quarta-feira, 2 de julho de 2025

834 - A PSICOLOGIA DO ESQUERDISMO ...

               


     

PSICOLOGIA DO ESQUERDISMO

 

Um dos mais notáveis e certeiros diagnósticos do esquerdismo como fenómeno psicológico com que me deparei, em abono da verdade através do meu amigo Rodrigo Penedo já que sem a sua contribuição eu só conheceria metade da história, aquela metade que foi muito badalada na altura pelos mídia. Académico exemplar, Ted Kaczynski, que mais tarde viria a cair em desgraça, soube contudo diagnosticar, demonstrar e descrever a famigerada doença do esquerdismo....

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Sim Rodrigo, concordo ser indiscutivelmente o Manifesto do Ted Kaczynski a mostrar- nos a faceta multifacetada do esquerdista, o qual por natureza dissimulado é afinal e essencialmente um perturbado mental afectado por duas grandes tendências psicológicas: “sentimentos de inferioridade e afectação negativa durante o processo de socialização”.  


Vejamos o brilhantismo analítico de alguns excertos da obra de Kaczynski onde o autor analisa a forma como a tara da inferioridade se manifesta no esquerdista:

  «Por “sentimentos de inferioridade” entendemos não só os sentimentos de inferioridade em sentido estrito, mas todo um espectro de características inter-relacionadas: baixa auto-estima, sentimentos de impotência, tendências depressivas, derrotismo, culpa, ódio a si próprio, etc. Defende o autor que os esquerdistas modernos tendem a ter alguns destes sentimentos (possivelmente mais ou menos reprimidos) e que os mesmos são decisivos para determinar a direcção do esquerdismo moderno. (…)

Muitos esquerdistas, a grande maioria deles, identificam-se intensamente com os problemas de grupo que carregam a imagem de fraqueza (mulheres), derrotados (índios americanos), repelentes (homossexuais) ou inferiores. Os próprios esquerdistas sentem que esses grupos são inferiores. Nunca admitirão para si próprios terem tais sentimentos, mas é precisamente porque vêem esses grupos como inferiores que se identificam com os seus problemas, logo com eles.

Atenção, não se está a sugerir que as mulheres, os índios, etc., sejam inferiores; está apenas a fazer-se uma observação sobre a psicologia esquerdista). (…)

Os esquerdistas tendem a odiar tudo o que tenha agarrado ou identificado com uma imagem forte, bom e bem-sucedido. Odeiam a América, odeiam a civilização ocidental, odeiam os homens brancos, odeiam a racionalidade. As razões que os esquerdistas dão para odiar o Ocidente e o resto não correspondem claramente aos seus verdadeiros motivos.

Eles DIZEM que odeiam o Ocidente porque é belicoso, imperialista, sexista, etnocêntrico, etc., mas onde ou quando esses mesmos defeitos aparecem em países socialistas ou em culturas primitivas, o esquerdista encontra desculpas para eles, ou, na melhor das hipóteses, admite RESSENTIDO que eles existem; minimiza-os tanto quanto os ENFATIZA, muitas vezes exagerando imenso esses defeitos quando os mesmos aparecem na civilização ocidental.

Assim, torna-se claro que esses defeitos não são o verdadeiro motivo do esquerdista para odiar a América e o Ocidente. Ele odeia a América e o Ocidente porque são fortes e bem-sucedidos.

 Palavras tão simples como “auto-estima”, “autoconfiança”, “auto-suficiência”, “iniciativa”, “empreendedorismo”, “optimismo”, etc., têm pouca relevância no vocabulário de esquerda. O esquerdista é anti-individualista e pró-colectivista. Quer que a sociedade resolva os problemas de cada um, que satisfaça as necessidades de todos, que cuide deles. O esquerdista não é o tipo de pessoa que tenha um sentimento interior de confiança na sua capacidade de resolver os seus próprios problemas e satisfazer as suas próprias necessidades. Ele é antagónico em relação ao conceito de competição porque, no fundo, se sente um falhado, um perdedor

As formas de arte que apelam aos intelectuais de esquerda modernos tendem a ser subjectivas, ambíguas, a centrar-se na sordidez, na derrota e no desespero, ou então assumem um tom orgiástico, descartando o controlo racional, como se não houvesse esperança de conseguir nada através do cálculo racional e tudo de válido que nos restasse fosse mergulhar nas sensações do momento..

Os modernos filósofos de esquerda tendem a rejeitar a razão, a ciência, a realidade objectiva e a insistir que tudo é culturalmente relativo. (…) O esquerdista odeia a ciência e a racionalidade porque estas classificam certas crenças como verdadeiras (ou seja, bem sucedidas, superiores) e outras crenças como falsas (ou seja, falhadas, inferiores). Os sentimentos de inferioridade do esquerdista são tão profundos que ele não pode tolerar qualquer classificação de algumas coisas como bem-sucedidas ou superiores e outras como falhadas ou inferiores.

Isto também está subjacente à rejeição, por parte de muitos esquerdistas, do conceito de doença mental e da utilidade dos testes de QI. Os esquerdistas são profundamente contra as explicações genéticas das capacidades ou do comportamento humano porque essas explicações tendem a fazer com que algumas pessoas pareçam superiores ou inferiores a outras. Os esquerdistas preferem dar à sociedade o crédito ou a culpa pela capacidade ou falta dela de um indivíduo. Assim, se uma pessoa é “inferior”, a culpa não é dela, mas da sociedade, que não a terá, como seria sua obrigação, educado correctamente.

O esquerdista não é tipicamente o tipo de pessoa cujos sentimentos de inferioridade o tornem um fanfarrão, um egoísta, um rufia, um auto-promotor, um competidor implacável. Este tipo de pessoa não perdeu totalmente a fé em si próprio. Tem um défice profundamente intuído do seu sentido de poder e de auto-estima, mas ainda consegue conceber-se como tendo a capacidade de ser forte, e os seus esforços para se tornar forte produzem todavia o comportamento desagradável que lhe conhecemos e que a caracteriza.

Mas o esquerdista está demasiado longe disso. Os seus sentimentos de inferioridade estão tão enraizados que ele não consegue conceber-se como individualmente forte e valioso. Daí o colectivismo do esquerdista. Ele só se pode sentir forte como membro de uma grande organização ou de um movimento de massas com o qual se identifica.

 


Reparem na tendência masoquista das tácticas da esquerda. Os esquerdistas protestam deitando-se na frente dos veículos, provocam intencionalmente a polícia ou os racistas para que os maltratarem, etc. Estas tácticas podem muitas vezes ser eficazes, mas muitos esquerdistas utilizam-nas não como um meio para atingir um fim, mas porque PREFEREM tácticas masoquistas. O ódio a si próprio é uma característica da esquerda.



Pensamentos e reflexões extraídas da obra do insigne académico Theodore Kaczynski, no caso da sua obra “Industrial Society and its Future”, de 1995.


Todavia Theodore John Kaczynski não é flor que se cheire, licenciou-se na conceituada Universidade de Harvard em 1962, integrando de seguida o corpo docente da Universidade de Michigan onde obteve o seu mestrado (1964) e o doutoramento (1967) em Matemáticas, sendo-lhe atribuído o Galardão Myers Para Melhor Dissertação do Ano.

 

Apesar dos diplomas e de ter dedicado a vida fazendo ressoar o alarme quanto ao que considera o principal problema da humanidade: a omnipresente subjugação à força destrutiva do progresso tecnológico. Nos seus escritos articula uma extensa crítica ao "sistema tecno-industrial" antevendo as consequências catastróficas deste para a humanidade e para a biosfera, daí a autoria de A SOCIEDADE INDUSTRIAL E O SEU FUTURO....

 

Kaczynski nascido em 1942 em Evergreen Park, Illinois, foi um prodígio intelectual, ingressou na Universidade de Harvard aos 16 anos, onde se licenciou, tendo tirado o mestrado e doutoramento aos 24 anos na Universidade de Michigan, tendo sido aos 25 anos o mais jovem professor de Matemáticas na história da Universidade Califórnia Berkeley. Passados dois anos abandonou o ensino e mudou-se para uma área remota do Montana para concretizar a ambição pessoal de viver de modo autónomo e auto-suficiente, adoptando um estilo de vida sobrevivencialista, vivendo da terra e da caça durante cerca de vinte anos.

 

Tendo sido condenado a uma pena de prisão vitalícia pela campanha de atentados à bomba em que ficou conhecido como Unabomber, Kaczynski encontra-se encarcerado em regime de cela solitária numa Prisão Federal no Colorado desde 1998, onde continua contudo escrevendo ensaios tecnofóbicos.

 

Em 14 de Dezembro de 2021 e de acordo com Donald Murphy, porta-voz do Departamento prisional, Kaczynski foi transportado para o centro médico prisional FMC Butner, na Carolina do Norte. Murphy recusou-se a fornecer qualquer detalhe sobre a situação clínica de Kaczynski ou a razão pela qual foi transferido. No entanto, numa conversa por meio de carta, Kaczynski indicou estar sofrendo de cancro terminal e que a sua expectativa de vida seria de dois anos ou menos, mas isso nunca foi confirmado. Porém, na manhã de 10 de Junho de 2023, funcionários da prisão descobriram que Kaczynski tinha morrido em sua cela na cadeia da Carolina do Norte.

 

Obras

O Manifesto Unabomber

Industrial Society And its Future. The New York Times e The Washington Post, 1995. ISBN 0-9634205-2-6

A Sociedade Industrial e Seu Futuro. Editora Baraúna, 2014. ISBN 978-85-437-0127-1

Artigos e Ensaios

Morality and Revolution (Moralidade e Revolução), 1999.

Ship of Fools (O Navio dos Tolos), 1999.

When Non-Violence is Suicide (Quando a Não Violência É um Suicídio), 2001.

Hit Where It Hurts (Atinja Onde Dói), 2002.

The Coming Revolution (A Revolução que se Aproxima), 2005.

The Road to Revolution (O Caminho para a Revolução), 2005.

Coletâneas

The Road to Revolution. Éditions Xenia, 2008. ISBN 978-2-88892-065-6

L'effondrement du Système Technologique, 2008. ISBN 978-2-88892-027-4

Technological Slavery. Feral House, 2010. ISBN 978-1-932595-80-2

 https://pt.wikipedia.org/wiki/Ted_Kaczynski