Nuno Rolo, Nolo, pintor
NEW
CONCEPT COFFEE & SHOP INTRODUÇÃO AO ROTEIRO DA EXPOSIÇÃO
Em
primeiro lugar o New Concept Coffee & Shop desejou-nos a todos um bom Ano Novo,
repleto de felicidade e bem-estar. Foi nesse contexto que nos ocorreu
desenvolvermos esta pequena exposição, contribuir para o bem-estar dos amigos e clientes, tornar mais agradável a sua estada neste café, mesmo que breve, e em
simultâneo tornar este lugar um lugar de maior convívio, quiçá um local de
tertúlias e conspirações.
Enveredámos
pela escultura/pintura por termos entre amigos e clientes consagrados e amadores em ambas as áreas, e por desejarmos que o novo conceito
de café com que fora inaugurado o New Concept se cumprisse. Cumprir é dar também
espaço, voz e vez aos artistas locais, dá-los a conhecer tanto quanto
contribuir para que sejam conhecidos e o seu valor reconhecido.
Projectada
a “coisa” convidámos alguns artistas locais, o primeiro a demonstrar a sua
disponibilidade e solidariedade foi o João Concha da “Rusty Place” ter um
consagrado como âncora é já uma garantia de sucesso, está exposto no centro do
café, p’ra deslumbrar, p’ra surpreender, mas também porque isto da consagração
e da antiguidade também é um posto, é um artista conhecido e batido nestas
lides, galardoado, bom tipo, terapeuta, pachorrento, bonacheirão, amigo de toda
a gente, comedido quanto deve ser um artista.
A primeira vez que deparei com a sua obra foi há uns anos quando ao erguer os olhos a vista se me distendeu sobre a praça e vi os bonecos, os bonecos é como quem diz, as suas figuras, dei então comigo pensando quanta beleza e sentimento em cada uma, quanta paixão, quanta arte, quanta inspiração e quanto amor. Peças ali especadas, um pouco espalhadas por toda a praça, idealizadas com tanto carinho, feitas com tanta dedicação e primor. Enterneceu-me a paixão dele por elas ou jamais teriam sido feitas, comoveu-me a entrega que exigiram, o sacrifício de horas em seu redor até que completadas.
A primeira vez que deparei com a sua obra foi há uns anos quando ao erguer os olhos a vista se me distendeu sobre a praça e vi os bonecos, os bonecos é como quem diz, as suas figuras, dei então comigo pensando quanta beleza e sentimento em cada uma, quanta paixão, quanta arte, quanta inspiração e quanto amor. Peças ali especadas, um pouco espalhadas por toda a praça, idealizadas com tanto carinho, feitas com tanta dedicação e primor. Enterneceu-me a paixão dele por elas ou jamais teriam sido feitas, comoveu-me a entrega que exigiram, o sacrifício de horas em seu redor até que completadas.
A
consagração a causas nobres sempre me perturbou, e juntar grão a grão,
bocadinho a bocadinho, dia a dia, semana a semana, mês a mês, ano a ano, os
materiais p'ra elas é coisa que testemunha um estado de espirito que vai muito pra além
da imaginação, quem assim procede é um sonhador, tem um sonho, e esse sonho ou
essa causa que o move só pode ser uma enorme ânsia de evasão. Fugirá de si
mesmo, incapaz de se aventurar sobre a frágil ponte do desfiladeiro da
confiança, sonha, sonha e evade-se, fugindo de si próprio tornando-se por
momentos outro, e é esse outro que não ele quem nos oferece de bandeja a beleza
da criação, o resultado desses momentos de desvario e inspiração, o resultado
dessa ocasião de libertação e grandeza porque raramente o artista cabe no corpo
terreno, mortal e limitado que tende a parasitá-lo como uma crisálida.
Além
dele ofereceu o peito à solidariedade o José da Fonseca, o nosso Picasso das
colagens, também ele já rodado e com muitas exposições no curriculum é outro
apoio sólido, como se diz agora, uma mais-valia considerável e nada
despicienda, só pode ser um bom tipo, um bom rapaz, ingénuo mas sentimental, sempre
desperto à novidade... encerrado na ingenuidade duma criança, olhando tudo como
se fosse a primeira vez, com muito por aprender e a quem os horizontes
estreitos desta terra nunca permitirão levantar voo ou sonhar mais alto que o
Palácio do Barrocal ou a Igreja de S. Vicente, talvez um oitavo de página no
jornal da terra e umas imagens partilhadas no Facebook entre amigos para
desfastio.
Arregimentámos também a Helena Sousa pois merece público, exposição, a arte em certas geografias só tem becos e não auto-estradas, estes dois já o devem ter descoberto por si mesmos. É uma existencialista persistente a Helena Sousa, uma dona de casa exemplar e prendada. Cooptámos naturalmente os manos Nuno Rolo e Manuel Carvalho, em busca da celebridade e cuja história, verídica, deu azo a esta exposição * pois este é o nosso modo de meter as mãos nas tintas, nas cores, no ferro, pois não pode ser só no café, nas sandes e nos bolos, porque a vida só é bem vivida se nos lambuzarmos dela, não é o que dizem?
Arregimentámos também a Helena Sousa pois merece público, exposição, a arte em certas geografias só tem becos e não auto-estradas, estes dois já o devem ter descoberto por si mesmos. É uma existencialista persistente a Helena Sousa, uma dona de casa exemplar e prendada. Cooptámos naturalmente os manos Nuno Rolo e Manuel Carvalho, em busca da celebridade e cuja história, verídica, deu azo a esta exposição * pois este é o nosso modo de meter as mãos nas tintas, nas cores, no ferro, pois não pode ser só no café, nas sandes e nos bolos, porque a vida só é bem vivida se nos lambuzarmos dela, não é o que dizem?
A
coisa começou com dois carapaus disputando a pujança dentro dum grupo de
“Amigos Do Pidal” que pedalam. De semana trabucam e ao fds trocam impressões, sentados
aqui, na esplanada do New Concept Coffee & Shop, onde esgrimem pedaleiras,
calções, carretos, equipamentos, rodados, óculos de vidrado espelhado, pisos,
mas também riscos, cores, desenhos, esquiços, pinturas, quadros e visões,
sonhos. Foi num destes momentos que os apanhámos, o que foi uma verdadeira
revelação, aliás uma grande surpresa. Então não foi que após tantos anos
vividos na mesma cidade, sem se conhecerem, as bicicletas os aproximaram? Talvez
não devamos dizer aproximaram, talvez devamos dizer ligaram, já que entre eles
se descobriram ambos adeptos das mesmas cores, das mesmas tendências, do mesmo
gosto pelos lápis, pelo carvão, traço, risco, desenho, pintura, até se
descobrirem ambos pintores, artistas da tela e do pincel, das bisnagas, dos
cavaletes, tendo-se então olhado bem e descoberto a si mesmos iguais em muitas
coisas, até na cor dos olhos e, de descoberta em descoberta, chegaram à
conclusão que o pai de um deles assim assado mas também o pai do outro assado e
assim, p’lo que apesar de demorada a coisa acabou por ser concluída, eram irmãos
! Digo meio irmãos !
Não
foi mesmo uma revelação surpreendente? Ficámos admirados, espantados, pasmados
com a constância e exuberância dos genes, dos cromossomas, do ADN.
Claro
que depois surgiu naturalmente a pergunta; por que não contar esta linda
história? Como contá-la? De que modo a contar? Arranjando uma base, um pódio
onde colocar os manos em exposição e com uma pequena legenda por baixo?
Vestidos de ciclistas? Nus? De pincel na mão? Como podem ver optámos por uma
exposição.
A
pintura da amadora Helena de Sousa, sabemo-lo hoje, foi desenvolvida sobretudo
num período da sua vivência em que, para calar ou esquecer a dor se apoiou nas
telas e nos pincéis como ascese, como prática e causa da meditação e devoção
afinal essenciais à superação de si mesma. O produto dessa catarse com que
purificou corpo e espírito encontra-se difundido por uma dezena de casas de
amizades suas tendo sido possível apresentar-vos unicamente duas das suas
obras.
Não
diríamos que os artistas sejam poço de devaneios libertários e criativos ou
arrastem na consciência recordações recalcadas de que urgem libertar-se apesar
desta nossa peculiar democracia, todavia a emoção com que vivem a vida e o
sentimento de amor com que à escultura ou pintura se entregam, fazem-nos intuir
tratar-se de sacudir uma sofrida repressão de que só a arte os libertará. É
notório nos seus trabalhos o afrontamento às dores do viver, e a busca de
sensações vívidas que não arrastem padecimento, sofrimento, desgosto, mágoa,
pesar, antes lhe tragam paz, bem-estar e prazer.
Optámos
por esta exposição, será giro ver, observar como eles vêem o mundo e no-lo
mostram.
Lambuzem-se, e bom proveito.
Lambuzem-se, e bom proveito.
E6
- Mulher com flor.
E7
- Máscara
E8
- Guitarra baixo
E9
- Quadro com flor
E10
- Médico
Quanto
a preços devem os interessados contactar o 962565692
PINTURAS - José da Fonseca:
P1
– José da Fonseca – “Paraíso” 2012, acrílico, colagens e spray s/ tela – 200€
P2 - José da
Fonseca – “Almas” 2017, óleo e spray s/
tela – 200€
P3
- José da Fonseca – “Canela Spirit” 2014,
acrílico e colagens s/ madeira, 100€
P4 – José da
Fonseca – “Acção – Sangue frio” 1999,
acrílico s/ tela, 300€
P5
- José da Fonseca – “Beaux Rêves” 2015,
acrílico e colagens s/ papel, 250€
Helena Sousa, pintora
30T -
“ A Dor Na Flor ” - pintura a óleo (preço a combinar)
31T - “ Limpa Pincéis “ – pintura a
óleo (preço a combinar)
TELAS - Nuno Rolo – “Nolo”:
1T - Batalha-70/90cm
150€
2T - Gritos -
1000/60cm 80€
3T - Vícios -
1000/60cm 200€
4T - Usada -
68/92cm 150€
5T - Desejos
- 1000 /70 cm 120€
6T - Secreto
- 1036/110cm 250€
7T -
Sensações - 1037/90cm 250€
8T - Deep -
1026/1000cm 300€
9T - Molhados
1040/96cm 180€
10T - Desejos
Salgados 1026/1000cm 200€
Manuel Carvalho Barão, pintor
16T - Salto
1000/80cm 150€
17T - EU
1080/40CM 80€
18T - ALMA
1090/54CM 400€
19T - Abraço
- VENDIDO
20T - PRAZER
1080/60CM 280€
21T - Visão
1000/40cm 60€
22T - Oposto
- 120€
23T - Incógnito
1020/60cm 100€
24T - Remendos
1000/80cm 250€
25T - Misteriosa
1000/60cm 300€
26T - Desejos
Perdidos 1000/80cm 180€
26aT - Linha 90/60cm 80€
27T -
Segredos 90/60cm 150€
28T - Acidente
1000/80cm 100€
29T - Procura
1000/1000cm 100€
Todas as pinturas foram realizadas com
tinta acrílica