Durante alguns dias e de forma desenvolvida, clara, para que não restem dúvidas, irei colocando aos poucos as razões que me levaram a aceitar atirar-me de novo e de cabeça na política. E naturalmente as razões pelas quais escolhi fazê-lo pelo ADN, um partido com um programa progressista e reformador onde todos os portugueses se poderão rever e que coloca à frente de todos os interesses o interesse nacional.
Obrigado.
Humberto Ventura Palma Baião
PORTUGAL A ECONOMIA A ESPERANÇA O
FUTURO
1. UM PASSADO DE TRISTE MEMÓRIA EM QUE NÃO SE MEXEU
PARTE I
1. 1 - É costume nas minhas análises
ao estado da nação procurar no passado a causa de muitos dos seus actuais
males. Tal não significa que o que agora está mal o estivesse já nessa altura,
talvez sim, talvez não.
Os tempos eram outros e o país, debatia-se
com o peso orçamental de uma guerrilha em três frentes, e não parecia ter
prioridades noutros campos a exigir-lhe as reformas que hoje, com uma carência
premente se fazem sentir, mas que têm inexplicavelmente vindo a ser sempre adiadas,
inda que a sua falta nos fustigue de modo negativamente consequente sem que
aparentemente ninguém pareça dar valor ao desastre.
1. 2 - Paulatinamente irei colocar em
evidência campos que deviam ter merecido cuidada e imediata atenção no pós 25
de Abril, campos onde deviam ter sido promovidas reformas democráticas, mais
que justificadas no campo económico e social, campos onde incidirá o meu
esforço.
Quanto mais vasculho esse passado
mais absurdo me parece o facto de não termos sequer iniciado nenhuma dessas
reformas, conducentes à igualdade dos cidadãos perante as leis e perante eles
próprios, numa completa ausência de reformas que se tornaram fatais e geraram a
iniquidade que a sua ausência forjou.
Essas reformas, que teriam gizado uma
forte coesão e solidariedade sociais por força da igualdade que elas mesmas forçosa
e naturalmente gerariam, terminariam com a prática do velho regime de dividir
para reinar.
Inexplicavelmente hoje, talvez não
tanto inexplicavelmente, dividir para reinar criou raízes e cavou fundo na
nossa sociedade, toda ela dividida e desorientada, basta-nos observar a
esperança de liderança e a sede de reformas com que o ADN tem vindo a ser
recebido, e surpreendido.
2. CONQUISTA DO PARAÍSO E EXPULSÃO DO ÉDEN
2. 1 - A luta entre os interesses instalados e o foco nas reformas que o
ADN defenderá irá ser aguerrida e titânica nos tempos mais próximos, está em
causa a continuidade da podridão mansa dos bem instalados, e a luta contra a
pobreza generalizada que nos morde os calcanhares e ameaça a todos. Vai ser uma
luta renhida contra os privilégios indevidos, contra a corrupção, contra a
iniquidade, contra a desigualdade a que nos votaram, será uma luta pela
democracia a que temos direito.
Direita e esquerda parecem apostadas desde
há 50 anos em ver qual delas vê pior, seja ao perto seja longe, e a verdade é
que volvidos tantos anos de pacata democracia nos encontramos não num beco sem
saída mas no fundo de um abismo. Será contra isso que levantarei a minha voz,
será contra isso que o ADN se erguerá.
2. 2 - Esta democracia abana há anos,
abanando mas não caindo é óbvio que um forte abanão é mais que necessário. Receio
que tal abanão venha a ultrapassar a destruição causada por um tornado ou
furacão, será como abrir a caixa de Pandora e soltar raivas, certamente obrigará
a reformas precipitadas. Teremos que estar conscientes e preparados. Tais
reformas embaterão em interesses instalados, porém há que ter em mente as
necessidades da nação, de todos os portugueses.
Reformas que serão um vendaval mas que
depois correrá o risco de se esboroar e tomar uma dimensão residual senão tiver
estrutura mental ou física alicerçadas em algo mais que uma profunda revolta,
um forte sentimento de protesto e um vago sentimento de vingança... A
existência de um partido como o ADN, com um programa democrático e pragmático
em que qualquer português se pode rever é agora mais importante que nunca. Por
isso a minha adesão, por isso esta minha escolha.
2. 3 - É por isso que a cultura e a inteligência
fazem falta e é importante que todas as distritais e concelhias do ADN apostem
forte no factor humano. É necessário que todos nós tenhamos presente que a
ignorância mata, mata ideias, mata intenções, mata ideais, mata projectos, mata
economias, mata democracias, mata pessoas.
2. 4 - Não basta parecer a mulher de
César, é preciso sê-lo, e se o ADN se apregoa diferente dos outros partidos
terá que o demonstrar, terá que o ser… Não esqueçamos que a pressa sempre foi
inimiga da perfeição. Sem pressa mas com ponderação o ADN soube construir um
programa para acudir a todos e em todo o lado, a médio e longo prazo o país e
os portugueses tirarão daí mais proveito que o ADN, ao partido caberá honra de os servir desinteressadamente. A mim
caberá lutar pelos interesses dos cidadãos do meu país, a mim caberá ser a
lança que defenderá o interesse do cidadão eleitor.
2. 5 – Há muito que faço análise política por gosto, para meu prazer pessoal, ao ADN faço-as de há uns anos atrás, tenho muitas outras elaboradas antes dele e algumas posteriores ao meu primeiro contacto com este partido, que primordialmente passou a ocupar as minhas preocupações. São estes pensamentos que aqui sintetizo, têm que ver com análise, com análise política, mas são pensamentos que já decorrem da minha vivência e experiência com este partido, da observação do seu trajecto, um percurso percorrido passo a passo, um caminho trilhado com passos seguros, um fenómeno nos dias conturbados que correm.
2. 6 - Um fenómeno o ADN, um fenómeno
bem-vindo e necessário à nossa quietude mas sobretudo cegueira politica, aspectos
que o ADN tenta combater colaborando e participando, tentando melhorar através
da experiência de todos. Que cada um de nós possa fazer neste campo o melhor
para todos. Um por todos, todos por um, por isso aqui estou.
2. 7 – É verdade que o ADN polvilha
os dias com alegria mas sem populismo, não só para animar as hostes, mas também
para lhes mostrar o caminho. Deste modo tem o ADN erguido o direito ao lugar
por ele conquistado com labor. Nunca o ADN foi tão necessário como agora, pois no
vazio de ideias que o país atravessa o ADN corporiza um projecto destinado a
mudar democrática e radicalmente Portugal, sem radicalismos mas sem medo de
rupturas que efectivamente mudem a vida de todos para melhor pois “para pior já
basta assim”… Podem contar comigo.
2. 8 - E por falar em mudar lembrei a
nossa Constituição, que apesar de velha, caduca e limitativa em muitos campos,
prevê ela própria os mecanismos constitucionais e democráticos conducentes a
uma mudança de regime, ou a uma mudança dela própria. Portanto sabei que essa possibilidade
é mais que legal, é mais que justa e mais que oportuna.
Não nos bastaram 50 anos deste regime
podre para se concluir que o mesmo regime e a mesma constituição não servem a
nação ? E que não nos fiquemos por tão insignificantes quão desnecessárias
mudanças como algumas que têm sido apontadas, apostemos forte naquelas que
efectivamente mudem o que é necessário mudar para que a vida dos portugueses
mude com ela e mude para melhor. Será
por isso que lutarei.
Quantos mais anos e exemplos serão
necessários para nos convencermos do óbvio ? Esta pretensão de mudança é mais
que oportuna, é justa, e mais que legal, assim o ADN consiga congregar numa
revisão da dita o número de vontades e de votos necessários para dar forma a
essa mudança, “pois para pior já basta assim”...
2. 9 – Abri os olhos minha gente, a
Constituição não é uma vaca sagrada, ela precisa ser expurgada do muito que
entrava o evoluir, o progresso desta nação e a liberdade do cidadão. No
essencial há uma necessidade premente de acabar com artigos de pendor
colectivista e esquerdista, os mesmos que durante os últimos 50 anos nos têm
conduzido ao beco sem saída em que nos encontramos... Nesta luta estarei sempre
na frente.
2. 10 - Como alguém disse uma vez
“temos a direita mais estúpida da Europa”, penso ter sido Miguel Sousa Tavares,
que também acrescentou “termos a esquerda mais cretina do mundo”. Senão vejamos
o que conseguimos em 50 anos em que a esquerda governou ou no mínimo
condicionou maioritariamente os caminhos deste país, seja a nível de governo
central ou de poder local.
No mínimo conseguimos zero, conseguimos nada, no máximo 50 anos perdidos, um buracão na economia, outro na sociedade, uma montanha de dívidas que nem Maomé quererá olhar quanto mais visitar…
2. 11 - É curioso que decorridos 50 anos de
relativa paz neste país e no mundo não tenhamos conseguido fazer ou fechar um
único negócio de modo a obter um saldo positivo. Ora nenhuma empresa, nem
nenhum país, se aguenta ou sobrevive vivendo sobre negócios ruinosos.
Somos os últimos da Europa, e somente os
primeiros em tudo o que seja vergonhoso, desgraça, pobreza e desigualdade. Nem
à esquerda em à direita temos tido elites capazes. Bater-me-ei contra este
estado de coisas.
3.
O PRESENTE E O FUTURO PRÓXIMOS
3. 1 - É grande neste momento a
responsabilidade do ADN, já que o partido foi intuído e se formou como sendo a
vanguarda do futuro e assim se pensou a si mesmo.
O ADN viu-se a si mesmo como cabendo-lhe
esse lugar de liderança e de vanguarda correspondente à enorme responsabilidade
forçosa e normalmente indexada a uma liderança corajosa e interessada em servir.
Por isso aceitei lutar a seu lado.
3. 2 - Existe uma ideia que cria
raízes dia a dia, já infelizmente assente e generalizada que, em Portugal terá
existido “noutros tempos” mais democracia que aquela de que hoje fruímos. Talvez
haja alguma verdade nesta afirmação.
Porém, nem por isso as populações, e
de entre elas e em especial aqueles que exercem funções politicas, abandonaram
a velha prática do oportunismo, continuando dispostos a manter o assalto ao
poder para manterem ou obterem privilégios que todos julgáramos eliminados com
o advento do 25 de Abril.
Há que lutar por oportunidades iguais
para todos. Por mais esta razão estou com o ADN.
3. 3 - Creio vivamente que a necessidade do cilindro compressor, da mudança que adivinho, nascerá já nas próximas eleições acabando por surpreender-nos e fazer perder o pé a muita gente, obrigando a sair as elites do berço doirado onde se têm acoitado à custa dos sacrifícios de todo um povo, à custa do sacrifício daqueles por quem deviam ter feito alguma coisa, pois lhes sobrou tempo, mas nada mais tendo adiantado que promessas, a maioria delas por cumprir há mais de cinquenta anos.
3. 4 - É neste contexto de depressão,
quebra e queda, moral, económica e demográfica que surge o ADN, para alguns uma
ameaça, para a maioria de outros a esperança. Para além disso o aparecimento do
ADN consubstancia em simultâneo a sede de justiça há muito esperando uma
resposta que sempre tardou e antes se agravou, pelo que agora não há nada mais justo
a fazer que dar corpo a essas justíssimas e velhas aspirações populares.
Esta ambição foi o bastante para
elevar o ADN a uma posição a ter em conta entre os partidos do nosso espectro
politico. ADN, uma verdadeira esperança para quem descria já há tempo demasiado
dos caducos, interesseiros e velhos partidos do regime.
3. 5 - Temos, portanto, em Portugal,
por cegueira e culpa de velhos partidos julgados donos da democracia uma
situação critica e altamente explosiva que, mal gerida poderá deitar a perder a
democracia por muitos e muitos anos, situação para a qual o ADN está e estará atento,
em especial nos maiores e mais populosos ou problemáticos concelhos. Pela mesma
razão me manterei vigilante.
3. 6 - É uma questão e um problema a
gerir de luvas, com pinças e de mansinho, o ADN terá que dedicar muito tempo e
atenção, promovendo a concórdia entre todos no sentido de gizar ou manter acordos
se necessário, e evitando empolamentos a qualquer preço ou a todo o custo.
3. 7 - Dentro pouco tempo será a vez do ADN começar a dar cartas, aliando-se,
dando substancia e peso a um qualquer governo que com ele se tenha formado. Chegará
o dia em que o ADN formará o seu próprio governo. Aos seus militantes,
simpatizantes e eleitores aconselha-se vivamente calma e esperança nesta fase
da vida nacional, e aconselham-se sobretudo a sorrir p’ra toda a gente numa
atitude de crença, tolerância e verdadeiro fair play. Contem comigo.
4. LIDERANÇA E PRIMEIRA POSIÇÃO
4. 1 - Em primeiro lugar há que tudo
saber bem, conhecer é saber, em especial e profundamente quais os mais
prementes anseios e o que querem as pessoas, o que querem os portugueses, de
que necessitam eles com mais premência.
Elas ou eles quererão, têm mesmo
direito a bem estar social e material. Ora é aqui que o primeiro degrau de
responsabilidade se nos depara, não se pode distribuir o que não há, e para
haver a ECONOMIA terá que funcionar.
4. 2 - As pessoas primeiro, mas sem
falsos pudores ou compromissos, nem demagogia. Produzir, poupar, investir,
amealhar, enriquecer, terão que ser o Alfa e o Ómega da governação pois só
assim poderemos zelar pelo cumprimento dos seus desejos, das suas justas
ambições, portanto, primazia e atenção à ECONOMIA.
Para distribuir há que amealhar, a
cada um segundo a sua necessidade, de cada um de acordo com a sua capacidade, a
direitos iguais terão que corresponder iguais deveres.
4. 3 - Apareçam de onde aparecerem
devem ser acarinhadas todas as iniciativas de investimento, contudo, e para
evitar possíveis dissabores tardios, há que fiscalizar essas iniciativas e,
nesse sentido exigir e responsabilizar quem de tal estiver incumbido.
4. 4 - Há que apoiar as autarquias, sejam ou não da nossa cor, são portuguesas e Portugal e os portugueses devem estar em primeiro lugar. O governo, quer o ADN esteja nele ou não, a título de acordo ou a qualquer outro titulo, quer o governo seja seu ou não, deve apoiar o fortemente investimento, quer num plano regional quer num plano nacional.
4. 4 . 1 - Usei propositadamente no
parágrafo anterior a palavra plano regional, para evitar a palavra região, a
criação das regiões é altamente desaconselhada num momento de aposta no
crescimento e controle total do que a nível económico se passar no país.
Esse momento exigirá atenção e
centralização do poder, para além disso o país é pequeno e as possibilidades de
comunicação são hoje surpreendentemente fáceis e rápidas, o que não acontecia
ao tempo da génese e desenvolvimento do municipalismo.
4. 4. 2 - Continuando… o governo quer
num plano regional quer num plano nacional, terá que ser coeso e coerente, ser
capaz de fazer frente às forças partidárias mais apostadas na regionalização e
nas tenças daí advindas que nos interesses do país e dos portugueses, o
sectarismo, o partidarismo, o tachismo terão que ser enfrentados com coragem,
sabedoria, solidariedade e coesão. Uma nação forja-se na luta, não há
que ter medo.
CONTINUA ................