nem sempre é reposto com a rapidez e brevidade que a situação exige, e, quando é assim os poderes instituídos podem e devem dar uma mãozinha, isto é colocar a mão num dos pratos da balança para que parem de oscilar e voltem mais rapidamente a uma situação de equilíbrio, satisfatória, aceitável.         

Hoje a conversa partiu da premissa que após um estudo deveriam ser adquiridos os imoveis do estado que estão para venda, posteriormente alvo de recuperação e transformados em habitação, hotelaria, ou qualquer outra utilização que lhe pudesse ser dada para, finalmente e através de venda em hasta pública ou modalidade legal e possível, ser entregue ao público, aos privados, que o habitariam ou explorariam a seu gosto e desejo. Todos lucrariam, todos ficariam contentes, desde os sem habitação até aos desempregados não esquecendo empresários e os investidores.

E a propósito da conversa às tantas eu atirei uma boca e resvalámos para a má língua;

 - Dantes é que era bom !

 Claro que o provocava, mas realmente dantes havia coisas que entendíamos, toda a gente entendia, e hoje ninguém entende.

 Os célebres prédios da caixa, ali a seguir à ponte da Nau, foram construídos com dinheiros excedentes na Segurança Social. Havendo muitas contribuições e quase nenhum desemprego, sim eu sei que havia outras razões, sim eu sei que poderiam ter sido feitas outras coisas ou acudido a diferentes carências, mas hoje estamos a abordar isto será disto que se falará.

Não sei mas calculo que o Bairro da Caixa hoje tenha hoje um nome mais democrático, talvez até o nome de quem nada teve a ver com o seu surgimento mas, a questão é que agora, que lutamos com mais dificuldades que nessa época, o destino dado ao dinheiro quando o há, não é a previdência, é a especulação.

A segurança social especializou-se nas apostas da banca e investe cegamente em fundos especulativos da mais diversa ordem e origem. Resultado, querendo multiplicar por mil cada tostão, fazer o bem está-lhe na massa do sangue, tem perdido ao longo das últimas décadas nesta roleta russa a que ninguém dá atenção, milhões e milhões de euros. Parece mentira, antes fosse.

 Abaixo segue lista de alguns links que poderão consultar para confirmar as razões da nossa conversa de café de hoje. É bom que dêem atenção para que saibam em que país vivem. Alguém com responsabilidades vive nas nuvens, ou somos levados a pensar que o azar não surge por acaso, é uma óptima ideia para desviar dinheiro público para outras bandas, com a justificação das imparidades ou combersa de treta parecida. A verdade é que alguém a toda a hora abre buracos que depois todos teremos que pagar….


https://www.google.com/search?q=seguran%C3%A7a+social+perde+milhoes+fundo+investimento&oq=seguran%C3%A7a+social+perde+milhoes+fundo+investimento&aqs=chrome..69i57j33i160.11687j0j4&sourceid=chrome&ie=UTF-8

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quarta-feira, 19 de maio de 2021

LOUISE GLÜCK, NÃO, NÃO GOSTAVA DELA ...

               


              699 - NÃO, NÃO GOSTAVA DELA

 

Não, não gostava dela, não me caiu na simpatia e cedo dei por perdido o dinheiro dos dois ou três livros dela que, numa entusiasmada expectativa comprara num impulso onde se misturava a solidariedade, o apreço, o reconhecimento pela obra de uma vida, e o individualismo interesseiro em passar regalado algumas horas debruçado sobre a sua poesia.

Começaram sendo mastigados à força, aquilo saía dos cânones, não era poesia não era nada, era uma mistura ecléctica de recordações e pensamentos dispersos dificílimos de entender e mais difíceis ainda de deglutir.

Mas de tanto teimar e tanto mastigar acabei ruminando a coisa e, gradualmente foi-se fazendo luz, aos poucos fui entrando no seu espírito, compreendendo o seu ponto de vista, ou pontos de vista e, o que me parecera inicialmente uma floresta desordenada começou aos poucos surgindo como um daqueles olivais intensivos (esses sim sem graça) que agora se vêem muito pelo Alentejo, e os seus poemas ordenados, com sentido, quais soldadinhos de chumbo alinhados na parada, petingas enfiadas num palito.

E então, comecei a lê-la com gosto, como quem degusta um bom petisco, sentado na cadeira de repouso da varanda, numa mão o livro, a devoção, na outra uma cerveja fresca fazendo fluir a função, página atrás de página, golada atrás de golada, e assim foi degolada a aversão que lhe tinha e, agora, conheço-a desde menina porque ela me conta cada medo, cada pensamento, cada sentimento vivido.

Vejo-a nitidamente, desfiando um rosário que aperta na mão e passa mágoa a mágoa, trauma a trauma, desejo a desejo, numa inaudível e inconfundível voz poética com que me grita quão lhe pesa e a fere o tormento da existência individual e do livre arbítrio.

Mudo de livro, tenho vários dela, agora já redimido de mim, vogando na austera beleza com que ela, Louise Glück, teima contar-me no seu modo quão a beleza tem de universal, e me ilumina verso a verso os mais ínfimos aspectos da natureza, aspectos em que eu jamais me concentrara e agora, milagre, foi como se alguém me tivesse dito:

- Ergue-te, e vê.

A sua poesia fala, e fala-me numa voz doce e de um modo franco e triste de quem passou a vida isolado, isolada, e os seus poemas tornaram-se-me secretas expressões do seu viver e sentir, estrofes duma experiência que me quer transmitir e, á noite, deitado na cama e antes de adormecer, eu que adoro a história ouço-a segredar-me dos mitos de outrora numa intensidade emocional que há muitos anos não sentia, melhor dizendo, não sentia desde que criança a minha avó Inácia, que me contava contos à lareira, ia depois pé ante pé ajeitar-me a roupa junto do pescoço, para que o frio não entrasse nem o calor saísse, pensando que não a via ou ouvia, quando eu, nem adormecia sem sentir o seu aconchego, por isso, Louise Glück não me conta dos mitos, conta-me contos.

Que mais vos posso dizer ? Que ouçam a poesia, que a natureza assim flua em vós como o sangue nas veias, o pensar no cogito, a beleza na alma, como vinho que ascende ao espírito. 



terça-feira, 18 de maio de 2021

698 - E HÁ OS HOMENS QUE NÃO OS TÊM... *


Estou em mudanças, deixei há poucos dias a minha alegre casinha, cá me arranjei para ocupar uma outra, bem bonita e a desejo, com comodidades que a que deixei não tinha mas que a minha idade já não dispensava.

 Entre outras vantagens dispõe de gás canalizado, o que o meu marido acha óptimo, (queixava-se que as botijas pareciam aumentar de peso a cada ano que passava), é um aprazível rés-do-chão rodeado por bonito jardim, e fica localizado pertinho da casa nova que o meu filho irá estrear, o que, não deixando remorsos à alegria de o ver partir, minimiza a dor da separação.

 Por este motivo ando ainda com tudo em bolandas, de tal modo que até há poucos dias e ao certo só sabia onde tinha a escova dos dentes e pouco mais, quase tudo o resto andava embalado numa centena de caixas de cartão aguardando vez de arrumação, para o que me sobrava vontade mas não me chegava o tempo.

 Finalmente tenho espaço para suprir a velha necessidade de um escritório/biblioteca à mão, pois todas sabemos quanto é difícil trabalhar sem condições e na velha casa os livros já se amontoavam por tudo que era sítio, visto ambos sermos leitores compulsivos, mas sobretudo porque o meu marido os devora mais rapidamente que a um petisco numa qualquer cervejaria.

 Até ocuparem o seu lugar no novo espaço que lhes será dedicado, muitos deles repousam ainda nas ditas caixas de cartão, razão porque não recordo agora se é de Camus, Sartre, ou qualquer outro um título que me acudiu há dias à memória; “ Os homens e os outros”, a propósito do ter carácter ou da falta dele, numa questão levantada no seio de um grupo de amigos e num alegre convívio.

 Sou por hábito e formação directa e frontal, assumo as minhas atitudes que defendo com tanta garra e convicção quanto estou disposta a retractar-me e corrigir-me quando erro. Engano-me algumas vezes e outras tantas sou assaltada por dúvidas, problema que procuro resolver na hora ou logo que possível. A dar o dito por não dito é que não me apanham.

 Nessa roda de amigos lancei propositadamente para o ar uma rasteira que sabia de antemão só ser aceite por parvos, na absoluta certeza de não haver ali nenhum, coisa em que não me enganei. Mas alguém mordeu o isco e se denunciou, e denunciou-se não pela posição tomada, (na rasteira eu sabia que ninguém cairia), mas pelo modo como colocou a questão, toda ela solidamente alicerçada numa diplomática falta de bom senso, de diplomacia, de verticalidade e de coerência.

Respeito ideias contrárias, honram-me opositores à altura, crentes, honestos e assumidos na defesa intransigente daquilo em que acreditam, mas não vejo com os mesmos olhos aprendizes de feiticeiro, marionetes a mando de cadáveres adiados que pensam fugir a uma morte anunciada porque ouviram ao longe tocar as trombetas das suas hostes. Quando os sinos tocam a finados os cães fogem assustados porque desconhecem não ser por eles que dobram.

 Os “homens”, especialmente os condenados, têm obrigação de saber por quem vão eles repicar e quer se ouça ou não o clamor das suas hostes, em duas coisas deveriam pensar,

  •  - primeira; se chegam a tempo ou dispostas a salvá-los,
  • - segunda; se não seria boa opção fazer os mínimos estragos possíveis de modo a morrer com alguma dignidade e com menos pecados na consciência.

 Qualquer condenado que assim proceda não ganhará certamente um óscar, mas morrerá de pé, num combate frente a frente e nunca sujeito às indignidades que lhe mancharão a memória e jamais lhe apagarão as nódoas que sobre si derramou.

 Quanto ao meu amigo que tão infantilmente se denunciou, não me conforma que se tenha desculpado, traições não se perdoam nem se esquecem, saberá certamente que terá que viver o resto dos seus dias com o anátema de quem não procedeu correctamente. Há culpas que nem o mais compreensivo confessor redime, são culpas que nem terá coragem de confessar.

 Quanto aos restantes amigos dessa grande roda que fizemos não me desiludiram, vincaram opiniões que defenderam com galhardia, nem outra coisa deles seria de esperar. Prevaleceu sobretudo entre todos e no final a concordância.

 Saí satisfeita do convívio. O que me aborrece mesmo é precisar de fósforos e verificar que há homens que não os têm...

 Texto inédito, by Maria Luísa Baião, texto inédito, escrito em 14-2-2001, não existe a certeza quanto ao facto de ter ou não sido publicado mas, a tê-lo sido, teria acontecido no Diário do Sul, coluna Kota de Mulher por esses dias ou semanas.