sábado, 17 de abril de 2021

687 - O DIFÍCIL ESTACIONAMENTO EM ÉVORA


“ O PROBLEMA DO ESTACIONAMENTO EM ÉVORA “

# TEXTOS POLÍTICOS 3 #

 

Independentemente dos muitos problemas que a cidade / concelho de Évora apresenta, três deles pelas suas características e implicações / ligações ao todo económico e social ganharam lugar de charneira nas preocupações da minha candidatura;

 

- A ECONOMIA, a variável mais fraca e ao longo de décadas a menos cuidada apesar dos enormes reflexos que tem nos mais variados aspectos de vida da comunidade. Economia significa empresas e empresários, e do sucesso destes depende o sucesso do emprego, das oportunidades abertas à juventude e à sua fixação e futuro, depende afinal o sucesso do nosso bem-estar e qualidade vida.

 

- O COMÉRCIO TRADICIONAL, com o foco principal no estacionamento, calcanhar de Aquiles duma cidade construída quási antes do inventar da roda e cujo espaço intramuros é disputado de tal forma que um erro na sua gestão condenará alguns a favor de outros. Da má gestão dos espaços dedicados ao estacionamento poderão resultar consequências altamente nefastas para a existência positiva do comércio tradicional, do emprego, e de vida e morte para a própria cidade.

 

- O ESTACIONAMENTO, mais estacionamento significará mais clientes, mais vendas, mais emprego, mais gente no centro histórico. Centro histórico agora prestes a passar à história pois tem sido alvo de uma tão grande devastação que erros de gestão e crises governamentais têm provocado que, enormíssima percentagem do comércio tradicional se viu obrigado a fechar as portas. O que significa menos riqueza, mais desemprego, menos rendas, enfim, um calvário de que somente a ignorância e a cegueira têm tirado proveito, se é que daí se tira proveito algum.

 

Para mal ou para bem dos nossos pecados a civilização deu-nos o automóvel, e antes que sejamos clientes ou compradores, antes mesmo de sermos peões deambulando pelas ruas e arcadas da cidade mirando as lojas, somos automobilistas. É ao volante do nosso carro que maioritariamente nos dirigimos ao centro histórico, entre outras coisas para efectuar compras. O contínuo bater com a cabeça na parede, isto é, uma, duas, três e quatro vezes não encontrando espaço para estacionar leva-nos a abandonar a ideia de entrar na cidade velha, logo a não comprar, a não a habitar, a ignorá-la, a virar-lhe as costas. Inconscientemente estamos a matá-la, e com ela ao comércio tradicional, ao emprego, ao arrendamento e ao nosso futuro.

 

Todos ficamos a perder, então que fazer ? É simples, aumentar os espaços de estacionamento, discuti-los entre peões e automobilistas, levar a que ambos façam cedências, um pouquito de espaço a menos para os peões, que também são automobilistas, conduzirá ao reavivar da cidade, do comércio tradicional e do emprego a ele afecto. É propósito desta candidatura alterar radicalmente a gestão existente e quadruplicar os espaços de estacionamento durante os anos da sua vigência.

 

Problema candente em toda a parte, o estacionamento, exige soluções tendo em conta o automobilista, mais que o peão, pois este antes de sair do carro e ir a pé onde deseja, sai de casa ao volante do seu carro e tudo o que procura é um lugar onde estacionar. Nenhuma cidade evoluirá sem o problema do estacionamento resolvido, Comércio Tradicional e turismo poderão nunca medrar por falta de estacionamento… O Alentejo é grande, o espaço é muito, por que razão parece termos as vistas curtas ? Nunca haverá cidade turística sem estacionamento, não o esqueçam, eu nunca tal esqueci.

 

Em Évora há que saber aproveitar a antiga garagem/estação da RN, com estruturas capazes, para nela erguer um silo de estacionamento dentro da cidade e sem ferir o visual citadino. Debaixo de jardim Diana existe outro belíssimo espaço a aproveitar, no largo da Igreja da Misericórdia outro, e no próprio largo da autarquia. Se queremos salvar o Comércio Tradicional e a cidade teremos que arranjar lugares onde cada automobilista possa estacionar. Condicione-se o estacionamento de que forma seja, criem-se contudo lugares, muitos mais lugares que os que há e a cidade e todos nós ganharemos.

 

Neste sentido urge agora não perder uma oportunidade de ouro, “transformar” a antiga estação da Rodoviária Nacional num silo para estacionamento, o que seria conseguido sem lhe estragar a fachada e aproveitando esse enorme espaço intramuros em benefício concreto da cidade, do turismo e do comércio. É agora a hora de fazer essa opção, nem se devem acerca desse espaço fazer quaisquer opções antes das eleições e da escolha de um novo executivo pelos cidadãos.

 



sexta-feira, 16 de abril de 2021

O TURISMO EM ÉVORA, TEXTOS POLÍTICOS 2

               

 686 “ O TURISMO EM ÉVORA “

# TEXTOS POLÍTICOS 2 #

 

Herdámos uma cidade impar, herdámos em monumentalidade uma riqueza inigualável, há muito amortizada, e cujos custos de manutenção, os únicos que temos com esse património, representam uma ínfima parte do rendimento que poderão proporcionar-nos.

Cuidar da cidade património mundial, mais que um dever é uma obrigação lógica, não temos minas de oiro nem poços de petróleo, mas temos sol e uma arquitectura monumental que nem temos sabido explorar devida ou convenientemente.

Dar nova vida a essa monumentalidade é fulcral, obter através dela novo fulgor, vigor e mais rendas para a nossa cidade, para todos nós. A preocupação e a atenção a pequenos pormenores aparentemente insignificantes como o estacionamento são fundamentais.

Não encontrar espaço para estacionar leva o turista, o visitante a abandonar a ideia de ficar ou recomendar a cidade. Logo não ficando não compra, ignora-a, virar-lhe as costas.

Não inconscientemente mas com plena consciência deste facto estamos a matar a cidade, e com ela o Turismo, o Comércio Tradicional e tudo quanto em redor deles volteia. Neste sentido urge agora não perder a oportunidade de “transformar” a antiga estação da Rodoviária Nacional num silo para estacionamento, o que seria conseguido sem lhe estragar a fachada e aproveitando o esse enorme espaço intramuros em benefício concreto de cidade, do turismo e do comércio.

É agora a hora de fazer essa opção, nem se devem acerca desse espaço fazer quaisquer opções antes das eleições e da escolha de um novo executivo pelos cidadãos.

É já mais que tempo para se tirarem conclusões, passaram anos sobre o fenómeno, a cidade morre, a cidade afunda-se social e economicamente sem que lhe acudam. Se queremos uma cidade com vida, amiga do turista, uma cidade viva e inclusiva onde os cidadãos e os visitantes se sintam bem acolhidos e melhor recebidos, se queremos manter vivo o comércio tradicional e apostar no turismo não podemos expulsar o turista, antes cativá-lo, fazer com que se sinta aqui bem, bem acolhido.

Pequenas atenções revigorarão o turismo eborense, muito centrado na hotelaria e restauração, quando há imensas possibilidades e potencialidades esperando a sua oportunidade.

O desenvolvimento do turismo poderá efectivamente, e não potencialmente, não gosto de trabalhar sobre ideias vagas mas sim sobre coisas concretas, iria contribuir para a criação de imensos postos de trabalho e para o aparecimento e desenvolvimento de muitas empresas das mais diversas especialidades que, ainda que a ele ligadas indirectamente se encontram dele dependentes, quer a montante, quer a jusante, e que sem ele nem surgirão nem vingarão.

Évora, a cidade que se quer bater com outras cidades como cidade da cultura é todavia uma cidade hostil, uma cidade que exclui, que segrega, que empurra para fora, que não nos quer no seu seio. É uma cidade simultaneamente agreste e agressiva, pontilhada de pilotis, proibições, condicionamentos, quando pelo contrário deveria ser uma cidade inclusiva, que nos desse atenção e onde nos sentíssemos abraçados, acolhidos, amados.

Por exemplo, os bloqueios ao estacionamento no Largo da Misericórdia e no passeio fronteiro a um determinado Hotel são verdadeiros instrumentos de tortura medievais. Admito que cumpram a sua função, mas é precisamente essa função que está errada, o resto mais não é que o seu reflexo material, bárbaro.

Um turista chega e, deslumbrado com a cor das acácias no Largo da Misericórdia ou com a lindíssima alva matinal alentejana ao chegar ao hotel, em qualquer dos casos distrai-se, a roda embica num desses instrumentos medievalescos, o pneu rasga ou rebenta, aí estão umas férias estragadas e uma cidade que jamais lhe sairá da memória pelas piores razões… Rico turismo…

Ou turismo p’ra ricos desafortunados…


Pintura de Fátima Magalhães, "Monte Alentejano" acrilico sobre tela, 30x30




685 - " ÉVORA E O CÉLEBRE CORREDOR AZUL "

685 - " ÉVORA E O CORREDOR AZUL "

# TEXTOS POLÍTICOS 1 #


Estava eu limpando a despensa quando ele me apareceu, todo de azul, aliás aparece de vez em quando. Sim, real e frequentemente a comunicação social do burgo o tráz à fala como sendo uma das potencialidades de Évora e do Alentejo, o célebre (porque muito martelado na imprensa) CORREDOR AZUL. Basta dar uma vista de olhos na net para nos depararmos com dezenas ou centenas de entradas incensando esse tal corredor ligando Lisboa/Setúbal a Elvas e ao Caia, logo a Badajoz e à Europa. Acabei de consultar a NET e encontrei 121.000, cento e vinte e uma mil entradas em somente 9 páginas… Não acham conversa a mais para tão poucos resultados ?

O problema do celebérrimo CORREDOR AZUL é que apenas tem alimentado os areópagos de políticos bem-falantes, dos tais que nos enchem a cabeça de promessas por cumprir e de ideias aparentemente radiantes. Mas onde estão os investimentos, as fábricas, as empresas, os produtos, os empregos, onde está o produto que necessitaria, exigiria o recurso ao CORREDOR AZUL ?

 Simplesmente não está, não há, nada mais houve ou há que conversa balofa para inglês ver e enganar papalvos. Quem e quantos dos municípios envolvidos se empenharem no apoio a empresas e empresários, no apoio ao emprego, no apoio à criação de riqueza que corresse ou escorresse pelo tão badalado corredor ?

A captação do investimento que alimentaria o CORREDOR AZUL por parte de todas as autarquias por ele “atravessadas” de Lisboa a Elvas, com passagem por Évora, parece ter falhado redondamente.

Como tantas outras coisas no Alentejo e no país o CORREDOR AZUL é mais um bluff, um logro cujo fim tem sido unicamente conquistar votos para continuar não fazendo nada…

Sim, porque pra fazer estamos cá nós,

Nós e o CHEGA, para fazer o que ainda não está feito…!




quarta-feira, 7 de abril de 2021

684 SOBRE O VIVER E O PENSAR by Luísa Baião *

             


684 - SOBRE O VIVER E O PENSAR by MARIA LUISA BAIÃO *

 

Vi-a vasculhando um caixote, depois outro. Virava e revirava os conteúdos, seleccionava os frascos, cujas tampas abria e, cheirando-os, com os dedos magros e sujos aproveitava o pouco ou nada que podia. Caía uma chuva miudinha, daquelas que não incomodando nos repassa se distraídas, a roupa e a alma.

 Era lusco-fusco, os faróis dos carros acesos, redondos, projectavam-se rectilíneos e infindos no piso molhado, espelhado, sem poças. Não a incomodavam já os olhares de quem passava e menos ainda de quem, como eu, sentada à mesa e à janela, caneta e papel na mão esperando motivo e inspiração para mais uma crónica, a olhava surpreendida primeiro, compreensiva depois.

 Que esconderiam aqueles andrajos? Aquela sofreguidão por algo que pudesse levar à boca? Aquela quase insolência para com o tempo, o desdém por quem a olhava? Não proíbem já a mendicidade como dantes parece, pelo contrário, estar a democratizar-se a pobreza.

 Globalizámos a pobreza e a miséria. Não precisamos mais das imagens do Sudão, da Etiópia, de Darfur. A globalização galopante e impante dos nossos dias coloca-nos à mesa queijo francês, frutas tropicais, vinhos internacionais. Mas igualmente na nossa peugada, os chacais de cujos restos os velhos e novos pobres aguentam os dias e os ais.

 São vidas preenchidas de tédio, mergulhadas em hábitos de limos que os ventos, em lamentos sibilantes, sopram em nossa direcção entristecendo-nos, envergonhando-nos. Sobre os ombros um xaile coçado. Pensei ter sentido o cheiro desse xaile.

 Um mistério naquela rua sombreada, com pouco movimento. No céu, escuro, brilharam relâmpagos, ecoaram trovões.

 A mulher vasculhava, vasculhava, como se a sua sobrevivência estivesse em jogo. A mim assaltavam-me náuseas, angustia. Via-a e ouvia-lhe o silêncio do esgaravatar no lixo, a silhueta débil, como se a vida lhe fosse estreita e estranha, por certo não lhe permitindo extravagâncias.

 A noite caía na directa proporção da mágoa que me crescia na alma. A sombra que a mulher é agora entreolha, espreita, faz-me calafrios. Estou petrificada perante essa sombra cujo rosto não diviso. Ela ignora que lhe invado os segredos, lhe traço mentalmente o carreiro do destino, lhe percorro o fado. Olho-a daqui, deste meu castelo onde habito segura. Sinto vontade de chorar. A vergonha tolhe-me.

 Que fazer com esta sombra que se multiplica na minha consciência a ponto de parecerem já mil, dez mil sombras, dez milhões?

 Terá alguma vez sido cliente da PT, provável consumidora da EDP, tido porventura conta na CGD, consumidora fiel da GALP, ficado com dívidas a alguma seguradora? Aproximo-me da sacada e vejo a rua negra e, na sombra, essa sombra que se arrasta e ameaça dissipar-se na névoa que se espalha.

 Um vazio entorpece-me, sinto esse vazio nas ruas desertas onde, em que, a madrugada irá mitigar esta angústia. As histórias de pobreza e de miséria repetir-se-ão, como miragens de horizonte em horizonte e retornarão às minhas horas atrás da janela olhando as ruas distantes, porque não as sinto já minhas mas de uma multidão de indigentes, crescente, vindos, nados, nas prosperidades de outras gentes que não eu, que me envergonho deste progresso que criei, que criámos. 

Aqui fiquei, assim fiquei, nesta solidão escura de minha casa onde, em sobressalto o coração bateu. Não fugi, não reagi, não dormi, nem a vontade se impôs contra este sobrenatural desvelo com que à valeta encostamos os novos e os velhos.

 O silêncio quedou-me, sussurrou-me verdades nada atreitas às amenidades burguesas de que desfruto, há muito atormentada, agora em luto. Silêncios que encobrem esquecimentos, desinteresses, recusas. O silêncio arquitectou-me planos, deu-me argumentos contra o sofrimento infligido por aqueles que não jogam limpo. 

Silenciar este silêncio incómodo é gritar aos quatro ventos quanto sou, quanto somos cúmplices dessas vidas que o não são, que não ouvimos, que não vimos, que não dizem nada, nada mais do que nos conta uma expressão magoada, lágrimas, choro, vergonha.

 Olhares sombrios de amargura, momentos tristes de vidas que o foram, agora em suplício, em despedida, em medo, em indiferença a nós votada. Sucesso, prazer, reconhecimento, status, graça, alegria, dinheiro, fama. Vãs glórias que não escondem a pobreza fingindo existências surdas, mudas, cegas aos nossos olhos bem pensantes.

 “Tenho tanto sentimento que frequente / me persuado de que sou sentimental / Mas reconheço ao medir-me / que tudo isso é pensamento / que não senti, afinal / Temos, todos que vivemos / uma vida que é vivida / e outra vida que é pensada / e a única vida que temos / é essa que é dividida / entre a verdadeira e a errada / Qual porém é verdadeira / e qual errada / ninguém nos saberá explicar / e vivemos de maneira / que a vida que a gente tem / é a que tem que pensar “  **

 
* Maria Luísa Baião, editado em 07-04-2012 no Facebook

** Fernando Pessoa – 1933 – “Sobre o Viver e o Pensar“


ÉVORA À CONVERSA, PROJECTOS AMBIENTAIS




                             683 - ÉVORA À CONVERSA

PROJECTOS AMBIENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL

 

Confesso que pensei em participar, mas depois vi quem organizava a coisa e de imediato me passou a ideia.

No actual momento a minha participação poderia ser entendida como mera provocação, e para além disso uma coisa já aprendi com os comunistas, apelam constantemente à nossa participação cívica mas depois, quando participamos e os confrontamos com ideias diferentes cai o Carmo e a Trindade.

Só se ouvem a eles mesmos, e confrontá-los no seu próprio espaço, coisa de que não estariam á espera, até seria giro. Mas ficai sabendo que tenho a minha ideia de desenvolvimento sustentável, primeiro tornar minimamente aceitável e sustentável a vida das famílias, tornar rentável a economia, e depois os luxos do sustentável.

Do desenvolvimento sustentado, tanto tenho ouvido apregoar esta palavra "sustentado", que o seu entendimento já perdeu para mim qualquer significado. E agora desculpem-me o desabafo, palhaçadas, tudo isto não passa de palhaçada, então num momento em que o país vive uma crise aguda, o desemprego atinge valores que todos escondem, num momento em que voltou a haver fome e aflição, num momento em que há tanto a esclarecer e a debater urgentemente, o candidato da câmara traz para o debate o ambiente e a sustentabilidade ? E se os promotores do evento o enfiassem por um sítio que eu cá sei acima ? Não será isso que estão a pedir ? Ou estarão a gozar com o pagode ?

 Tenho então que admitir ter virado moda esta coisa do sustentável, mas que é afinal isso do desenvolvimento sustentado ? Sustentado em quê ?  Eu diria que não é o desenvolvimento que é sustentado, pois se em Évora não tem havido nem há sequer desenvolvimento, quer parecer-me é que andamos a sustentar há muito gente que só tem promessas para nos dar, as velhas promessas de sempre, velhas de 40 anos... E combersa fiada...

Naturalmente tenho o meu próprio projecto ambiental, no caso ambiental empresarial, e não vos vou contar para já, lá mais para o meio da campanha irão saber, isto é quando chegar a altura própria... Não quero que me roubem as ideias…

Lá engraçada seria a minha participação no painel, mas já sei o que a casa gasta e não estou para aí virado, siam vinte cães atirados a um osso, viria de lá sem canelas. Já tive experiencias com eles, prefiro deixá-los a falar sozinhos, gostam de se ouvir...  Nem é medo ou receio, não quero ser mal entendido, mas aqueles “democratas” não me dizem nada, são o tipo de democratas com quem nem perco tempo...