Isto
não é o mesmo que ir à bruxa pelo que não faço, leio ou deito sinas a torto e a
direito, só o fazendo a nível particular por até nesse particular ser enorme o
risco e grande a possibilidade de errar pelo que evito enganar-vos e, descurando
esses casos pessoais, as ditarei somente em prol do geral, do mundo em geral e
especialmente sobre o país.
Ditadas
ao geral poucas mudanças ou emendas teria eu que fazer-lhes se as ditasse, quando
é sabido ser o geral uma ciência, p’lo menos é-o em relação à lei dos grandes
números, daí não hesitar em fazer-vos, à borla, este prognóstico;
- É muitíssimo provável que daqui a 10
anos alguns de vós estejam enterrados, outros casados ou divorciados, alguns
ricos, outros pobres, pouquíssimos podres de ricos, e muitos na pobreza, pobres,
miseráveis. Quantos de vós exactamente não sei, e quem ou qual é ou deixará de o
ser ainda sei menos. No geral aceito deitar a sina, sei que no futuro seremos
menos e sobretudo seremos pobres, muito mais pobres.
Senão
vejamos, em primeiro lugar a corrupção continuará como bandeira, além disso vai-se
notando estar até cada vez mais ousada e descarada, em segundo lugar um ponto fulcral
para que tudo fique na mesma, é muito importante este item, para parecer alguma
coisa ter sido mudada nada será mexido, nada será alterado, a não ser no supérfluo,
nunca no essencial refiro-me concretamente à lei eleitoral.
Uma
outra variável a considerar para quem deita as sinas ou se atreve a deitar a
sina é a observação do incontornável PIB, cujo crescimento é agora como sempre
foi, assente em valores baixíssimos e que na prática não significam crescimento
nenhum, rondando eternamente à volta de dois por cento, um bocadinho a mais, um
bocadinho a menos, levando a que se discutam décimas, nem sequer unidades, pelo
que derivado da contínua sangria migratória da nossa juventude e da sangria
fiscal das empresas, dos trabalhadores e da actividade económica em geral se
produzirá cada vez menos, e portanto o PIB e a concomitante taxa de crescimento
tenderão a baixar muito mais no futuro malgrado estarem já vergonhosamente em
valores baixíssimos.
Fácil
se torna mediante estas provas prognosticar o futuro, será miserável,
paupérrimo, e de sol para os mesmos, sempre os mesmos, cada vez menos esta
peculiar democracia será para os outros, para a populaça, essa que coma
brioches, de pneus velhos, de borracha...
Chegará
uma altura em que não valerá a pena trabalhar ou será mais aconselhável ou
conveniente não trabalhar mesmo ou trabalhar menos, ou mesmo nada e viver de
subsídios e rendimentos de inserção ou sociais. O aperto fiscal levará á
resignação e por arrastamento à inacção, o Simplex por mais Simplex que seja
não derribará a desmotivadora burocracia nem o edifício legal do país, todo ele
mais parecendo uma superestrutura criada para complicar e proibir, e que eleva
a extremos a mentalidade destrutiva e desmotivadora em que a nação há mais de quatro
décadas se empenha.
A
entropia ganhou já foros de maturidade, os tugas continuarão a aderir à ideia e
a votar com os pés, migrando, abalando, levando com eles a esperança de
renovação demográfica e de repovoamento, em especial do interior deste
depauperado país.
A contra
emigração será um recurso, mas ter imigrantes está muito longe de ter o país
habitado por indígenas pois o imigrante trará força nos braços mas complicações
na cabeça, dará mais trabalho do que aquele que produzirá, originará
contestações e convulsões sociais, as quais por sua vez promoverão o
crescimento da extrema-direita, obrigando a que esta esquerda finalmente acorde
do seu sono e sonho de lirismo Idealista, sendo aí que encontraremos a única vantagem em
repovoarem isto de gente estranha, diferente e esquisita ao invés de terem criado
condições aceitáveis, senão mesmo agradáveis para que os autóctones não se
tivessem pirado deste país enredado em si mesmo e nas contradições que há mais
de quarenta anos anda tecendo mas não resolvendo.
Por
várias razões os salários baixarão, não só porque a vinda de imigrantes
famintos os levará a vender a mão-de-obra ao preço da chuva ou da uva mijona, como
entretanto o governo em geral encherá o país de pretos para satisfazer os
construtores civis nacionais e os governantes Angolanos, também eles a braços
com desemprego alto e galopante.
Imigrantes
caucasianos ou chinocas, digo asiáticos, e pretos farão descer o custo da mão-de-obra
e as empresas agradecerão esse balão de oxigénio. Mas com os salários em queda
os tugas emigrarão ainda mais, deixarão para trás montes de problemas sociais
que as empresas descartarão como não sendo culpas suas, a GNR e a PSP que se amolem
e amouxem, e aturem a pretalhada e a canalha imigrante. A par disso a Segurança
Social que derrame sobre eles subsídios atrás de subsídios, para os manter e
conter dentro de uma violência minimamente aceitável mas que nunca serão suficientes, inda que provoquem a destruição da coesão e solidariedade nacionais. Enfim, o
último a sair que apague as luzes e feche a porta.
Quanto
ao emprego ou desemprego, sempre umbilicalmente ligados ao grau de criminalidade
observado numa sociedade, pouco mais haverá a dizer que aquilo que atrás ficou
dito, brigas entre imigrantes pretos e tugas, na babugem de apanharem os restos
nesta depauperada democrazia. Quanto ao mais os mais inteligentes já se foram ou
estarão fazendo as malas para zarpar.
O desemprego
manter-se-á alto, a inactividade é má conselheira, e ainda que sejamos um
país de baixa criminalidade, somo-lo porque nem sabemos roubar sequer, porque
nem bandidos dignos desse nome temos e alguma da criminalidade de teor mais
elevado tem sido prática de gangues oriundos de outros países, os quais aqui
vêm fazer um biscatinho. Não sabemos roubar nem proteger, há quem repare nessas
coisas e aproveite, a fraqueza de uns é a riqueza de outros.
O tipo de criminalidade praticada no nosso país dá-nos a medida do povo que somos, sendo mais do tipo faca e alguidar, atestando os nossos baixos instintos e valores, ou ao nível do terceiro mundo e da pretalhada, mata-se para comer ou para surripiar uma nota de vinte, somos básicos. Há quem faça ou cometa assaltos e deixe lá o cartão de cidadão ou a carteira toda. Risível.
Algum emprego que surja, e será pouco, como sempre manter-se-á restrito a áreas e funções desqualificadas, no turismo haverá pratos para lavar, camas para fazer, a relva nos jardins a aparar. Dar banho a cães e passear os animais de estimação dos vips será outra função que nos destinarão, enquanto isso os robots roubar-nos-ão cada vez mais postos de trabalho e os tugas não terão nem lugar lavando carros pois as estações de serviço foram entretanto automatizadas.
O tipo de criminalidade praticada no nosso país dá-nos a medida do povo que somos, sendo mais do tipo faca e alguidar, atestando os nossos baixos instintos e valores, ou ao nível do terceiro mundo e da pretalhada, mata-se para comer ou para surripiar uma nota de vinte, somos básicos. Há quem faça ou cometa assaltos e deixe lá o cartão de cidadão ou a carteira toda. Risível.
Algum emprego que surja, e será pouco, como sempre manter-se-á restrito a áreas e funções desqualificadas, no turismo haverá pratos para lavar, camas para fazer, a relva nos jardins a aparar. Dar banho a cães e passear os animais de estimação dos vips será outra função que nos destinarão, enquanto isso os robots roubar-nos-ão cada vez mais postos de trabalho e os tugas não terão nem lugar lavando carros pois as estações de serviço foram entretanto automatizadas.
O subsídio
de desemprego será cada vez mais reduzido para motivar a malta a procurar o
trabalho que não há, mas é uma patranha bem metida esta ou não é ? A escola não
ensinará nada a ninguém, já não ensina e a muito poucos prepara para a vida, nem
ao menos ensina uma profissão decente, todavia mete cada vez mais gente na rua
com a escolaridade obrigatória terminada, gente que uma vez cá fora não
encontrará nada à medida da sua ignorância, e já vamos na terceira geração
queimada após o 25 de Abril… Felizmente nota-se uma redução de crianças e de
alunos e, como nada disso foi pensado, nem planeado, chegou em massa a vez de
os professores ficarem desempregados.
Isto anda tudo ligado, salários baixos, dificuldades
económicas, vida difícil, não há casamentos, não há filhos, não há crianças, não
há alunos, não há trabalhadores, não há crescimento, há emigração, voltar de costas,
abandono, deserção, problemas com a diminuição de contribuições e fundos para
segurança social para acudir aos velhos, aos desempregados, aos doentes, aos inválidos,
todos ralhando e ninguém tendo razão.
É
assim numa casa ou num país onde não há pão, o consumo desce, o desemprego
aumenta, as falências surgem, a poupança rareia e o investimento desaparece. Há
muito que todos estes sintomas se vêm fazendo notar sem que ninguém os combata
e o resultado está aí, é o salve-se quem puder, os bancos as finanças e as câmaras
lançando taxas e taxinhas, os preços subindo, o pessoal gemendo, a dívida sem controlo,
vamos demorar mais trezentos anos bem sofridos a pagá-la.
O défice esse continuará a ser contido unicamente graças ao emagrecimento de um povo por via dos impostos cobrados, enquanto a dívida nos estrangula (o saldo das contas externas, importações X exportações acelera loucamente) e tece nova forca onde nos pendurarem enquanto nos deslumbramos parva e alegremente com as maravilhas da Web Summit.
Pois pois, 25 de Abril sempre, democracia sim fascismo nunca mais, e a malta pá ? Em que parte da equação esqueceram a malta ? A malta, o pagode vai-se distraindo e endividando em inutilidades, telemóveis, smartphone e plasmas caríssimos, ares condicionados, carros e carrinhos, fazemos as delícias e a alegria e riqueza de espanhóis, coreanos, japoneses, italianos, franceses, ingleses, alemães e americanos, só não mexemos uma palha em prol da nossa própria riqueza, incapazes que somos de um mínimo de organização, de autoridade, de responsabilidade, de competência, de inteligência, de decência, de integridade, de isenção e de razão, de racionalidade…
Pois pois, 25 de Abril sempre, democracia sim fascismo nunca mais, e a malta pá ? Em que parte da equação esqueceram a malta ? A malta, o pagode vai-se distraindo e endividando em inutilidades, telemóveis, smartphone e plasmas caríssimos, ares condicionados, carros e carrinhos, fazemos as delícias e a alegria e riqueza de espanhóis, coreanos, japoneses, italianos, franceses, ingleses, alemães e americanos, só não mexemos uma palha em prol da nossa própria riqueza, incapazes que somos de um mínimo de organização, de autoridade, de responsabilidade, de competência, de inteligência, de decência, de integridade, de isenção e de razão, de racionalidade…
A
igualdade democrática espera-nos ao virar da esquina e, já que não podemos ser
todos ricos seremos pelo menos todos igualmente pobres, a pobreza e humildade
esperam-nos, haja saúde e dinheiro para pagar aos privados que o SNS já deu o
que tinha a dar.
A
culpa ? A culpa é minha de quem haveria de ser ?
O
problema como sempre são as pessoas, que se esquecem de fazer as perguntas que
nunca devem ser esquecidas.