“ O PROBLEMA
DO ESTACIONAMENTO EM ÉVORA “
# TEXTOS
POLÍTICOS 3 #
Independentemente dos muitos problemas
que a cidade / concelho de Évora apresenta, três deles pelas suas
características e implicações / ligações ao todo económico e social ganharam
lugar de charneira nas preocupações da minha candidatura;
- A ECONOMIA, a variável mais fraca e ao
longo de décadas a menos cuidada apesar dos enormes reflexos que tem nos mais
variados aspectos de vida da comunidade. Economia significa empresas e
empresários, e do sucesso destes depende o sucesso do emprego, das
oportunidades abertas à juventude e à sua fixação e futuro, depende afinal o
sucesso do nosso bem-estar e qualidade vida.
- O COMÉRCIO TRADICIONAL, com o foco principal
no estacionamento, calcanhar de Aquiles duma cidade construída quási antes do
inventar da roda e cujo espaço intramuros é disputado de tal forma que um erro
na sua gestão condenará alguns a favor de outros. Da má gestão dos espaços
dedicados ao estacionamento poderão resultar consequências altamente nefastas
para a existência positiva do comércio tradicional, do emprego, e de vida e
morte para a própria cidade.
- O ESTACIONAMENTO, mais estacionamento
significará mais clientes, mais vendas, mais emprego, mais gente no centro
histórico. Centro histórico agora prestes a passar à história pois tem sido
alvo de uma tão grande devastação que erros de gestão e crises governamentais têm
provocado que, enormíssima percentagem do comércio tradicional se viu obrigado
a fechar as portas. O que significa menos riqueza, mais desemprego, menos
rendas, enfim, um calvário de que somente a ignorância e a cegueira têm tirado
proveito, se é que daí se tira proveito algum.
Para mal ou para bem dos nossos pecados
a civilização deu-nos o automóvel, e antes que sejamos clientes ou compradores,
antes mesmo de sermos peões deambulando pelas ruas e arcadas da cidade mirando
as lojas, somos automobilistas. É ao volante do nosso carro que maioritariamente
nos dirigimos ao centro histórico, entre outras coisas para efectuar compras. O
contínuo bater com a cabeça na parede, isto é, uma, duas, três e quatro vezes
não encontrando espaço para estacionar leva-nos a abandonar a ideia de entrar
na cidade velha, logo a não comprar, a não a habitar, a ignorá-la, a virar-lhe
as costas. Inconscientemente estamos a matá-la, e com ela ao comércio
tradicional, ao emprego, ao arrendamento e ao nosso futuro.
Todos ficamos a perder, então que fazer
? É simples, aumentar os espaços de estacionamento, discuti-los entre peões e
automobilistas, levar a que ambos façam cedências, um pouquito de espaço a
menos para os peões, que também são automobilistas, conduzirá ao reavivar da
cidade, do comércio tradicional e do emprego a ele afecto. É propósito desta
candidatura alterar radicalmente a gestão existente e quadruplicar os espaços
de estacionamento durante os anos da sua vigência.
Problema candente em toda a parte, o
estacionamento, exige soluções tendo em conta o automobilista, mais que o peão,
pois este antes de sair do carro e ir a pé onde deseja, sai de casa ao volante
do seu carro e tudo o que procura é um lugar onde estacionar. Nenhuma cidade
evoluirá sem o problema do estacionamento resolvido, Comércio Tradicional e
turismo poderão nunca medrar por falta de estacionamento… O Alentejo é grande,
o espaço é muito, por que razão parece termos as vistas curtas ? Nunca haverá
cidade turística sem estacionamento, não o esqueçam, eu nunca tal esqueci.
Em Évora há que saber aproveitar a
antiga garagem/estação da RN, com estruturas capazes, para nela erguer um silo
de estacionamento dentro da cidade e sem ferir o visual citadino. Debaixo de
jardim Diana existe outro belíssimo espaço a aproveitar, no largo da Igreja da Misericórdia
outro, e no próprio largo da autarquia. Se queremos salvar o Comércio Tradicional
e a cidade teremos que arranjar lugares onde cada automobilista possa
estacionar. Condicione-se o estacionamento de que forma seja, criem-se contudo
lugares, muitos mais lugares que os que há e a cidade e todos nós ganharemos.
Neste sentido urge agora não perder uma
oportunidade de ouro, “transformar” a antiga estação da Rodoviária Nacional num
silo para estacionamento, o que seria conseguido sem lhe estragar a fachada e
aproveitando esse enorme espaço intramuros em benefício concreto da cidade, do
turismo e do comércio. É agora a hora de fazer essa opção, nem se devem acerca
desse espaço fazer quaisquer opções antes das eleições e da escolha de um novo
executivo pelos cidadãos.