SONHO ENEVOADO
Pois foi, sonhei contigo
foi quase um sonho molhado
entre risadas, lavava-te o umbigo
tê-lo-ia lavado, não tivesse ele acabado.
Ele o sonho, não o umbigo
como só num sonho acontece, ubíquo...
avançava rindo, destravado
no fim forçado, parado, como um veiculo.
Brincávamos ensaboados
tu bem disposta, e bem roliça
formas redondas, lugares sagrados
eu p’ro alarve, pela derriça…
Precisamente porque parou
tu, ou eu; agora não, não não, não pares
foi aquele não pares, que me acordou
pois, pára de me acordares...
Humberto Ventura Palma Baião - Évora, 14 de Junho de 2016