N’HA AMADA MAKEBA DE SABÁ ...
Eu creditara ela como artista
E ser
artista era um garantia,
De mente
aberta, independentista,
Nos tempos
d’agora uma mais valia
Julgara ela
livrezinha da jugada
Imaginara
ela sem foral de fossado
Sonhara ela
um pensador em fuga
Confundira
ela com liberto homiziado
Afinal,
surpreendido, apanhei surpresa,
Tal espírito
livre era condenado,
A coisa
atingiu-me com toda crueza
Ak’ela mente
criativa cumpria apostolado
Pensar akele, afinal no voava
Tudo fogo
fátuo, só camuflava,
Primeiro
foram os factos, todos surpreendidos
Depois meus
nervos, todos comovidos
K’ele pensamento fora bem recebido
K’eles
pensares darem dantes bons amigos
Mas, no
afinal de contas, eu vi-me traído
Makeba ter
emprenhado, e logo p’los ouvidos …
Publicado por
Humberto Baião em Évora aos 8 de maio de 2015