Depois
de largamente noticiado nas redes sociais que dois dos tripulantes do Hercules
C – 130 teriam saído e voltado a entrar corajosamente na aeronave acidentada,
numa atitude de honrosa e exemplar abnegação para salvar um terceiro elemento,
acto que os levou a perecer na tentativa, a Força Aérea Portuguesa FAP desmentiu
sábado passado tal lucubração. Expresso * de 16-07-2016, 1º Caderno, página 22.
Porém
a FAP admitiu que a aeronave faria parte de um conjunto de seis em que, apenas e
regulamente duas delas voariam devido a falta de verbas para prover à sua manutenção.
Adiantou ainda a mesma fonte que os aparelhos não têm a aviónica actualizada, e
que os sistemas de voo, de comunicações, de navegação, vigilância e segurança
se encontram obsoletos, pelo que as aeronaves se encontram proibidas de cruzar
os céus europeus pelos corredores aéreos principais, ou normais, sendo
obrigadas a socorrer-se de rotas alternativas. (o equivalente a caminhos
municipais ou a veredas, aditamento meu).
A notícia adiantava que a FAP estaria na contingência da venda de uma dessas seis aeronaves para assim custear a
actualização das cinco restantes, operação avaliada em 29 milhões de euros e a
ser efectuada até ao ano de 2030.
Acrescento
eu que o governo não tem money para actualizar os cinco velhinhos Hercules C –
130 mas equaciona porém a aquisição de vinte ou trinta moderníssimos Embraer KC
– 390 …
Uns pândegos estes nossos governantes…
Uns pândegos estes nossos governantes…