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- “ HABITAÇÃO, CUSTOS E CASINOS "
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TEXTOS POLÍTICOS 13 #
Não me recordo já quem foi o “amigo” do Facebook que me interpelou acerca do elevadíssimo custo das casas em Évora e do respectivo e igualmente alto valor do arrendamento. Mas a ideia ficou, ficou por já estar até agendada e meio trabalhada no meu programa de candidatura.
Hoje
numa conversa mais longa no café com um outro amigo que costuma repartir comigo
este tipo de preocupações, trouxe-me ele mais uma achega. Desta vez a propósito
de habitações / edifícios, e não exclusivamente dedicados ao arrendamento ou
habitação própria, uma vez que do edificado surgiram inclusive soluções para o
elevado numero de desempregados existentes entre nós.
Não
sei se ele será tão radical quanto eu que sou um democrata liberal inveterado e
ponho acima de tudo as virtualidades do mercado e da concorrência, havendo
muito o preço baixa, existindo carência os preços sobem. Mas nem sempre o mercado obedece a esta
balança, ou o equilíbrio nem sempre é reposto com a rapidez e brevidade que a
situação exige, e, quando é assim os poderes instituídos podem e devem dar uma
mãozinha, isto é colocar a mão num dos pratos da balança para que parem de oscilar
e voltem mais rapidamente a uma situação
de equilíbrio, satisfatória, aceitável.
Hoje
a conversa partiu da premissa que após um estudo deveriam ser adquiridos os
imoveis do estado que estão para venda, posteriormente alvo de recuperação e transformados
em habitação, hotelaria, ou qualquer outra utilização que lhe pudesse ser dada
para, finalmente e através de venda em hasta pública ou modalidade legal e possível, ser entregue ao público, aos privados, que o habitariam ou explorariam a seu
gosto e desejo. Todos lucrariam, todos ficariam contentes, desde os sem
habitação até aos desempregados não esquecendo empresários e os investidores.
E a
propósito da conversa às tantas eu atirei uma boca e resvalámos para a má língua;
- Dantes é que era bom !
Claro que o provocava, mas realmente dantes havia coisas que entendíamos, toda a gente entendia, e hoje ninguém entende.
Os célebres prédios da caixa, ali a seguir à
ponte da Nau, foram construídos com dinheiros excedentes na Segurança Social.
Havendo muitas contribuições e quase nenhum desemprego, sim eu sei que havia
outras razões, sim eu sei que poderiam ter sido feitas outras coisas ou acudido
a diferentes carências, mas hoje estamos a abordar isto será disto que se
falará.
Não
sei mas calculo que o Bairro da Caixa hoje tenha hoje um nome mais democrático,
talvez até o nome de quem nada teve a ver com o seu surgimento mas, a questão é
que agora, que lutamos com mais dificuldades que nessa época, o destino dado ao
dinheiro quando o há, não é a previdência, é a especulação.
A
segurança social especializou-se nas apostas da banca e investe cegamente em
fundos especulativos da mais diversa ordem e origem. Resultado, querendo
multiplicar por mil cada tostão, fazer o bem está-lhe na massa do sangue, tem
perdido ao longo das últimas décadas nesta roleta russa a que ninguém dá
atenção, milhões e milhões de euros. Parece mentira, antes fosse.
Abaixo segue lista de alguns links que poderão consultar para confirmar as razões da nossa conversa de café de hoje. É bom que dêem atenção para que saibam em que país vivem. Alguém com responsabilidades vive nas nuvens, ou somos levados a pensar que o azar não surge por acaso, é uma óptima ideia para desviar dinheiro público para outras bandas, com a justificação das imparidades ou combersa de treta parecida. A verdade é que alguém a toda a hora abre buracos que depois todos teremos que pagar….
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