domingo, 10 de junho de 2012
119 - S. JOÃO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
terça-feira, 8 de maio de 2012
118 - VAI, NÃO TEMAS…
Olá Cris, muito bom dia amiga.
Imagino-te já trabalhando. O tempo correrá a partir de agora, tão depressa como água em mangueira esquecida e aberta no jardim.
Queria dizer-te que tenhas calma, que a calma é meio caminho andado para que não percamos o controle sobre o pensamento, a memória, as atitudes e acções e a vontade.
Não acompanhei senão marginalmente o teu esforço, que como sabes elogio e acarinho, contudo creio que, mau grado o pouco tempo à tua disposição, te aplicaste afincadamente no estudo daquilo que abraçaste e que, não sendo matéria fácil, também não é um monstro de sete cabeças e te dará, no futuro, uma invulgar satisfação.
Não te condenes, não valerá a pena caso nem tudo te corra pelo melhor. A vida tem tantos imponderáveis quanta água tem o mar. Ficará para o ano, e tu então, com mais tempo para te preparares.
Creio no entanto que, a julgar pelas duas ou três questões que me colocaste, estarás minimamente capacitada e sobretudo motivada para que daqui a dois meses te submetas á prova capital.
Creio que superarás essa meta, é forçoso que acredites em ti, é forçoso que a tua auto-estima, auto-confiança e o teu ego confiem em ti.
Serás capaz claro, coisas bem mais difíceis já tu ultrapassaste e não morreste por isso. Muito menos se te opõe agora.
Não esqueças o que uma vez te disse, é extremamente importante na história a capacidade de a ver as perspectivas quer em sincronia quer em diacronia. Poderás não lembrar quando a corte se refugiou no Brasil, mas basta que lembres nada acontecer por acaso, tudo funcionar em cadeia, para que a memória recupere aquilo que parecia esquecido.
- Quando foram as invasões francesas ?
Não lembro…
- De que fugia a corte ?
Não lembro…
Já está !
Já recordo isso !
Eureka ! A corte fugia dos franceses !
- Vês como é fácil ?
- Vês a razão pela qual acredito em ti ?
- Vês porque confio que esse apelido Baião vencerá mais uma prova?
Acredita que és capaz, e até os nervos, o tal nervosismo miudinho de que te queixas e tantas vezes nos ataca terá imenso medo de ti !
O que não lembrares, passa adiante, deixa para o fim, o que souberes, espeta logo no papel, e não sejas avara com as palavras, nem poucas, para que não fique nada por dizer e pensem que não sabes, nem muitas que é para não correres o risco de falar demasiado e meteres os pés pelas mãos.
Falo-te com experiência, já cometi asneiras dessas, espero que as possas evitar.
Só me resta desejar-te sorte, a sorte protege os audazes como saberás, que tudo te corra pelo melhor são os meus sinceros votos.
A ti deves o que sabes, a mim não deves nada, absolutamente nada, pelo que quando lá sentada, conta somente contigo, e creio já não ser pouco.
Algum dia, em calhando, ou “secalhando” nos veremos por aí, e espero que possamos então rir do esforço que agora te preocupa certamente tanto.
Adeus prima Cris, sorte e um jinho.
sexta-feira, 4 de maio de 2012
117 - UMA LÁGRIMA DE LAURA…
Enquanto olhavam as fotografias davam risinhos, abafados, sustidos, como se não desejassem por nada deste mundo ser alvo de observação galhofeira, reinação.
Falavam baixo, e quando mutuamente se dirigiam, olhavam-se ternamente nos olhos, falavam doce, docemente, quase num sussurro, e o seu diálogo era mais adivinhado que ouvido, sensibilizava mais que suscitava curiosidade, e as suas expressões, reflectindo embora uma grande confiança na relação, certamente já antiga, mostravam um ar contrito contrastante com o que daquela cena se esperaria.
Pelo menos assim julguei o que via, mas juízos e julgamentos quantas vezes os fazemos precipitados não é ?
“…que o mundo não faça sentido, contesto, o mundo sempre foi assim, ingrato e incompreensível, tu é que não tinhas dado por isso, portanto, o mundo está certo, e tu errada, tens que mudar, até porque não conseguirias mudar o mundo querida…”.
Apercebi-me que, quem de costas para mim e a quem revolviam ternamente os cabelos se chamava Laura, foi a ela que vi puxar de um lencinho bordado guardado na manga, com o qual limpou levemente uma lágrima.
Não posso afirmá-lo à distância a que me encontrava mas, logo lembrei minha avó Ofélia que se entretinha, e entreteve anos e anos, bordando monogramas em lencinhos que dava a todas as netas e netos, numa prova de amor, carinho e dedicação que nos fazia sentir perdoados de todos os males e pecados.
“… mas quem te disse que não faço uma pequena ideia do que te vai na alma ? Aí estás enganada Laura ! Como fazê-lo, uma e outra vez e afirmares que seja por acaso ? Algo há neste oráculo improvisado que sou, tu própria o admites…”
E recordo-te avozinha, quando, ausente de mim, me recolhia no teu colo, eu já grande e pesado, buscando explicação para os vazios sentidos e que de quando em vez me sobressaltavam a existência, sobretudo quanto mais preenchida a pressentia e quando tal sensação de vazio menos esperaria.
Também tu avó Ofélia me acariciavas os cabelos, acarinhavas, sussurravas estórias de encantar aos ouvidos se, deitado sobre o teu regaço preto, cheirando a fumo de lareira, te escutava.
Tal efeito em mim tiveram essas sussurradas estórias que, hoje, homem maduro, e sem que possa contar já com esse colo, me basta o cheiro da fumaça para que a lembre e me acalme, paulatinamente, da sofreguidão exuberante para onde, mesmo em dias de bonança sou violentamente atirado.
E tanto te devo avó Ofélia ! Quanta força e confiança me deste ! E tantos amigos afirmando desejarem ter vinte anos e saberem o que sabem hoje, mas não eu, que cada um dos momentos da minha vida julguei ser o melhor e sempre me enganei, o que estava vivendo e os que estavam para vir foram sempre melhores, como agora, que me sinto no auge da vida e da satisfação, e por isso avó, crê que somente por isso, me acreditam convencido, exuberante, atrevido, e sei lá mais o quê, nada me interessa, nem que me chamem maricas, sejam felizes ! Eu sou-o ! Sou feliz ! Sou convicto ! Isso sim e tanto !
E tantas saudades tuas avó ! Quanto os teus sussurros me tornaram forte, quem imaginaria ! Tu me ensinaste; nada temer, tudo enfrentar.
Talvez seja dos poucos, ou o único, a colocar como que num edital o que me vai na alma, e o que penso ir na alma dos outros, e acredita-me avozinha ! São exercícios de introspecção e exorção fantástico para os meus demónios !
“… mas tirando o que disse, deixa-me que te diga, já me sinto melhor, ouvir as tuas sábias palavras foi um excelente antídoto Teresa…”
Ela envolveu-lhe os ombros num abraço romântico, ouvi, baixinho, entrecortada, esta frase apaziguadora e simultaneamente agradecida;
“… depois pergunto-me... porque me compreendes tão bem… como facilmente me percebes e me respondes de forma tão especial... dás-me colo sem te aperceberes, do quanto me embalas... “
“…ora diz-me lá se não há certamente muito que falar com uma Laura tão contentinha e feliz mas a desfazer-se pela base, algo não está bem não !
Conheço essa sensação… tanta gente a cala ! Mais que possas imaginar Laura…!”
Levantaram-se, deixaram umas moedas sobre a mesa e abraçadas, como sempre estiveram e julgo sempre estarão, num passinho lento se afastaram, as duas, Laura volvendo ao lencinho bordado, limpando outra lágrima, talvez aparando o pingo do nariz, não sei, não vi, não posso afirmá-lo à distância a que me encontrava.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
116 - ENFRENTAR OS MEDOS…................................
sexta-feira, 9 de março de 2012
115 - ACOMODAR-ME...
terça-feira, 6 de março de 2012
114 - ESTA É A DERRADEIRA VEZ QUE TE FALAREI DO MEU AMOR
Logo eu... eu que perdi meus olhos, nos olhos teus
Que em ti, me transformei,
desprezei o amor próprio,
Em ti, esqueci de mim,
revia-me em teu rosto
Suportando essa fragmentação temporal e emocional
Arrastando meu deserto sem oásis, tendo miragens
Mirando olhos que não me viam,
mãos que não me tocavam
Vozes que não me chamavam....
Eu não sabia!
Não sabia que tu, de mim nada sabias,
Tu, que eras minha vida,
que descobri-te dos meus segredos,
Tu, que enclausurou-se em minha memória
E fez-se eterno hóspede dos meus pensamentos,
A embaçar o véu do meu tempo nas surdas asas do vento.
Tu...feito ventania vestido de fantasia,
Enchendo meus dias de sonho e magia
Não ... nunca saberás da infinitude do meu amor ,
Nunca saberás que és minha vida... querido.
http://biarouquentin.blogspot.com/2012/01/esta-e-derradeira-vez-que-te-falarei-do.html postado às 17:40 de 27 de Janeiro de 2012
sábado, 3 de março de 2012
113 - "COMO ÁGUA PARA CHOCOLATE" ...............
domingo, 26 de fevereiro de 2012
112 - AINDA O TEU OLHAR.............................
AINDA O TEU OLHAR.....
de santidade e maldade,
sortilégios e sacrilégios de
insondáveis mistérios,
a desvendar os meus mistérios.
Charmoso , envolvente
que me deixa insegura
difusa, confusa,
olhar que me salva e absolve.
De sorriso torto, menino maroto
e sim... com jeito de peixe-morto
assanhado, safado, brejeiro,
meio moleque, cafajeste, debochado,
tipo Jack Nicholson.
Olhos de jade, da cor de mel
do mar, de ônix,
vivaz, inteligente,
de jogador de xadrez,
soberano, de divindade
filosófico, mitológico
olhos que cheiram a jasmim
e sabor achocolatado,
mal apagados, fumegantes
prontos para se rebelarem
em chamas tremeluzentes,
faíscam, chocam e entrechocam.
São excitantes, de puros pecados
húmidos, bem desenhados
puritanos, abismais, lascivos, mundanos
que provocam agitações intermitentes
e sensações calientes, perscrutantes, experientes
na arte de se projectar, no prazer de aparecer
sem culpas e desculpas,
na única certeza de sentir-se desejado
mais... mais… e muito mais...
Ardente e libidinoso, suspira, transpira e inspira
convites ao prazer,
useiro e vezeiro nas incursões
e excursões de sentimentos e sentidos
e no embate do corpo-a-corpo.
Olhos pirotécnicos, que queimam e incendeiam
num fogo invisível, volátil, faíscam, fagulham, ardem
deixando a carne exposta, derretendo o coração
sumindo, assumindo e consumindo
até virar fogo vivo.
Amo olhar o teu olhar, olho para te amar
ler, absorver e ouvir através deles
frases românticas e vulgares, aceitar o apelo da vida
aproveitando cada segundo vivido
sonhando esse sonho enquanto é possível
fadado a não durar muito.
alimentando desejos ocultos, adormecidos
olhos inabitáveis, que me alheiam à realidade
lembrando-me de lembrar, onde e quando começou
o ponto de partida, o meio do caminho, e o final.
perdi-me nesse teu olhar brilhante,
incessante, de eterno viajante.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
111 - ELE INVENTAVA O FUTURO !!! ......................
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
110 - O MEMBRO..........................................................
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
109 - VARANDIL ... JANELA DE MONSARAZ ...
E vai contente ! O futuro é contigo !