Naquela
linda madrugada os militares depositaram de bandeja nas mãos de cada partido
nado-vivo e aparecido um quinhão de democracia. Sem que nada tivessem feito
para isso cada um deles foi levado em braços e sentado numa cadeira, a cadeira
do poder.
Hoje,
ciosos do que lhes foi dado, negam aos demais o que, respaldados nesse cadeirão,
julgam exclusiva e eternamente seu. Não é, e como disse Salgueiro Maia, esta democracia
é de todos, somos todos capitães. Surgem portanto como ridículas abusivas e
falhas de base moral todas as tropelias e acusações vomitadas e vociferadas contra
o CHEGA, contra o recém-chegado CHEGA, que tem tanto direito à sua quota quanto
os demais.
Melhor seria que se aprofundassem as razões
que catapultaram o aparecimento do CHEGA, que propiciaram a sua génese e que
mobilizaram em pouco tempo tantos e tantos portugueses a julgar pelas sondagens
e a comprovar no próximo acto eleitoral. Paulatinamente o CHEGA tem vindo a
morder um pouco o eleitorado de todos os partidos, isso explica a aversão ao novel
e recém-chegado participante da festa da democracia.
Tenho
para mim que o CHEGA dará voz e contará com os votos perdidos maioritariamente
para a abstenção, o que significa que tem programa, ideias e promessas em que
os portugueses crêem e das quais sentem necessidade, ou seja o CHEGA tem o que
os outros não têm, o CHEGA oferece o que os outros guardam só para si, o CHEGA
é aquilo que os outros não são, e sabemos como os partidos do sistema se
viraram exclusivamente para os seus interesses, os seus militantes, os seus
afilhados, amigalhaços e familiares, arvorando-se em detentores de verdades nas
quais já ninguém acredita a não ser eles mesmos e os seus fanáticos ou
lunáticos militantes.
Mais
do que reformado este país precisa ser arrasado, dou-vos um exemplo, eu que
nunca morri de amores por Pedro Passos Coelho bati-lhe palmas quando pretendeu
limitar e reduzir as reformas mais altas para beneficiar as mais baixas quando
da crise em que tão tristemente pontificou. O seu reinado, acudindo a mais um
desastre provocado pelo PS, foi um completo desastre, ficámos sem anéis e sem
dedos, mas as várias medidas positivas que tentou implementar em favor dos mais
desfavorecidos foram travadas pela Constituição da República Portuguesa.
É caso
para perguntar ao serviço de quem está esta constituição, ao serviço de que interesses,
é caso para afirmar que também ela precisa ser arrasada, reformada, refeita,
feita de novo. E como ela muitos mecanismos e situações que por serem tão gritantemente
injustas envergonham o país e os portugueses de bom senso.
Há
que instituir o mérito no preenchimento de lugares, há que proibir negócios com
familiares, há que impedir que os familiares negoceiem com o estado ou ocupem
lugares nos governos, nos ministérios, nas edilidades, nas empresas públicas,
etc etc etc …
Só
desta forma o país avançará e se regenerará, sendo este um dos principais
pontos do programa do CHEGA que tanto faz temer e tremer a burguesia instalada
e corrupta que nos desgoverna. O compadrio, o parasitismo, o facciosismo, o partidarismo
e o amiguismo não podem continuar a ser o alfa e o ómega deste país.
Por
isso o CHEGA precisa de ti, da tua força, da tua vontade, do teu voto, só
juntos podemos alterar esta situação de podridão em que Portugal caiu e nos
arrasta para a miséria e o drama a cada dia que passa.
Vota
CHEGA em todos os actos eleitorais que se aproximam, tu precisas do CHEGA o CHEGA
precisa de ti, temos que mostrar a nossa força, a força para acudir aos dramas
diários que nos caem em cima, a força que nos pode acudir, a força que fará a diferença,
a força que está interessada em que tu venças !
VOTA
CHEGA !!!
MADRUGADA
Esta
é a madrugada que eu esperava
O
dia inicial inteiro e limpo
Onde
emergimos da noite e do silêncio
E
livres habitamos a substância do tempo
Poema de Sophia de Mello Breyner Andresen