PSICOLOGIA DO ESQUERDISMO
Um dos mais notáveis e certeiros diagnósticos do esquerdismo como fenómeno psicológico com que me deparei, em abono da verdade através do meu amigo Rodrigo Penedo já que sem a sua contribuição eu só conheceria metade da história, aquela metade que foi muito badalada na altura pelos mídia. Académico exemplar, Ted Kaczynski, que mais tarde viria a cair em desgraça, soube contudo diagnosticar, demonstrar e descrever a famigerada doença do esquerdismo....
Sim Rodrigo, concordo ser
indiscutivelmente o Manifesto do Ted Kaczynski a mostrar- nos a faceta
multifacetada do esquerdista, o qual por natureza dissimulado é afinal e
essencialmente um perturbado mental afectado por duas grandes tendências
psicológicas: “sentimentos de inferioridade e afectação negativa durante o
processo de socialização”.
Vejamos o brilhantismo
analítico de alguns excertos da obra de Kaczynski onde o autor analisa a forma
como a tara da inferioridade se manifesta no esquerdista:
«Por “sentimentos de inferioridade” entendemos não só os sentimentos de inferioridade em sentido estrito, mas todo um espectro de características inter-relacionadas: baixa auto-estima, sentimentos de impotência, tendências depressivas, derrotismo, culpa, ódio a si próprio, etc. Defende o autor que os esquerdistas modernos tendem a ter alguns destes sentimentos (possivelmente mais ou menos reprimidos) e que os mesmos são decisivos para determinar a direcção do esquerdismo moderno. (…)
Muitos esquerdistas, a
grande maioria deles, identificam-se intensamente com os problemas de grupo que
carregam a imagem de fraqueza (mulheres), derrotados (índios americanos),
repelentes (homossexuais) ou inferiores. Os próprios esquerdistas sentem que
esses grupos são inferiores. Nunca admitirão para si próprios terem tais sentimentos,
mas é precisamente porque vêem esses grupos como inferiores que se identificam
com os seus problemas, logo com eles.
Atenção, não se está a
sugerir que as mulheres, os índios, etc., sejam inferiores; está apenas a
fazer-se uma observação sobre a psicologia esquerdista). (…)
Os esquerdistas tendem a odiar tudo o que tenha agarrado ou identificado com uma imagem forte, bom e bem-sucedido. Odeiam a América, odeiam a civilização ocidental, odeiam os homens brancos, odeiam a racionalidade. As razões que os esquerdistas dão para odiar o Ocidente e o resto não correspondem claramente aos seus verdadeiros motivos.
Eles DIZEM que odeiam o
Ocidente porque é belicoso, imperialista, sexista, etnocêntrico, etc., mas onde
ou quando esses mesmos defeitos aparecem em países socialistas ou em culturas
primitivas, o esquerdista encontra desculpas para eles, ou, na melhor das
hipóteses, admite RESSENTIDO que eles existem; minimiza-os tanto quanto os
ENFATIZA, muitas vezes exagerando imenso esses defeitos quando os mesmos
aparecem na civilização ocidental.
Assim, torna-se claro que
esses defeitos não são o verdadeiro motivo do esquerdista para odiar a América
e o Ocidente. Ele odeia a América e o Ocidente porque são fortes e
bem-sucedidos.
Palavras tão simples como “auto-estima”, “autoconfiança”, “auto-suficiência”, “iniciativa”, “empreendedorismo”, “optimismo”, etc., têm pouca relevância no vocabulário de esquerda. O esquerdista é anti-individualista e pró-colectivista. Quer que a sociedade resolva os problemas de cada um, que satisfaça as necessidades de todos, que cuide deles. O esquerdista não é o tipo de pessoa que tenha um sentimento interior de confiança na sua capacidade de resolver os seus próprios problemas e satisfazer as suas próprias necessidades. Ele é antagónico em relação ao conceito de competição porque, no fundo, se sente um falhado, um perdedor
As formas de arte que apelam
aos intelectuais de esquerda modernos tendem a ser subjectivas, ambíguas, a
centrar-se na sordidez, na derrota e no desespero, ou então assumem um tom
orgiástico, descartando o controlo racional, como se não houvesse esperança de
conseguir nada através do cálculo racional e tudo de válido que nos restasse
fosse mergulhar nas sensações do momento..
Os modernos filósofos de
esquerda tendem a rejeitar a razão, a ciência, a realidade objectiva e a
insistir que tudo é culturalmente relativo. (…) O esquerdista odeia a ciência e
a racionalidade porque estas classificam certas crenças como verdadeiras (ou
seja, bem sucedidas, superiores) e outras crenças como falsas (ou seja,
falhadas, inferiores). Os sentimentos de inferioridade do esquerdista são tão
profundos que ele não pode tolerar qualquer classificação de algumas coisas
como bem-sucedidas ou superiores e outras como falhadas ou inferiores.
Isto também está subjacente à rejeição, por parte de muitos esquerdistas, do conceito de doença mental e da utilidade dos testes de QI. Os esquerdistas são profundamente contra as explicações genéticas das capacidades ou do comportamento humano porque essas explicações tendem a fazer com que algumas pessoas pareçam superiores ou inferiores a outras. Os esquerdistas preferem dar à sociedade o crédito ou a culpa pela capacidade ou falta dela de um indivíduo. Assim, se uma pessoa é “inferior”, a culpa não é dela, mas da sociedade, que não a terá, como seria sua obrigação, educado correctamente.
O esquerdista não é
tipicamente o tipo de pessoa cujos sentimentos de inferioridade o tornem um
fanfarrão, um egoísta, um rufia, um auto-promotor, um competidor implacável.
Este tipo de pessoa não perdeu totalmente a fé em si próprio. Tem um défice
profundamente intuído do seu sentido de poder e de auto-estima, mas ainda
consegue conceber-se como tendo a capacidade de ser forte, e os seus esforços
para se tornar forte produzem todavia o comportamento desagradável que lhe
conhecemos e que a caracteriza.
Mas o esquerdista está
demasiado longe disso. Os seus sentimentos de inferioridade estão tão
enraizados que ele não consegue conceber-se como individualmente forte e
valioso. Daí o colectivismo do esquerdista. Ele só se pode sentir forte como
membro de uma grande organização ou de um movimento de massas com o qual se
identifica.
Reparem na tendência
masoquista das tácticas da esquerda. Os esquerdistas protestam deitando-se na
frente dos veículos, provocam intencionalmente a polícia ou os racistas para
que os maltratarem, etc. Estas tácticas podem muitas vezes ser eficazes, mas
muitos esquerdistas utilizam-nas não como um meio para atingir um fim, mas
porque PREFEREM tácticas masoquistas. O ódio a si próprio é uma característica
da esquerda.
Todavia Theodore John Kaczynski não é
flor que se cheire, licenciou-se na conceituada Universidade de Harvard em
1962, integrando de seguida o corpo docente da Universidade de Michigan onde
obteve o seu mestrado (1964) e o doutoramento (1967) em Matemáticas, sendo-lhe
atribuído o Galardão Myers Para Melhor Dissertação do Ano.
Apesar dos diplomas e de ter dedicado a
vida fazendo ressoar o alarme quanto ao que considera o principal problema da
humanidade: a omnipresente subjugação à força destrutiva do progresso
tecnológico. Nos seus escritos articula uma extensa crítica ao "sistema
tecno-industrial" antevendo as consequências catastróficas deste para a
humanidade e para a biosfera, daí a autoria de A SOCIEDADE INDUSTRIAL E O SEU FUTURO....
Kaczynski nascido em 1942 em Evergreen
Park, Illinois, foi um prodígio intelectual, ingressou na Universidade de
Harvard aos 16 anos, onde se licenciou, tendo tirado o mestrado e doutoramento
aos 24 anos na Universidade de Michigan, tendo
sido aos 25 anos o mais jovem professor de Matemáticas na história da Universidade
Califórnia Berkeley. Passados dois anos abandonou o ensino e mudou-se para
uma área remota do Montana para concretizar a ambição pessoal de viver de modo
autónomo e auto-suficiente, adoptando um estilo de vida sobrevivencialista,
vivendo da terra e da caça durante cerca de vinte anos.
Tendo sido condenado a uma pena de
prisão vitalícia pela campanha de atentados à bomba em que ficou conhecido como
Unabomber, Kaczynski encontra-se encarcerado em regime de cela solitária numa
Prisão Federal no Colorado desde 1998, onde continua contudo escrevendo ensaios
tecnofóbicos.
Em 14 de Dezembro de 2021
e de acordo com Donald Murphy, porta-voz do Departamento
prisional, Kaczynski foi transportado para o centro médico prisional FMC Butner,
na Carolina do Norte. Murphy recusou-se a fornecer qualquer detalhe sobre a
situação clínica de Kaczynski ou a razão pela qual foi transferido. No entanto,
numa conversa por meio de carta, Kaczynski indicou estar sofrendo de cancro
terminal e que a sua expectativa de vida seria de dois anos ou menos, mas isso
nunca foi confirmado. Porém, na manhã de 10 de Junho de 2023, funcionários da
prisão descobriram que Kaczynski tinha morrido em sua cela na cadeia da
Carolina do Norte.
Obras
O Manifesto Unabomber
Industrial Society And its Future.
The New York Times e The Washington Post, 1995. ISBN 0-9634205-2-6
A Sociedade Industrial e Seu Futuro.
Editora Baraúna, 2014. ISBN 978-85-437-0127-1
Artigos e Ensaios
Morality and Revolution (Moralidade e
Revolução), 1999.
Ship of Fools (O Navio dos Tolos),
1999.
When Non-Violence is Suicide (Quando
a Não Violência É um Suicídio), 2001.
Hit Where It Hurts (Atinja Onde Dói),
2002.
The Coming Revolution (A Revolução
que se Aproxima), 2005.
The Road to Revolution (O Caminho para
a Revolução), 2005.
Coletâneas
The Road to Revolution. Éditions
Xenia, 2008. ISBN 978-2-88892-065-6
L'effondrement du Système
Technologique, 2008. ISBN 978-2-88892-027-4
Technological Slavery. Feral House,
2010. ISBN 978-1-932595-80-2
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ted_Kaczynski