ONTEM
AMIGA TUA
Aportou
à minha mesa no café,
depositou
docemente duas
não
mais que três palavras de conforto,
entre
elas o teu nome,
e foi
quanto bastou para,
num soluço
incontrolável,
se me
ter desatado o pranto,
o que
não me envergonhou por,
por
seres tu quem ainda estou chorando,
todos
os dias,
sempre.
Sem
almejar estancar a dor,
meter
travões ou solução no que,
quão
menos espero me tenta e embaraça,
que
enfrento com estoicismo,
qual
heroísmo,
grato
por te lembrar,
por me
lembrares quanto perdi e,
jamais
esquecer-te,
e
perdoar-me, perdoar-te.
Só
agora me arrependo
de me
não ter arrependido antes,
nesses instantes,
de
coisas mil,
bagatelas
baratas,
pechisbeque
sem importância,
tolices
irredutíveis,
agora
risíveis,.
É que só agora que não posso
É que só agora que não posso
o teu
perdão busco, rogo,
e lembro
arrependido a clemência que não tive.
Sobrava-me
arrogância, parvoíce, tolice,
vaidade
tosca,
por
isso peço e concedo,
agora,
tarde,
o
perdão que não mereci,
perdoa.
Não te
esqueço, nunca esquecerei,
duvido
que alguma vez te esqueça meu amor.
by Humberto
Baião – Évora, 15-11-2018, 16:36h