sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

805 - “ RECADO PARA TI, CURTO MAS FORTE…"

        
 

                   “ RECADO PARA TI, CURTO MAS FORTE…"

 

Amiga, amigo, militante, simpatizante, vizinho, conterrâneo, quem quer que sejas este recado é para ti, a quem roubaram a dignidade, ou tiraram debaixo dos pés o emprego, ou a família, ou a casa, ou o carro, ou tudo em que acreditavas, completamente tudo.

 

Este recado é para ti que acreditaste no 25 de Abril, nas patranhas de Abril, nessa abrilada aldrabada e agora te sentes enganado, espoliado, ludibriado revoltado e ofendido.

 

Este recado é para ti, que todos os dias ouves chamar democracia a esta piolheira em que transformaram a nobre nação portuguesa e, olhas à volta surpreendido com os democratas que ela deu à luz.

 

Este recado é para ti, a quem não deixam passar de precária (o) escravizada (o) mas a quem tecem loas, e de quem dizem dichotes, fazendo de ti uma empresária (o) individual com iniciativa, e empreendedora ( ). Que possivelmente serás, mas a quem nunca darão a mínima oportunidade para o provares.

 

Este recado é para ti, a quem aqueles que te escravizam devem o voto, ou pior ainda, devem a tua abstenção. A tua abstenção deixa o diabo à solta, o voto em quem não o merece faz de ti cúmplice de quem te explora, te escraviza e te rouba a dignidade. Quem elege estes falsos democratas não é vítima, é cúmplice.

 

Este recado é para ti que perdeste a fé e já não sabes em quem acreditar. Este recado é para ti, para te despertar, para te animar, porque eu estou a teu lado para lutar por ti, e por mim, a quem a censura desta democracia abafa a voz.

 

Este recado é para ti, porque só com recados e boca a boca me é permitido trazer-te uma palavra de confiança, uma palavra de solidariedade, uma palavra de esperança, uma palavra de conforto, um abraço intencional.

 

Este recado é para ti, e é um pedido meu para que passes palavra, para que digas a muitos anónimos como tu e eu que há quem esteja erguendo o estandarte da liberdade, que há quem esteja lutando contra tudo e contra todos para que a esperança de Abril se concretize e possas recuperar tua dignidade, a nossa dignidade.

 

 

 Este recado é para ti, para que voltes a acreditar;

 

 que a dignidade é possível

 

que é democracia é possível

 

que a igualdade é possível

 

que a justiça é possível

 

que a esperança está viva !!!


Este recado é para te dar um justo abraço e te jurar um compromisso. O juramento de que lutarei por ti, por nós, pelo país, pela nação, pela pátria até a libertarmos !! 

 

Até nos libertarmos !!

 

Tu, eu, todos nós num NOVO PARTIDO ! Junta-te a nós ! Junta-te à ADN !  à ALTERNATIVA DEMOCRÁTICA NACIONAL a nossa e a tua força !

 

Contigo, comigo e com todos chegaremos lá, e juntos sairemos do buraco onde nos meteram !!

 

 Não estás sozinha !!

 

Não estás sozinho !!

 

Viva Portugal !!

  

Viva Évora !!

 




P.S. - ESTE RECADO É PARA TI,

 

E MUITAS E MUITOS COMO TU E EU,

 

 PARTILHA-O,

 

ABERTAMENTE OU POR MENSAGEM PRIVADA,

 

MAS PARTILHA-O, DÁ FORÇA A ESTA LUTA !!

 

OBRIGADO E UM ABRAÇÃO DO BAIÃO !!

 

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terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

803 - O ADN LAVA MELHOR, O OMO TAMBÉM

 

Será que Omo lava mesmo mais branco ? Dizem que sim, mas não sei, não preciso de lavagens, não carrego nódoas, não escondo esqueletos no armário, durmo bem e não tenho pesos na consciência que me atormentem. Mas o país precisa, de uma boa lavagem, de uma boa limpeza, para isso o melhor é o ADN, para a roupa será o provavelmente o OMO.

 

 A minha vida pode ser escrutinada no mínimo até vinte ou trinta anos atrás. Metade deles expus-me nas páginas do Diário do Sul, tendo a nossa cidade por amor e musa, a outra metade num blogue que alimento há mais de dez anos, com cerca de novecentos textos, muitos deles sobre Évora e o país, abordando os mais variados temas, problemas e assuntos, e naturalmente sobre mim.


 Quem pretenda conhecer-me, saber qual o meu carácter, que personalidade é a minha, o que penso sobre isto ou aquilo, desta cidade à eutanásia, ao aborto, à regionalização, e igualmente sobre os mais variados temas e problemas nacionais, só tem que consultar o arquivo do Diário do Sul, coluna Radicais Livres, penso que saía sempre às segundas-feiras, ou ler os quase milhentos textos do blogue cujo link deixarei no fim da página. *

 

 Portanto, não sendo uma questão de brancura é de lisura. Sou transparente, o mais transparente dos candidatos. Tentai fazer o mesmo com os restantes e esbarrareis num muro de opacidade, silêncio e desconhecimento. Pouco conseguireis saber sobre eles para além de que são candidatos, a idade, sexo, profissão, curriculum, títulos académicos, entidades patronais, e talvez o NIF e o número do Cartão de Cidadão.



Mas descansai, é tudo boa gente, a disputa entre partidos, entre nós é entre intenções e programas, capacidade de fazer ou não fazer, porém muita atenção, farto de boas intenções e de boa gente fiquei eu de há cinquenta anos para cá, por isso avancei, para fazer o que ainda não foi feito. Boas gentes e boas intenções tem sido o que mais tem prejudicado esta cidade e esta nação, o estado em que ambas se encontram é a prova disso.

 

 Como disse atrás a disputa é entre programas, os outros candidatos são meus adversários, não são meus inimigos, alguns deles até meus amigos são, e nunca traí uma amizade, aliás nunca traí ninguém. Nem traí, nem menti.

 

 Cada macaco no seu galho, como soa dizer-se, eu pretendo representar a esperança dos desiludidos do sistema, ser através do ADN a voz dos precários, dos desempregados, dos desprotegidos desta democracia de oportunistas. Eu sou do ADN, sou militante de um partido que quero seja vosso, de todos vós, que a todos defenda e proteja, que a todos nós possa dar oportunidades, um futuro, dignidade, orgulho, vida, e que a todos trate por igual.




É por isso que estou nesta luta, comecei na UDP, já fui comunista, já fui bloquista, já fui socialista, já fui abstencionista, já fui desiludido, já fui tudo quanto vocês foram ou são. Estou convosco, estou do vosso lado, não desprezo nem desdenho ninguém, conto convosco, bloquistas, comunistas, socialistas, social-democratas, cristãos democratas, abstencionistas. A vossa força será a minha força, a vossa vontade será a minha vontade, Portugal tem futuro connosco !!!

 

 Lutaremos pela nossa terra, lutaremos por nós, lutaremos pela liberdade e democracia, não aceitaremos dogmatismos, ou secretismos, nem aceitaremos sectarismos, nem aceitaremos partidarismos, não seremos nunca seguidistas. Seremos gente de honra.

 

Obrigado.





802 - PEIXEIRADA OU CACOFONIA ….

 


Antes de começar deixai-me esclarecer-vos que estou agradecido a António Costa, e não a qualquer outro, o que tem sido feito pelo país. Continuará sendo graças a ele que tudo que no futuro for feito por Portugal será pensado, ponderado e orçamentado. Tudo levará a sua marca, ele constituirá a marca do antes e do depois do caos.

 

 Mas igualmente vos direi ser pessoa de quem não gosto, com quem nem simpatizo minimamente e que, a serem verdadeiras as sondagens me surpreendem pela negativa. "Se alguém duvida eu não, A. C. será tido e julgado como o PM que mais mal preparado se apresentou para governar este país. Os anais da história só lembrarão o actual primeiro-ministro como o homem que enterrou Portugal, os portugueses e a esperança.

 

 Há cinquenta anos que o país é submetido a mentiras constantes e mal governado, com A. C. passámos a viver uma mentira permanente e fomos pior governados. Miragens, lucubrações, visões, más formações, loucura e idiotice atingiram com ele os limites aceitáveis ou suportáveis, o paroxismo. Porém esta dose cavalar parece ter tido a virtude de acordar finalmente os portugueses da letargia em que viviam, podendo dizer-se que hoje tudo escrutinam meticulosamente. Por que pensam vocês que um partido desconhecido até há pouco sobe nas sondagens ?

 


 No início era o verbo, depois tivemos um animal feroz, o primeiro arlequim louco a animar a maralha… Ao intuírem que o centrão não os poderá levar a lado nenhum os portugueses acordaram e deduziram finalmente o modo arrevesado como os socialistas os trouxeram até aqui. E enquanto os partidos do arco da desgovernação (os restantes só têm empatado) andarem de braço dado quando os portugueses estão já fartos e cansados desse triste fado, tudo será cada vez mais e melhor escrutinado, avaliado e ponderado. O facto de praticamente todos os dias nascerem novos partidos, a maioria deles fundados por dissidentes que por dentro não conseguiram mudar aqueles em que militavam, a democracia está assegurada. (Pelo menos 14 estarão a concorrer em 10 de Março).

 

 Mas apuremos o saldo, deram-nos alguma coisa de extraordinário os socialistas, os democratas, os centristas ou os comunistas ? Deixar-nos-ão algo por aí além os actuais socialistas ? Mentiras e dívida sobrarão depois de cinquenta anos de corrupção, amiguismo, compadrio, desvario, incompetência, irresponsabilidade, desresponsabilização e oportunismo.

 

 Um problema transversal e cultural que suja todos os partidos do regime, diria eu, quero dizer, de falta de cultura, um problema de tecnicismo a mais e humanismo a menos, um problema de excesso de Excel e ignorância de Heródoto, um problema de ambição desmedida de gente sem estofo, sem tarimba, sem classe, sem garra mas com unhas, que deitam a tudo que possam.

 

De cinquenta em cinquenta anos aparece um deputado de louvar, morreu Sá Carneiro, temos agora a título de exemplo a Marisa, a Ana, a Catarina, e o Jirólmo para compensar. Entre um e outras (o) a banalidade, a boçalidade, o servilismo à disciplina partidária, o vampirismo de partidos organizados em função do poder, da avidez, da fortuna fácil, do politicamente correcto. Como desígnio e resposta a nada …

 


 Abri um velho Diário Económico e leio esta pérola, «…A Camargo Corrêa, empresa brasileira que controla a Cimpor desde Junho de 2012, está a estudar a venda de activos, o encerramento de algumas unidades industriais menos produtivas e rescisões de pessoal… na Cimpor prossegue com a apreciação do seu ‘portefólio' de activos não operacionais, não excluindo hipóteses pontuais de alienação”…» Uma empresa portuguesa nacionalizada sem qualquer pensamento estratégico (como todas as outras) lançou todos no desemprego e deixou de pagar impostos, obedecendo à lei cega do lucro fácil e rápido, sem custos, pois fechada renderá mais. A falta de cimento nos mercados fará subir os preços e rentabilizar em 300 ou 400% o investimento do grupo nela.

 

 Seguir-se-ão a Secil ? (1) E uma e outra empresa e muitas outras empresas até que emigremos todos e o país encerre de vez ? Que devemos aos democratas e aos socialistas que não mais de cinquenta anos de fingimento, que é como quem diz, de NINS ? Mesmo assim, nem sim nem não, ou aos social-democratas que não a morte das pescas, da indústria, da agricultura às mãos de Cavaco, ou esta cegueira suicidária do confinamento exagerado às mãos do ignorante A. Costa e que fulminou dezenas e dezenas de PME e com elas milhares de postos de trabalho.

 

 Depois de Salazar e Caetano ninguém mais soube como governar este país. Sentaram-se, estiveram, desfrutaram da cadeira do poder sem sequer imaginarem o que isso implicaria. Todavia a culpa não é só de quem governa, quase quarenta anos de Salazar e mais cinquenta desta democracia de merda devem-se a este povo a estes eleitores, dos quais metade descrê e não vota, sabendo-se que a outra metade vota nos mesmos de sempre julgando, e acreditando, que alguma vez esses mesmos irão fazer coisa diferente da que sempre fizeram.

 

 Felizmente apareceram uma dúzia de pequenos partidos abanando as consciências e acordando finalmente este ensonado povinho, que se levanta tacteando a parede em busca do papel higiénico, ignorante de tudo e por isso ainda mais desconfiado de todos. Por inacção ou omissão todos somos culpados e essa é a verdadeira questão. Mas afinal em quem poderemos confiar ? (14 irão concorrer a 10 de Março)

 


 Por que razão nunca se responsabilizaram os concelhos pelas suas taxas de desemprego ? É fácil e cómodo atirar as culpas para cima do IEFP. Por que nunca se responsabilizaram os concelhos pelas taxas de PIB alcançadas por eles mesmos ? É mais fácil culpar os sucessivos governos… Por que nunca se estabeleceram metas e exigiram resultados aos responsáveis, em cada município, pelos departamentos de desenvolvimento económico ? Que pariram esses departamentos ao longo de cinquenta anos a não ser bons empregos públicos ?

 

E o interesse público ? E o interesse dos eleitores ? E o dos munícipes ? Alguém conheceu a esses departamentos de “desenvolvimento” os planos de actividade ?  Alguém lhes conheceu resultados ? Alguém viu alguma vez os seus mapas de execução ? Alguém foi corrido ? Mudado ? Substituído ? Não culpemos somente os governantes, nem os presidentes, ou os vereadores, há por aí muito director, chefe de serviço e deputado municipal a precisar igualmente de ser reformado.

 

 Já vos devo ter contado que há uns meses ia matando uma criança com a mota, nem ia a mais de vinte à hora, para a evitar quase esbarrei com um carro que se apresentava em sentido contrário, felizmente com a brusquidão da travagem a mota derrapou e atirou-me ao chão antes de colidir com ele. Esfolei o joelho, a mão, o cotovelo, desloquei um ombro, mas não toquei no cabrão do gaiato, que ficou mais branco que a cal da parede. Saíra repentinamente pela porta traseira esquerda do carro da mamã que parara em fila dupla no meio da via, por culpa da inconsciência, mas também do planeamento da via junto à escola, nova, da incompetência de quem desenhou os acessos e da irresponsabilidade de quem os aprovou.

 

 Noutro dia abordarei esta questão com maior acutilância, por hoje já desabafei. Como se pode ser um bom ministro, presidente, ou um bom vereador, com subordinados ou colaboradores deste jaez ? Para já fica a questão ou a pergunta no ar…

 


 Portugal carece de reformas há cinquenta anos, imensas e profundas, a minha crítica a António Costa deve-se ao facto de ter tido uma oportunidade de ouro para as fazer e não as ter feito. Sim, porque fingir que faz e não fazer não pode confundir-se com uma reforma da administração local, ou o fecho de balcões com uma reforma da economia. Reformou-se por encomenda de quem nem o país conhecia e até o Dr. António Borges antes de falecer admitira o erro na nossa integração no Euro e causa parcial do desastre económico que se lhe seguiu e estamos a viver.

 

 A ignorância larvar e o desconhecimento do seu próprio país conduziram António Costa a um beco sem saída que agora nos quer vender como se fosse o paraíso, por isso as mentiras não param claro, agora é encadeá-las umas nas outras para que pareçam verdade. (o comissionista não era o 44?).

 

 Os portugueses toparam-no logo, e responderam-lhe com os pés, mas montado numa geringonça António Costa fez-se dono dum país ficando contudo com ele na mãos sem saber o que fazer-lhe e, sendo um trapalhão atrapalhou-se, mas trapaceou-nos o melhor que soube.

 

 Eu pelo menos, e julgo que mais portugueses, agradeço-lhe, agradecemos-lhe. O país nunca mais será o mesmo, nem a oposição, que mudará forçosamente, não mudou ainda o suficiente, nunca mudará o suficiente, mas o país tem mais gente, e mais gente significa mais opções e mais respostas, mais alternativas, mais partidos, o que nos garante nada mais vir a ser como era dantes.

 

 No que eu não creio mesmo é que quem nos trouxe até aqui daqui nos tire, porque para essa gente, “A OESTE NADA DE NOVO”, continuam pensando como pensavam, imaginando continuar a servir-se de nós como serviram.

 

É hora de dizer basta. É hora de mudar  !!

 

 

 (1)   http://economico.sapo.pt/noticias/cimpor-fecha-fabricas-e-despede-funcionarios-no-brasil_226793.html.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

801 - ADN – AS RAZÕES DUMA CANDIDATURA.


ADN – AS RAZÕES DA MINHA CANDIDATURA


Durante alguns dias e de forma desenvolvida, clara, para que não restem dúvidas, irei colocando aos poucos as razões que me levaram a aceitar atirar-me de novo e de cabeça na política. E naturalmente as razões pelas quais escolhi fazê-lo pelo ADN, um partido com um programa progressista e reformador onde todos os portugueses se poderão rever e que coloca à frente de todos os interesses o interesse nacional. 

Obrigado.

                   Humberto Ventura Palma Baião

 

PORTUGAL A ECONOMIA A ESPERANÇA O FUTURO

 

1.   UM PASSADO DE TRISTE MEMÓRIA EM QUE NÃO SE MEXEU


PARTE I

 

1. 1 - É costume nas minhas análises ao estado da nação procurar no passado a causa de muitos dos seus actuais males. Tal não significa que o que agora está mal o estivesse já nessa altura, talvez sim, talvez não.

 

Os tempos eram outros e o país, debatia-se com o peso orçamental de uma guerrilha em três frentes, e não parecia ter prioridades noutros campos a exigir-lhe as reformas que hoje, com uma carência premente se fazem sentir, mas que têm inexplicavelmente vindo a ser sempre adiadas, inda que a sua falta nos fustigue de modo negativamente consequente sem que aparentemente ninguém pareça dar valor ao desastre.

 

1. 2 - Paulatinamente irei colocar em evidência campos que deviam ter merecido cuidada e imediata atenção no pós 25 de Abril, campos onde deviam ter sido promovidas reformas democráticas, mais que justificadas no campo económico e social, campos onde incidirá o meu esforço.

 

Quanto mais vasculho esse passado mais absurdo me parece o facto de não termos sequer iniciado nenhuma dessas reformas, conducentes à igualdade dos cidadãos perante as leis e perante eles próprios, numa completa ausência de reformas que se tornaram fatais e geraram a iniquidade que a sua ausência forjou.

 

Essas reformas, que teriam gizado uma forte coesão e solidariedade sociais por força da igualdade que elas mesmas forçosa e naturalmente gerariam, terminariam com a prática do velho regime de dividir para reinar.

 

Inexplicavelmente hoje, talvez não tanto inexplicavelmente, dividir para reinar criou raízes e cavou fundo na nossa sociedade, toda ela dividida e desorientada, basta-nos observar a esperança de liderança e a sede de reformas com que o ADN tem vindo a ser recebido, e surpreendido.

 

 

2.  CONQUISTA DO PARAÍSO E EXPULSÃO DO ÉDEN

 

  2. 1 - A luta entre os interesses instalados e o foco nas reformas que o ADN defenderá irá ser aguerrida e titânica nos tempos mais próximos, está em causa a continuidade da podridão mansa dos bem instalados, e a luta contra a pobreza generalizada que nos morde os calcanhares e ameaça a todos. Vai ser uma luta renhida contra os privilégios indevidos, contra a corrupção, contra a iniquidade, contra a desigualdade a que nos votaram, será uma luta pela democracia a que temos direito.

 

Direita e esquerda parecem apostadas desde há 50 anos em ver qual delas vê pior, seja ao perto seja longe, e a verdade é que volvidos tantos anos de pacata democracia nos encontramos não num beco sem saída mas no fundo de um abismo. Será contra isso que levantarei a minha voz, será contra isso que o ADN se erguerá.

 

2. 2 - Esta democracia abana há anos, abanando mas não caindo é óbvio que um forte abanão é mais que necessário. Receio que tal abanão venha a ultrapassar a destruição causada por um tornado ou furacão, será como abrir a caixa de Pandora e soltar raivas, certamente obrigará a reformas precipitadas. Teremos que estar conscientes e preparados. Tais reformas embaterão em interesses instalados, porém há que ter em mente as necessidades da nação, de todos os portugueses.

 

Reformas que serão um vendaval mas que depois correrá o risco de se esboroar e tomar uma dimensão residual senão tiver estrutura mental ou física alicerçadas em algo mais que uma profunda revolta, um forte sentimento de protesto e um vago sentimento de vingança... A existência de um partido como o ADN, com um programa democrático e pragmático em que qualquer português se pode rever é agora mais importante que nunca. Por isso a minha adesão, por isso esta minha escolha.

 

2. 3 - É por isso que a cultura e a inteligência fazem falta e é importante que todas as distritais e concelhias do ADN apostem forte no factor humano. É necessário que todos nós tenhamos presente que a ignorância mata, mata ideias, mata intenções, mata ideais, mata projectos, mata economias, mata democracias, mata pessoas.

 

2. 4 - Não basta parecer a mulher de César, é preciso sê-lo, e se o ADN se apregoa diferente dos outros partidos terá que o demonstrar, terá que o ser… Não esqueçamos que a pressa sempre foi inimiga da perfeição. Sem pressa mas com ponderação o ADN soube construir um programa para acudir a todos e em todo o lado, a médio e longo prazo o país e os portugueses tirarão daí mais proveito que o ADN, ao partido caberá  honra de os servir desinteressadamente. A mim caberá lutar pelos interesses dos cidadãos do meu país, a mim caberá ser a lança que defenderá o interesse do cidadão eleitor.

 

 2. 5 – Há muito que faço análise política por gosto, para meu prazer pessoal, ao ADN faço-as de há uns anos atrás, tenho muitas outras elaboradas antes dele e algumas posteriores ao meu primeiro contacto com este partido, que primordialmente passou a ocupar as minhas preocupações. São estes pensamentos que aqui sintetizo, têm que ver com análise, com análise política, mas são pensamentos que já decorrem da minha vivência e experiência com este partido, da observação do seu trajecto, um percurso percorrido passo a passo, um caminho trilhado com passos seguros, um fenómeno nos dias conturbados que correm.

  

2. 6 - Um fenómeno o ADN, um fenómeno bem-vindo e necessário à nossa quietude mas sobretudo cegueira politica, aspectos que o ADN tenta combater colaborando e participando, tentando melhorar através da experiência de todos. Que cada um de nós possa fazer neste campo o melhor para todos. Um por todos, todos por um, por isso aqui estou.

 

 

2. 7 – É verdade que o ADN polvilha os dias com alegria mas sem populismo, não só para animar as hostes, mas também para lhes mostrar o caminho. Deste modo tem o ADN erguido o direito ao lugar por ele conquistado com labor. Nunca o ADN foi tão necessário como agora, pois no vazio de ideias que o país atravessa o ADN corporiza um projecto destinado a mudar democrática e radicalmente Portugal, sem radicalismos mas sem medo de rupturas que efectivamente mudem a vida de todos para melhor pois “para pior já basta assim”… Podem contar comigo.

 

2. 8 - E por falar em mudar lembrei a nossa Constituição, que apesar de velha, caduca e limitativa em muitos campos, prevê ela própria os mecanismos constitucionais e democráticos conducentes a uma mudança de regime, ou a uma mudança dela própria. Portanto sabei que essa possibilidade é mais que legal, é mais que justa e mais que oportuna.

 

Não nos bastaram 50 anos deste regime podre para se concluir que o mesmo regime e a mesma constituição não servem a nação ? E que não nos fiquemos por tão insignificantes quão desnecessárias mudanças como algumas que têm sido apontadas, apostemos forte naquelas que efectivamente mudem o que é necessário mudar para que a vida dos portugueses mude com ela e mude para melhor.  Será por isso que lutarei.


Quantos mais anos e exemplos serão necessários para nos convencermos do óbvio ? Esta pretensão de mudança é mais que oportuna, é justa, e mais que legal, assim o ADN consiga congregar numa revisão da dita o número de vontades e de votos necessários para dar forma a essa mudança, “pois para pior já basta assim”...

 

2. 9 – Abri os olhos minha gente, a Constituição não é uma vaca sagrada, ela precisa ser expurgada do muito que entrava o evoluir, o progresso desta nação e a liberdade do cidadão. No essencial há uma necessidade premente de acabar com artigos de pendor colectivista e esquerdista, os mesmos que durante os últimos 50 anos nos têm conduzido ao beco sem saída em que nos encontramos... Nesta luta estarei sempre na frente.

 

2. 10 - Como alguém disse uma vez “temos a direita mais estúpida da Europa”, penso ter sido Miguel Sousa Tavares, que também acrescentou “termos a esquerda mais cretina do mundo”. Senão vejamos o que conseguimos em 50 anos em que a esquerda governou ou no mínimo condicionou maioritariamente os caminhos deste país, seja a nível de governo central ou de poder local.


 No mínimo conseguimos zero, conseguimos nada, no máximo 50 anos perdidos, um buracão na economia, outro na sociedade, uma montanha de dívidas que nem Maomé quererá olhar quanto mais visitar…

 

 2. 11 - É curioso que decorridos 50 anos de relativa paz neste país e no mundo não tenhamos conseguido fazer ou fechar um único negócio de modo a obter um saldo positivo. Ora nenhuma empresa, nem nenhum país, se aguenta ou sobrevive vivendo sobre negócios ruinosos.

 

 Somos os últimos da Europa, e somente os primeiros em tudo o que seja vergonhoso, desgraça, pobreza e desigualdade. Nem à esquerda em à direita temos tido elites capazes. Bater-me-ei contra este estado de coisas.

 

      3.   O PRESENTE E O FUTURO PRÓXIMOS

 

 3. 1 - É grande neste momento a responsabilidade do ADN, já que o partido foi intuído e se formou como sendo a vanguarda do futuro e assim se pensou a si mesmo.


O ADN viu-se a si mesmo como cabendo-lhe esse lugar de liderança e de vanguarda correspondente à enorme responsabilidade forçosa e normalmente indexada a uma liderança corajosa e interessada em servir. Por isso aceitei lutar a seu lado.

 

3. 2 - Existe uma ideia que cria raízes dia a dia, já infelizmente assente e generalizada que, em Portugal terá existido “noutros tempos” mais democracia que aquela de que hoje fruímos. Talvez haja alguma verdade nesta afirmação.

 

Porém, nem por isso as populações, e de entre elas e em especial aqueles que exercem funções politicas, abandonaram a velha prática do oportunismo, continuando dispostos a manter o assalto ao poder para manterem ou obterem privilégios que todos julgáramos eliminados com o advento do 25 de Abril.

 

Há que lutar por oportunidades iguais para todos. Por mais esta razão estou com o ADN.

 

 3. 3 - Creio vivamente que a necessidade do cilindro compressor, da mudança que adivinho, nascerá já nas próximas eleições acabando por surpreender-nos e fazer perder o pé a muita gente, obrigando a sair as elites do berço doirado onde se têm acoitado à custa dos sacrifícios de todo um povo, à custa do sacrifício daqueles por quem deviam ter feito alguma coisa, pois lhes sobrou tempo, mas nada mais tendo adiantado que promessas, a maioria delas por cumprir há mais de cinquenta anos.

 

3. 4 - É neste contexto de depressão, quebra e queda, moral, económica e demográfica que surge o ADN, para alguns uma ameaça, para a maioria de outros a esperança. Para além disso o aparecimento do ADN consubstancia em simultâneo a sede de justiça há muito esperando uma resposta que sempre tardou e antes se agravou, pelo que agora não há nada mais justo a fazer que dar corpo a essas justíssimas e velhas aspirações populares.

 

Esta ambição foi o bastante para elevar o ADN a uma posição a ter em conta entre os partidos do nosso espectro politico. ADN, uma verdadeira esperança para quem descria já há tempo demasiado dos caducos, interesseiros e velhos partidos do regime.

 

3. 5 - Temos, portanto, em Portugal, por cegueira e culpa de velhos partidos julgados donos da democracia uma situação critica e altamente explosiva que, mal gerida poderá deitar a perder a democracia por muitos e muitos anos, situação para a qual o ADN está e estará atento, em especial nos maiores e mais populosos ou problemáticos concelhos. Pela mesma razão me manterei vigilante.

 

3. 6 - É uma questão e um problema a gerir de luvas, com pinças e de mansinho, o ADN terá que dedicar muito tempo e atenção, promovendo a concórdia entre todos no sentido de gizar ou manter acordos se necessário, e evitando empolamentos a qualquer preço ou a todo o custo.

 

  3. 7 - Dentro pouco tempo será a vez do ADN começar a dar cartas, aliando-se, dando substancia e peso a um qualquer governo que com ele se tenha formado. Chegará o dia em que o ADN formará o seu próprio governo. Aos seus militantes, simpatizantes e eleitores aconselha-se vivamente calma e esperança nesta fase da vida nacional, e aconselham-se sobretudo a sorrir p’ra toda a gente numa atitude de crença, tolerância e verdadeiro fair play. Contem comigo.

 


  4.    LIDERANÇA E  PRIMEIRA POSIÇÃO

 

4. 1 - Em primeiro lugar há que tudo saber bem, conhecer é saber, em especial e profundamente quais os mais prementes anseios e o que querem as pessoas, o que querem os portugueses, de que necessitam eles com mais premência.

 

Elas ou eles quererão, têm mesmo direito a bem estar social e material. Ora é aqui que o primeiro degrau de responsabilidade se nos depara, não se pode distribuir o que não há, e para haver a ECONOMIA terá que funcionar.

 

4. 2 - As pessoas primeiro, mas sem falsos pudores ou compromissos, nem demagogia. Produzir, poupar, investir, amealhar, enriquecer, terão que ser o Alfa e o Ómega da governação pois só assim poderemos zelar pelo cumprimento dos seus desejos, das suas justas ambições, portanto, primazia e atenção à ECONOMIA.

 

Para distribuir há que amealhar, a cada um segundo a sua necessidade, de cada um de acordo com a sua capacidade, a direitos iguais terão que corresponder iguais deveres.

 

4. 3 - Apareçam de onde aparecerem devem ser acarinhadas todas as iniciativas de investimento, contudo, e para evitar possíveis dissabores tardios, há que fiscalizar essas iniciativas e, nesse sentido exigir e responsabilizar quem de tal estiver incumbido.

 

 4. 4 - Há que apoiar as autarquias, sejam ou não da nossa cor, são portuguesas e Portugal e os portugueses devem estar em primeiro lugar. O governo, quer o ADN esteja nele ou não, a título de acordo ou a qualquer outro titulo, quer o governo seja seu ou não, deve apoiar o fortemente investimento, quer num plano regional quer num plano nacional.

  

4. 4 . 1 - Usei propositadamente no parágrafo anterior a palavra plano regional, para evitar a palavra região, a criação das regiões é altamente desaconselhada num momento de aposta no crescimento e controle total do que a nível económico se passar no país.

 

Esse momento exigirá atenção e centralização do poder, para além disso o país é pequeno e as possibilidades de comunicação são hoje surpreendentemente fáceis e rápidas, o que não acontecia ao tempo da génese e desenvolvimento do municipalismo.

 

4. 4. 2 - Continuando… o governo quer num plano regional quer num plano nacional, terá que ser coeso e coerente, ser capaz de fazer frente às forças partidárias mais apostadas na regionalização e nas tenças daí advindas que nos interesses do país e dos portugueses, o sectarismo, o partidarismo, o tachismo terão que ser enfrentados com coragem, sabedoria, solidariedade e coesão. Uma nação forja-se na luta, não há que ter medo.

 

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