“ Bom
dia, é tudo verdade, mas podias ser mais humilde, assim pareces uma besta … tu
és sempre embirrante “ Em 16-08-2015
8:09…
- Mas
eu sou uma besta, respondi, e bem embirrante.
Foi
exactamente nestes termos que uma das minhas amizades (pela idade podia ser
minha filha) tentou sensibilizar-me a que abandone o ar algo prosaico e
coloquial com que me dirijo a vós. Este é um exemplo de muitos, e ela um
exemplo das e dos que o fazem pela calada. Esta ao menos conheço-a
pessoalmente. A algumas amizades nem isso, a essas sou mais lesto a ripostar,
tal como fiz desta, a esta, apesar de se tratar de uma senhora e a quem
elegantemente mandei à merda, tendo ouvido de resposta fazer eu tudo, ou
parecer tudo fazer para ser embirrante.
Ora
eu não quero parecer embirrante a essa gente, eu quero mesmo ser embirrante,
faço gala em sê-lo pois há gente que não merece outro qualquer lado meu, ou
perspectiva minha. E por falar nisso lembrei uma amiga que tive que não se cansava
de me mostrar o que ela designava como o seu melhor ângulo, mas isso são coisas
de rapazes, ela já faleceu há uns anos, quero respeitar a sua memória e
relembrá-la com saudade.
A
outras dou com o pau e depois mostro a cenoura (outras amizades), para que
reconheçam não ser eu mau tipo de todo, ou, como no caso da esquerdista acima,
gabar-lhe a vivacidade mas lamentar-me não ter já fôlego para ela que entrou na
ternura dos quarenta enquanto eu, daqui a meia dúzia de anos estarei com
sessenta, e não vou aguentando já com uma gata pelo rabo, quanto mais aguentar
tudo que cobiço, há coisas que para mim vão ficando verdes, não prestam, e os
dentes, apesar de pagos, não trincam já tudo o que me faz salivar.
Mas
não nos desviemos da questão, e essa era o facto de eu ser comummente apodado
de besta e de embirrante, escuso-me evidentemente a citar epítetos piores,
somente por não pensar ou ajuizar de modo formatado, esquecendo essa gentalha
insignificante ser na espontaneidade, na originalidade e na franqueza que reside
toda a minha genuinidade. (não confundir com ingenuidade).
Ser
genuíno não é para todos, é para quem pode, para quem não teme sobretudo para
quem não esteja condicionado por chefes ou patrões, ou controleiros de partidos
(há-os em todos e em muito maior número que no tempo da execrável PIDE). A
única condicionante que me limita é o respeito que todos (as) vós me mereceis,
inclusive as e os merdosos que permanentemente me azucrinam a cabeça, dos quais
nem daria conta se não os ignorasse. Com o tempo cansam-se, e com alguns até
acabei por fazer amizade. Algumas dessas amizades nasceram assim e consolidaram-se,
daí que até quando calha mandá-las à merda o faça com elegância, diplomacia, gentileza
e respeito.
Não haveria
problema algum não se desse o caso de, nestas justas (para os mais lé-lés da cuca, justas=lutas), verdade e ignorância
primarem pela ausência, mas não, a primeira acaba sendo regularmente torpedeada
e a segunda pairando ostensivamente sobre tudo e todos.
Há uns
meses estive vai-não-vai para, com uma cotovelada, meter os dentes para dentro
ao meu amigo Desidério quando, à mesa do café, atribui- a ao acaso, ao destino,
à sorte e à sina, a desdita de dois operários que, empoleirados num bem alto cesto
da gávea, de uma grua telescópica enquanto podavam umas árvores a dez metros de
altura num pátio de jogos da universidade, terem tombado com ela, grua,
falecendo um de imediato, ficando outro ferido com gravidade e um terceiro com
ligeiras escoriações.
Eu admito
a maledicência ainda que não a pratique, sei que existe e é uma realidade,
melhor contar com ela… admito até uma conduta aviltante, mas que se falte à verdade
e defenda, apregoe e pratique a ignorância deixa-me fora de mim.
Safou-se
o Desidério da cotovelada porque é amputado, ainda anda pagando os dentes, e é
maricas, não batendo eu em senhoras, nunca bati. Porém no dia seguinte gastei
quatro euros mas preguei-lhe uma partida, despejei uma bisnaga de Cyanolit no sapato
da prótese e nesse dia teve que ir descalço para casa, enquanto a malta toda
ria a bandeiras despregadas e eu me defendia aludindo a qualquer pastilha
elástica que lhe grudara o sapato ao empedrado.
Tudo
porque na TV a reitora da Universidade, parecendo nada mais importante ter que
fazer, perorava sobre o acidente, alegando estarem sendo cumpridas todas as
normas de segurança, «…Na primeira reacção ao acidente, a reitora da Universidade
de Évora rejeita que a segurança no local não estivesse acautelada… "Teoricamente
tínhamos um serviço de poda normal, cuja área estava concessionada com uma
máquina que é alugada" disse, “as autoridades ainda não sabem o que se
passou”. A mesma responsável frisou que a instituição tinha requisitado um
serviço de poda normal, numa área que está concessionada. “Não há nada falhas
de segurança no que diz respeito ao equipamento com que eles estavam a
funcionar. A máquina caiu e vamos, agora, apurar a razão disto ter acontecido”
evidenciou que “a polícia não sabe, a Autoridade de Segurança do Trabalho, que
também esteve no local, não sabe"...»
O
habitual, ninguém sabia nada de nada, e tudo isto enquanto a câmara de Tv
mostrava a grua, que laborara num plano inclinado na descida para esse dito
pátio, apoiando o rasto num murete baixo (que cedeu ao peso da máquina), numa
situação periclitante, arriscada, desequilibrada, instável, desaconselhada, e
que terá estado na origem do acidente, contrariando a imagem tudo quanto a
senhora dizia. Ignorância ? Má fé ? Parvoíce ? Falta de senso ? Só não foi
mostrado ao telespectador o testemunho de um qualquer responsável pela “Higiene
e Segurança no Trabalho” elemento que quer a universidade quer a empresa que aceitara
a missão teriam que ter nos seus quadros e na obra.
Como
teria reagido a seguradora ? Haveria seguros ? A seguradora terá pago as indemnizações
apesar de tanto atropelo à segurança com que o trabalho se realizou ? Tudo o
que interessava saber o telespectador ficou sem saber, nem na hora nem meses
mais tarde apesar de tantos inquéritos que todas as entidades envolvidas prometeram
e despoletaram. Numa primeira fase quer parecer-me que a reitoria só tinha uma
preocupação, sacudir a água do capote… “área concessionada, máquina alugada“
como se o pátio e os funcionários envolvidos não pertencessem à UE, logo a
responsabilidade também não. «fonte da academia alentejana precisou que o
acidente aconteceu num espaço da instituição que está concessionado a uma
empresa desportiva para a prática de padel (modalidade desportiva de raquete).»
Mas
os meios de comunicação social de nada adiantaram, limitaram-se a papaguear, e
mal, as impressões colhidas sem que as tivessem colocado em causa, sem
indagarem, sem fazerem perguntas, meras caixas de ressonância da Lusa… De tal
modo que pelo menos em três coisas acertaram todos, a hora do acidente, o
número de envolvidos e as consequências sofridas, e o local, no restante
apresentaram contradições de bradar aos céus…
As
entidades envolvidas no caso idem, «…O subcomissário da PSP, afirmou que “tudo
aponta para que tenha sido um acidente de trabalho, pois os homens estavam a
fazer a limpeza das árvores em cima de uma grua telescópica, a máquina tombou e
os funcionários caíram”. “tudo indica que tenha sido uma cedência do muro, onde
a máquina estava apoiada”, declinando a hipótese de falha humana. Mas referiu
que será feita ainda uma investigação ao acidente...» Portanto falhou a
máquina, ou o destino, esclarecedor este comissário que também ninguém colocou
em causa … «"Estavam a decorrer operações de poda das árvores quando a
grua telescópica tombou", explicou a mesma fonte.»
Quando
sabemos que ali em Marrocos qualquer operador de máquinas tem que ter formação,
e cuidada, e os reitores sabem o que é a física, o centro de gravidade,
alavancas e fulcros, deslocações de massa, inércia, etc etc etc … Cada entidade
só procurou marcar presença e tirar o cu de fora, e estiveram envolvidos a PSP,
os Bombeiros, Protecção Civil, o INEM, os Sindicatos, o Hospital, acho que helicópteros
não, as ambulâncias, carros e mais carros, gente e mais gente, só faltou mesmo
foi a previdência… a caixa de previdência…
É
preciso coerência, é preciso que não haja contradições entre as nossas palavras
e os nossos actos, até eu levo isso a sério neste blogue onde, por princípio
brinco, mas com respeito, respeitando-vos (até quando mando alguém à merda), o
respeito acima de tudo. Não é a mim que devem fazer exigências.
Ri-me
a bom rir uma vez mais um destes dias, ri-me sozinho mas ri-me, quer dizer,
sorri, sorri-me. Vou-vos contar para que também se riam, se riam e vejam até
que ponto estamos necessitados de coerência, os que a devem praticar e os que a
devem exigir, porque ambos parecem ter esquecido o seu papel, o papel de cada
um.
Existe
neste reino da Dinamarca um velho jornal, antigo como o papel, o pergaminho, o
papiro, tudo ali é velho e respeitável menos uma certa desfaçatez. Um jornal
deve respeitar o público leitor a que se destina, e albergar gente respeitável.
Mas não senhor, um dia destes dei com esta pérola, um dos subdirectores ou vice-directores,
é, em simultâneo e sem que isso o incomode minimamente, vogal de uma
instituição privada, propriedade de figura pública cuja filiação partidária é
sobejamente conhecida de todos e que, comummente surge reportada (por tudo e
por nada) nas páginas do dito diário.
Que tal desrespeito não incomode os leitores é
que me incomoda a mim, a mim que sou uma besta, até embirrante, isto para não vos
dar conta de ápodos piores. São 16:25h de quarta-feira 19 de Agosto, acabei de confirmar
a pagina pessoal deste amigo “jornalista” onde ainda persiste uma alusão à
entidade a que o liguei e à qual por dever de isenção e de oficio nunca se
devia ter submetido, que dirá acerca disto a lei de imprensa que tanto gosta o
tal jornal de invocar ? Coerência e integridade precisam-se…. Coloquem anúncio…
Já no que concerne à tal entidade, não percam tempo, nem um nome lá aparece
apesar daquilo tudo tresandar a transparência…
Vou contar-vos
o destino desta crónica, fazer espumar de raiva umas quantas pessoas na cidade,
e a mim perder alguns amigos mais. Na universidade será fotocopiada às centenas a fim
de denegrir a “fitotécnica”, que fora cooptada não por ser a melhor opção mas
para evitar que este ou aquela fossem reitores… Isto até que um atrevido
qualquer, ressabiado por ter perdido as eleições para a reitoria, dê uma a ler
à senhora reitora que, claro, de igual modo exclamará:
- Mas que grande besta este Baião, quem é este tipo ? …
E lá cai por terra a minha veleidade e o grande sonho que tinha de a tornar uma mulher mais inteligente.
- Mas que grande besta este Baião, quem é este tipo ? …
E lá cai por terra a minha veleidade e o grande sonho que tinha de a tornar uma mulher mais inteligente.
Há gente
que nasceu com o cu virado para a lua, e há gente cuja ignorância não tem
limites. Agora chamem-me lá nomes, já estou habituado, os meus amigos costumam
dizer-me que por cada razão que eu apresente perco um amigo algures, talvez
sim, talvez não,
olhem, pelo sim pelo não ide-vos todos foder.
Nota: Regularmente eu visitava a página social do nosso amigo e referido "jornalista", pois bem na visita de hoje, 8 de Setembro, as alusões à sua ligação à tal instituição tinham sido retiradas, contudo, uma análise à secção "sobre" deixa ainda ver essa alusão, agora referida como uma ligação "anterior". Para que saibam que eu não minto, nem tão pouco brinco em serviço.
olhem, pelo sim pelo não ide-vos todos foder.
Nota: Regularmente eu visitava a página social do nosso amigo e referido "jornalista", pois bem na visita de hoje, 8 de Setembro, as alusões à sua ligação à tal instituição tinham sido retiradas, contudo, uma análise à secção "sobre" deixa ainda ver essa alusão, agora referida como uma ligação "anterior". Para que saibam que eu não minto, nem tão pouco brinco em serviço.
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/universidadede-evora/dois-feridos-em-obra-na-universidade-de-evora