732 - PORTUGAL, UM PARADIGMA
PARADIGMÁTICO *
Caros
amigos, pessoalmente, em nome do grupo de Évora e penso não me enganar se falar
por todos, é meu desejo cumprimentar os presentes e em especial os responsáveis
pela nossa presença hoje, aqui convosco, pois de todos vocês releva uma
confiança de que sempre ficaremos devedores.
Não
estamos aqui por acaso, estamos aqui porque vivemos, o país vive, tempos
paradigmáticos, volúveis, inseguros, tempos onde a ética, a confiança, a moral
e o respeito são quotidianamente pisados e enxovalhados.
Prova
disso é o fenómeno negativo, ainda que crescente e estável, do número de absentistas,
reflexo de gentes que perderam a esperança neste longevo e respeitável país em
virtude de uma democracia que o não é e fruto de políticos novos, vazios de
ideias e de ideais, inexperientes, oportunistas, sem respeito pela nação e sem respeito
por este povo.
Os
portugueses sentem cada vez mais o chão fugindo-lhes debaixo dos pés, sentem-se
cada vez mais confusos e mais inseguros, antevêem o futuro como uma incógnita,
e percebem perfeitamente que o presente assenta na instabilidade, sendo a
precariedade a única certeza que têm como certa.
É cada
vez mais visível e notória a desintegração institucional, social e moral da
nação. Nunca governantes mentiram tanto como agora, nunca os baluartes que
sustentam o poder tremeram tanto ante tanta demagogia, nunca tão ambiciosa sede
de poder descarrilou numa via em que os fins justificam os meios, toda a crítica
e todos os críticos são afastados, a censura disfarçada é instaurada e os mídia
comprados com subsídios e favores.
Por
um breve instante o aparecimento do Chega pareceu preencher essa esperança desesperada
que envolve absentistas e insatisfeitos, mas foi esperança de curta duração, essa
esperança foi traída, e essa traição fez com que nem a insatisfação nem a desilusão
tivessem desaparecido da vida dos portugueses. Bem pelo contrário, ela
avolumou-se tanto quão o desespero que corrói essa metade do digno povo português.
A
nação esmorece e definha quotidianamente e a olhos vistos sem que ninguém dê um
passo sequer para fazer frente a esta calamidade. Mas nós estamos atentos,
atentos porque é hora, é agora a hora de agir, poderá não haver mais
oportunidades. Talvez estejamos reunidos aqui hoje fazendo história, talvez nos
possamos comparar aos que almoçaram há 47 anos no Monte do Sobral, talvez agora
sejamos a última linha de defesa antes do caos.
Cabe-nos
a nós, cabe a todos aqui presentes erguer o estandarte, tomar a liderança, ser
a vanguarda que evite o atoleiro da nação no lodo da perfídia em que a lançaram,
em que a enredaram, cabe-nos a nós ser corajosos, clarividentes, responsáveis e
competentes, cabe-nos a nós o papel dos últimos combatentes.
Viva o partido Novo Viva Portugal !!!
* NOTA - Imagens do Restaurante
Adega do Monte –– Estoril, Cascais, onde decorreu o jantar comemorativo dos
fundadores do “PARTIDO NOVO - Direita Popular” - Monte Estoril 01 de Outubro de
2021. Em algumas fotos, eu enquanto coordenador para o Distrito de Évora, em pé
e improvisando o pequeno discurso de encerramento e agradecimento postado acima.