O homem, o ser humano, terá aparecido sobre a terra de entre 5 a 7 milhões de anos atrás segundo os cientistas. À volta de 2 milhões e meio de anos em África, o género Homo separou-se dos Australopitecos, tempo e lugar a partir de onde esses humanos se terão espalhado ou ramificado por todo o restante mundo que lhes foi possível e era acessível.
Milhões ou centenas de anos de
evolução, terão sido transversais e feito mossa nesses vários grupos, clãs,
tribos. Lugares e tempo, factos tão simples como nascer, morrer, respirar,
comer e matar, e matar também para caçar eram coisa normal. A luta tem sido uma
constante universal ao longo dos tempos e aos homens, luta por um local
privilegiado, luta por um lugar, uma região, um território, na medida em que o
dito fosse mais apto à recolecção, à caça, à pesca, à cultura de cereais ou
cobiçado por qualquer outro motivo.
Nada se fez nem faz sem trabalho, sem
conquista, sem defesa, sem segurança, sem constância, sem pertença, sem posse,
portanto, tende paciência, sem guerra. A guerra, tal qual o “amai-vos e
multiplicai-vos”, são as atitudes que melhor caracterizam o “homem” e que
durante maior período de tempo o definiram e ainda caracterizam. Somos uma raça
guerreira por natureza, esse código foi e está no nosso ADN, é-nos inato,
congénito, natural.
Partindo de África o homem colonizou o mundo.
Os Vikings foram até à América, outros até à Índia, o Gama, o Cabral, Fernão de
Magalhães, Camões e outros, deram mundos ao mundo, desvendaram este planeta,
deram início à globalização e a globalização despertou a cobiça e a colonização
do planeta.
É ver a saga do Mayflower, ou como o
homem chegou tão longe como às Américas, do norte, centro e sul, ou à
Austrália. É vermos como a sua inerente e nata vontade o levou a chamar suas a
essas terras, a esses territórios que já tinham dono, onde outros há muito
viviam e dos quais foram escorraçados, ou onde foram dizimados, ou colonizados,
quando não também submetidos, escravizados.
Não me caberá a mim fazer aqui o
julgamento do colonialismo, já que o colonialismo é tão velho e tão mau, ou tão
bom quanto o próprio homem. Este nosso cantinho, a Europa capitalista,
colonizou, explorou, sugou, tudo onde chegava. Em especial porque esta Europa,
inventora do capitalismo e que na época já estava mais desenvolvida que o resto
do mundo, e nela latente esse incipiente capitalismo decerto sedento e faminto
do que fosse ou pudesse abocanhar.
Essa voracidade faz parte da natureza
humana. Mas há outro tipo de voracidade não menos voraz todavia mais
perniciosa, o comunismo, doutrina que nem foi melhor nem pior. Desse dizemos
que não colonizou, foi inclusivista (kkkkkkkk) foi inclusivo, abafou, chamou a
si todos aqueles países que posteriormente e com a queda do muro de Berlim
renegaram o dogma comunista, o jugo soviético. Foi doutrina que não vingou nem
na terra em que nasceu e que muitos tontinhos ainda defendem, sem repararem não
haver sítio ou lugar nenhum deste planeta onde o comunismo tenha feito ou possa
apresentar obra meritória.
Comunismo é reflexo dum conjunto de
sentimentos humanos dos mais baixos que possamos imaginar, baseados na
intolerância, na prepotência, na inveja, na incapacidade, na incompetência, na
dualidade de critérios, na força bruta, na estupidez e acima de tudo na
cegueira.
Do norte de África, no médio oriente,
na Austrália, áreas igualmente colonizadas pelos europeus sabemos menos mas
sabemos, da China e Indochina sabe-se alguma coisa, pouca coisa e em especial
as notícias de guerras, sempre guerras, mas da China ancestral basta-nos
saber-se que construíram a maior muralha do mundo para imaginarmos ter havido
necessidades de defesa, para imaginarmos que terá havido ataques, que haveria
guerras.
“Guerra” a tal constante.
Mas no nosso caso o colonialismo tem
naturalmente girado principalmente em volta de Angola, Moçambique e Guiné. Hoje
nações e estados degradados, estados falhados, a Guiné é raro e negativo exemplo
de um estado pária, de um narco-estado. As outras duas nações pouco melhor
estão, e em ambas se fez sentir já o desejo de que os portugueses, seus antigos
colonizadores voltem a governá-los.
São povos a quem foi dada a
independência sem que tivessem maturidade para ela, sim porque isto dos povos
também tem que ver com a idade, a responsabilidade, a capacidade.
Desde 75 e da independência que só
destroem, nada digno de nota construiram, mas dos últimos 50 anos de
colonização portuguesa ficaram escolas, hospitais, portos, aeroportos,
estradas, viadutos, pontes, caminhos-de-ferro, cidades, organização,
estruturas, cultura, ensino, misteres, aptidões, barragens, centrais
eléctricas, infra-estruturas, fábricas, etc etc etc.
Nem tudo foi mau e no seu conjunto
acho que lhes foi bem mais vantajoso o tempo de colonização que o tempo que
levam de independência, tempo dedicado a guerras, vide notícias sobre a batalha
fratricida de Cuíto-Cuanavale (1987-1988, sul de Angola), onde pereceram mais
de 500.000 negros. Vivem-se por lá ainda hoje tempos de intolerância, de
instabilidade, de atraso, de dependência, de fome.
Entregues nas mãos de cubanos e russos,
Angola e Moçambique foram espoliados até ao tutano, com os chineses será muito
pior, já é e será cada vez mais. Do colonialismo, como do ser humano, podemos
dizer haver bom e haver mau, basta comparar o nosso com o belga, com o
colonialismo praticado no Congo Belga, para depressa concluiríamos que os reis
Leopold I e II da Bélgica deveriam figurar em museus como os demónios negros da
escravidão e do horror, devido ao terror com que colonizaram e governaram as
suas possessões.
Muitos exemplos poderíamos ir buscar, cito de
cabeça a Índia e o Paquistão, que antes da cisão hindus / muçulmanos eram um só
estado, a Índia Britânica. Hoje, quer para o mal quer para o bem são duas
potências nucleares e duas grandes nações, superpovoadas e superdesenvolvidas.
Pergunto como seriam hoje essas duas Nações (que já foram uma só até 1947), se
não tivessem carregado o fardo da colonização pelo império mais desenvolvido
deste mundo. Portanto e apenas do ponto de vista prático falemos unicamente da
Índia, que foi colonizada pelo Império Britânico, pelo Império Vitoriano.
Esse Império Vitoriano, que tantas
tropelias praticou na Índia, não terá deixado também um modelo, um exemplo, um
legado, um testemunho positivo ? Serão a India e o Paquistão, duas das nações
que congregam simultaneamente o maior número dos melhores técnicos informáticos
e engenheiros do planeta um fruto do acaso ou filhas da velha colonizadora ?
Como podemos ver, o colonialismo é
tal qual o homem, tal qual o ser humano, Há bom e há mau, cabe-nos olhar,
avaliar, ponderar, comparar, e naturalmente julgar, mas julgar moralmente, já
que de outro modo nunca será possível fazer justiça.
Mas julgar moralmente, avaliar
friamente e de forma isenta os diversos comportamentos coloniais também nos
obriga a ser honestos connosco próprios, e aceitar que se há situações que
foram condenáveis e até altamente condenáveis, outras houve em que foram benéficas
para os povos colonizados, e Portugal enquanto país colonizador foi no aspecto
prático indubitavelmente um "bom" exemplo para o mundo.
A verdade acima de tudo.
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