quinta-feira, 3 de junho de 2021

AINDA A CULTURA, NÃO HÁ PAI PARA A RITA …

               

708  -  “AINDA A CULTURA, NÃO HÁ PAI PARA A RITA …“

 

# TEXTOS POLÍTICOS 19 #

  

Há dias numa das apresentações do meu programa trouxe à baila a UE, fiz uma abordagem ligeira, tangencial, a minha amiga Rita não gostou, e criticou-me por não ter sido mais preciso, o que até seria bom para o programa. Tudo por eu ter afirmado que;

 

 “mau grado a presença entre nós de uma universidade, o tema cultura não parece ter tido ao longo do tempo o destaque que merece. A faculdade vive demasiado fechada sobre si mesma e não promove ou não publicita devidamente eventos e temáticas que absorvam o interesse da população, facto que a seu tempo e nível deverá ser abordado entre as duas instituições CME e UE. “


 Mas a Rita tem razão, ou teve, ela é uma das pessoas com que o meu programa de candidatura é discutido, sendo ela uma das mais activas ou participantes. Teve razão, eu devia ter-me alongado sobre o tema, não deveria ter perdido a oportunidade de nele inserir quanto já tinha sido falado e abordado na nossa mesa, pelo que acabei de o fazer agora. Já está mais completa essa parte do programa relacionada com a cultura, a Rita já está mais calma, e eu de parabéns, o programa está melhor que nunca.


  Porém se fiz ainda que brevemente uma referência à fraca colaboração entre a academia e a CME, ela foi menos forjada como crítica e mais como uma oportunidade que se lhes abre com a minha candidatura. Tem esta candidatura a real e democrática vontade de estreitar laços e colaborar de modo mais activo e proveitoso para as partes e para a população eborense.


 Em boa verdade admito que algumas vezes tenho sido crítico da academia, faço-o contudo tendo sempre em mente uma crítica construtiva, no caso presente e dado haver quanto a mim uma insuficiente valorização a par de uma muito deficiente gestão da programação cultural do teatro Garcia de Resende. É que acabei de me debruçar sobre a dita após as obras de renovação e nada de novo traz.


 Como não podia deixar de ser a BIME vem em primeiro lugar visto estar a decorrer. Seria curioso aquilatar das vantagens da BIME, que já vai na 15ª edição, e saber quem, turismo e restauração, ou como terá beneficiado a cidade beneficiado com tanta edição, uma vez que me quer parecer serem os bilhetes todos vendidos à CME que posteriormente os dissipa como entende, ou seja, segundo os meus cálculos pagamos todos espectáculos vistos por meia dúzia…


 Contudo, quando se trata de solicitar e receber subsídios do Ministério da Cultura, atribuídos em função da eficiência da bilheteira, que garantirá terem os espectáculos tido espectadores, tido venda, tido saída, tido sucesso, é um facto que a companhia residente faz prova de tal, o que eu duvido é que confessem ao Ministério que os bilhetes são todos vendidos a um único comprador, e pouco mais…


 Se a CME parar com essas compras, não creio que a população acuda ao teatro para salvar o Cendrev, não creio que a população lhe dê um aval daqueles que por exemplo Filipe La Féria tem recebido por cada peça que leva à cena, consta até nunca La Féria ter solicitado ou recebido um subsídio que seja, por mais pequeno que pudesse ter sido. Flipe La Féria vive do seu trabalho e do seu sucesso. Lá Féria age como uma formiga, mas há também neste mundo, como conta a fábula, quem actue como as cigarras, vivendo de expedientes…


 Mas voltando ao Teatro, agora renovado e de cujas obras poderia beneficiar o polo de artes da Universidade de Évora, que a CM deveria chamar mais a intervir e a participar, tanto para lançar artistas, através de exposições, como para lhes proporcionar um palco condigno e motivador duma verdadeira escola de teatro de qualidade, em detrimento do que tem feito até aqui, permitido senão incentivado a captura do teatro pela companhia residente, o Cendrev.


 Naturalmente o teatro deveria estar aberto e disponível para a academia, se assim tivesse sido, cantores/músicos da craveira de Áurea, uma artista de dimensão nacional e internacional que foi aluna da UE, mas de cujo sucesso esta nunca beneficiou, nem Áurea de condições a par do seu gabarito, teriam tido outras oportunidades, poderia ter havido porventura mais casos de sucesso.


 O caso de Áurea é exemplificativo ou elucidativo de quão devem ser integrados, puxados a participar na programação e utilização do palco do Teatro Garcia de Resende, tanto os seus aprendizes da escola de artes como os já actores, torneando ou eliminando através dessa participação o enquistamento que todos nós sentimos e sabemos existir entre a academia e a população, e diria que opondo CME / academia, enquistamento que quanto a mim se fundará sobretudo na atitude dos actores e gestores institucionais da companhia residente, o Cendrev, cujo pensamento será sobretudo político e temente da concorrência de gente jovem, formada, com estudos, descomprometida, e não engajada.


Relembro que o Cendrev goza há décadas do beneplácito e incondicional apoio da CME, apoio tão incondicional que jamais convidará à evolução, à superação, antes ao conformismo do status quo... Ora esta candidatura veio precisamente para isso, mudar o status quo, FAZER O QUE AINDA NÃO FOI FEITO… E há muita coisa a fazer e a mudar se quisermos uma cidade rica, moderna, cosmopolita, rica, que nos proporcione bem-estar, alegria, e sobretudo qualidade de vida.

 


terça-feira, 1 de junho de 2021

707 - LUTEMOS POR UMA ÉVORA BRANCA !!!!! *

               

 

Olho para trás, olho para Évora por cima do ombro, não porque esteja desconfiado, mas por tentar alcançar assim o passado. Revejo décadas atrás mas não encontro nada que me ajude a perceber esse passado, o que se passou, algo que explique o absurdo em que esta cidade se tornou.

Será assim tão difícil de compreender por que estou hoje aqui empunhando esta bandeira, empunhando um estandarte que tantos portugueses já empunharam, em defesa da nossa terra, do nosso solo, das nossas tradições e cultura, do nosso passado e futuro ?

Eu sou eborense, sou português, sou povo e jamais poderei esquecer-me disso creiam-me. Não sou materialista, nem consumista, os meus luxos são apenas discos, livros, uma mota já antiga para os padrões actuais, e memórias, lembranças, muitas.

Não façam de mim o burguês que não sou, muito menos o fascista com que a ignorância de alguns me pinta, sou de direita, tornei-me de direita porque sou um homem culto, a cultura muda-nos. Para além disso sou democrata, sou conservador por ser aí que as virtudes do mundo se conservam mais tempo, e precisamos delas amiúde, frescas, viçosas, conservadas com e de confiança, tal como a igreja conservou o que restou da nossa civilização após a queda do império romano às mãos dos ímpios, dos bárbaros…

Temos que deixar de viver na ilusão, ou escondidos, sempre atrás da janela ou sempre atrás do portão, lutemos por ser livres e jamais deixemos de sonhar. Há que avançar contra as velhas regras de um cerimonial que nos impuseram há quase cinquenta anos e nos atrofia, por isso eu tinha que aceitar.

Então aceitei lutar e mudar o nosso destino, na certeza de que um dia irei merecer o vosso reconhecimento e merecer o amor que possam sentir por mim. Por isso não chores mais Évora, a minha alma está contigo, e se te dediquei a vida inteira não te deixarei agora que te encontras em perigo. Sim ficaremos juntos, ficarás comigo, comigo que te amo e amei a vida inteira e nada mais quis que olhar e salvar a tua branca beleza.

Não é o poder que me move, jamais o poder ambicionei apesar das muitas mentiras que deitaram e deitam sobre mim. O meu lugar é a teu lado, o meu lugar é ao lado deste povo amante da liberdade e a quem eu também sempre amei. 

Évora branca, eu só desejo sentir bem de perto o teu coração batendo por todos e por mim, com fervor, com amor, um amor que nunca irei esquecer porque a minha alma está contigo, a vida inteira eu estive contigo, a ti a dediquei e volto a dedicar nesta hora sombria em que nuvens te cobrem e nos cegam, em que dogmas te apunhalam e marcaram com um estigma que é hora de sacudir.

Um estigma que nos tem aprisionado, isolado, baixado a auto estima, nos tem feito sentir incapazes e culpados, num incompreensível sentimento colectivo de auto reprovação cujos efeitos negativos e forte influência nos têm trazido cegos e manietados há quase cinquenta anos. Fomos nós quem, inocente e ingénuamente deixámos que cegos nos vendassem os olhos. 

Temos que nos pensar, nos reinventar e dominar a habilidade necessária para dar um novo significado às nossas vidas e à vida da cidade, vida que nos conduza de novo à cidadania que nos foi roubada.

Diante do exposto, há que fomentar de novo o convívio e a criação de vínculos entre as pessoas, entre nós eborenses, agindo e pensando, usando de novas práticas no campo da atenção social que produzam efeitos benéficos e palpáveis na vida das pessoas, dos eborenses, ao invés desta separação doentia em que nos têm enclausurado como ovelhas num redil.

Temos que participar em mais eventos no nosso território, reconquistar para nós novamente Évora, dar azo a eventos que nos unam, que extrapolem os muros reais e as fronteiras mentais em que nos têm confinado. Temos que alargar horizontes, não podemos consentir que um pastor sem visão conduza o rebanho !

E quem ainda duvidar do que digo, é só olhar p’ra dentro de mim, olhar-me nos olhos, confrontar-me, interrogar-me, e ouvir-me. Terei então a certeza que me seguirás nesta reconquista, me seguirás contra a ortodoxia dominante e asfixiante que fez da cidade de César uma cidade submetida e submissa. Sublevemo-nos ! Contra a reacção a subversão !

Lutemos !

Luta a meu lado por uma Évora branca !

Brancos contra vermelhos, como em 1918 !

Sejamos os cossacos de hoje ! Coragem !


* Lutemos democráticamente claro, em eleições justas. 

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segunda-feira, 31 de maio de 2021

706 O INCONTORNÁVEL DEFERIMENTO TÁCITO



706  -  “ O DEFERIMENTO TÁCITO “

# TEXTOS POLÍTICOS 18 #


Uma outra ideia a implementar no que toca a aligeirar procedimentos administrativos do poder local, sem contudo tornear ou evitar cumprir com o legislado, seria tanto quanto a legislação o permitir,  a instauração ou reinstauração do DEFERIMENTO TÁCITO em todos os actos administrativos relacionados com o licenciamento urbano.


Sabemos que o que mata a maioria dos projectos é o tempo, não é o dinheiro nem a rentabilidade, isso é tudo acautelado muito antes do projecto dar entrada nos serviços respectivos da edilidade. A burocracia, o tempo portanto, é o grande culpado não só da inviabilização, e da desmotivação de muito investidor e empreendedor como também do baixo rendimento e alto absentismo normalmente verificado e registado na maioria das autarquias portuguesas. Necessária e obrigatoriamente curto num caso, demasiado longo no outro, gerando incompatibilidades inaceitáveis nos tempos que correm...

 

Sabemos também que no caso vulgar de um pequeno munícipe que deseje construir a sua habitação o Deferimento Tácito de nada servirá, uma vez que a banca não o aceita e não libertará o crédito necessário à construção, mas no caso de projectos de maior dimensão, que já estão desde a sua concepção ancorados a uma entidade financeira, o deferimento tácito funcionará como o quebrar de uma barreira ao desenvolvimento, e permitirá a muito projecto avançar como que por uma auto-estrada, incólume à proverbial bonomia da administração pública.

 

Aos mais cépticos direi que qualquer projecto que beneficie do deferimento tácito não está isento de responder e corresponder a todos os items legais a que tenha que submeter-se. O deferimento tácito só se limita a não lhe colocar entraves desnecessários, a poupá-lo a perdas de tempo burocráticas, não a isentá-lo das obrigações legais que lhe sejam inerentes. Do meu ponto de vista o DEFERIMENTO TÁCITO  aumenta ou amplia até a responsabilidade do promotor, pois se falha é obrigado a emendar o seu erro, o que lhe poderá sair bem caro.


Obrigado pelo contributo amigo Romeu Fialho e desculpa as horas "perdidas" com estes assuntos de extrema importância. Eu prometi o jantar, um dia a cidade agradecer-te-á, um abraço. 



sábado, 29 de maio de 2021

705 - “O QUE NUNCA MAS NUNCA VOS DIREI *

                         


705 - “O QUE NUNCA MAS NUNCA VOS DIREI  *

 

# TEXTOS POLÍTICOS 17 #

  

Um programa define metas, objectivos, prazos, sobretudo define o perfil de um candidato, a sua personalidade, o seu caracter, por isso é extremamente importante que seja cuidadosamente elaborado e sobretudo que depois, na prática, isto é, durante a campanha e posteriormente à eleição demonstre coerência.

Por outro lado não deve ser vago nem subjectivo, não deve conter promessas vãs, deve ser claro, não basta dizer que vamos aumentar o bem-estar o emprego e a riqueza, deve dizer-se como o vamos fazer, devem ser claros os modos de execução, o eleitor tem o direito de saber como pretendemos conseguir atingir os objectivos a que nos propomos.

Esses modos devem estar explícitos, ser claros, tudo preto no branco. Ora dai atenção a esta série exemplos de vacuidade, que parecem dizer muito sem contudo dizerem nada pois se esgotam na própria frase não concretizando, não elucidando o modo como irão proceder para atingir cada afirmação feita;

 

Évora precisa de uma mudança,

cuide dos nossos mais velhos

muito mais qualidade,

construído com os Eborenses,

acolha, envolva

atractivo para todos

projecto de diálogo

colocar a cidade num outro patamar,

abertura ao outro,

visão contemporânea

liberdade na modernidade

um projecto novo,

possibilidade de concretizar

projecto que valorize

oportunidades para os nossos jovens

solidário com os  frágeis

projecto que preserve

valorize

 resgate o brio alentejano

mais exigente

acescente e construa

concelho sem complexos

cidade amiga

que crie futuro

estabelecer pontes

sem preconceitos

novos projectos

concretizar ideias

atento e solidário

participar na construção

projecto de mudança

Évora está a nascer e a ganhar forma

uma nova direcção

cidade-modelo

um novo compromisso

ideias e prioridades

 cidade reconhecida

com sentido de respeito

pela comunidade

sempre em primeiro lugar

ideias fortes

compromissos

cidade líder

contaminadora de todas as áreas

acolhedora à diferença e à imaginação

Acreditamos verdadeiramente no projecto Europeu e queremos que Évora seja uma cidade e um concelho que se sintonize em pleno com os valores base da construção Europeia. (como??)

Reforçar a dimensão Europeia

cidade mais cosmopolita 

oferecendo múltiplas oportunidades para os jovens e para todos.

aproximar Évora às instituições europeias

cidade exemplar

reforçar as redes de informação

aprofundar a cooperação

valorizar a  nossa identidade

cidade vibrante

criar um sentimento de pertença ao projecto Europeu

construir uma cidade e um concelho moderno

com ambição

visão com futuro

oportunidades para todos

com um enorme potencial para

criar um ecossistema

criação e originalidade

inovação e empreendedorismo

envolvendo instituições

e contemporâneo

objectivo transversal

cidade de referência

criar condições

dar corpo às ideias

afirmar como cidade de inovação

novas políticas

verdadeiras alternativas

plano para se

choque vitamínico

impulso de investimento

cumprir plano de mudança

o nosso desígnio

juntar as pessoas certas

acessível

confortável

cuidado

contribuindo fortemente para

incremento e qualidade

um desígnio necessário

Intervir na requalificação

valorização do espaços

construir lugares seguros

criar modernidade

 preservando a autenticidade

cidade inspiradora

valorizado

ambicioso

recursos ambientais

outros costumes

criar positivas dinâmicas

 de desenvolvimento territorial.

realçar a especificidade

facilitar as condições

alavancar o desenvolvimento

criando oportunidades

………………………………………….

         * Naturalmente vigio os meus adversários, gosto de saber o que pensam e andam fazendo, gosto sobretudo de analisar-lhes as falhas, observar-lhes os erros, e aprendendo com os deles evitarei os meus.

        Acabei de apontar-vos uma série de frases colhidas ao acaso nos ditos e discursos dos meus adversários e um exemplo perfeito do que venho dizendo e criticando, pois não podiam ser mais vazias de sentido e conteúdo, mais subjectivas, mais balofas, mais vagas, a léguas da prática do concreto que defendo e pratico.


        Se vou quadruplicar os espaços para estacionamento no centro histórico ? Sim irei, e disse-vos como procederei para alcançar esse objectivo e por que é ele importante.


        Prometi criar dez mil novos empregos em seis anos ? Prometi sim, mas também vos disse de que meios lançarei mão para conseguir concretizar essa promessa.


        Considero-me o melhor e mais bem preparado candidato a estas eleições ? Claro que sim ! Por isso vos dou paulatinamente provas de que conheço os dossiers, a cidade e os seus problemas, e vos confessei que pelo menos vinte anos da minha vida sem mácula, transparente, pública e cívica em defesa da cidade podem ser vistos, lidos por quantos o desejarem ter conhecimento desta minha luta. 

        Eu e a minha equipa viemos para fazer o que ainda não foi feito, confiemos.  

         


sexta-feira, 28 de maio de 2021

“FOI MUITO POUCO PARA TANTO TEMPO…"

                                                                 



704 - “SENHOR PRESIDENTE, FOI MUITO POUCO PARA TANTO TEMPO…"

 

# TEXTOS POLÍTICOS 16 # 

 

Analisei à lupa o discurso de recandidatura do senhor presidente da edilidade, aquele cantado ali ao Jardim das Canas. É que não se trata de um adversário mais, nem de um adversário qualquer, trata-se de alguém que tendo tempo, muito tempo, pouco fez, muito pouco, vindo agora apresentar-se como o supra sumo das realizações que se fizeram no concelho, aliás bem poucas, muito poucas mesmo. Parabéns contudo aos seus conselheiros de imagem, tentaram, não seio se conseguiram, tirar-lhe as cores de paraquedista e dar-lhe uma imagem de eborense, de humanista, de humano. Temo contudo que tenham chegado tarde e o povinho tenha há muito perdido a fé e não embale na conversa desses seus assessores.  

 

Não irei alongar-me porque o assunto nem merece que se perca muito tempo com ele, o senhor presidente esteve na frente da autarquia 8 anos, oito anos em que foram investidos 200 milhões de euros, palavras suas, o que dá feitas as contas, 25 milhões por ano. É pouco, e nem nesse pouco acredito, onde se baseia ? Onde poderemos confirmar esse dislate ? E tirando isso bem se pode dizer que nada mais foi feito em oito anos que sugar os eborenses para tapar o buraco da divida, a tal divida que todos sabem como apareceu mas acerca da qual ninguém sabe como o dinheiro desapareceu...

 

200 Milhões que terão originado 2.000 postos de trabalho…. Quem o confirma ? Onde poderemos ajuizar da justeza desse número ?  No mesmo sítio onde poderemos procurar o primeiro, no país de Alice, neste caso no concelho de Alice, o concelho das maravilhas e onde a cada 100.000 euros de investimento correspondeu um posto de trabalho. Nada mau, um verdadeiro milagre. Mas foram esses 2.000 postos de trabalho criados em oito anos, o que nos dá uma média de 250 novos postos de trabalho criados anualmente. Não é pouco nem pouquíssimo, é nada senhor presidente. Mas deixo um repto, no mesmo jornal onde exultou com a "obra feita" deixe-nos sff uma listagem dos empreendimentos aprovados durante esses 8 anos e quantos postos de trabalho poderão ser indexados a cada um deles. Obrigado. 

 

Quem não me conhece talvez tenha pensado estar eu a reinar quando, no meu discurso durante o jantar de apresentação, mais concretamente a 5 de Maio, dia em que André Ventura se deslocou a Évora, talvez tenham pensado dizia eu, que me teria deixado levar pelo entusiasmo quando prometi, e proferi alto e bom som que VENDEREMOS O SOL A LUA E OS MONUMENTOS, VENDEREMOS TURISMO E CULTURA, e garantido num prazo de 6 anos a criação de 10.000 novos empregos. Dez mil. Sempre são 1.666 postos de trabalho por ano senhor presidente, muitos mais que os seus 250 e um número mais que plausível de ser alcançado. Para além disso jurei multiplicar por 4, quatro, quadruplicar, o número do de lugares de estacionamento no centro histórico a fim de reavivar a cidade, mormente o comércio tradicional e o emprego.

 

Manterei, manteremos a palavra quanto aos apoios a Évora candidata a cidade da cultura, que reavaliaremos e revalorizaremos. E, cereja no topo do creme e do bolo, será anunciado um Desígnio para Évora à volta do qual Turismo, Comércio, Emprego e Cultura florescerão e com eles e qualidade de vida e bem-estar a que os eborenses têm direito e lhes é prometido ha 46 anos, promessa nunca cumprida que a minha candidatura cumprirá.

 

Um desígnio, uma meta, um objectivo mobilizador e económico, coisa que Évora nunca teve e em redor do qual, sem prejuízo de quaisquer outras ideias ou indústrias, que aliás nem estamos em condições de desprezar quem quer que seja ou o que quer que seja, se congregarão todos os eborenses apostados em tornar esta terra grande e gloriosa como foi antanho.  

 

Tem, beneficia a nossa cidade uma serie de riquezas herdadas e invejáveis, gratuitas e ao alcance da mão. Cabe-nos a nós encontrar maneira, modo, meio, de as aproveitar uma vez que se encontram à mão de semear. Temos os monumentos, construídos á volta de mil anos ou mais e mais que amortizados, há que colocar gente a realizar a partir de hotéis roteiros que passem por eles, e entre eles parem em cafés, pastelarias, lojas de artesanato, restaurantes, adegas, etc etc etc…


Promovam provas de vinhos, de queijos, de sabores, doçaria, de ervas aromáticas, de carne de porco preto, pára-quedismo, parapente, ralyes out road para carros e motos, digo jipes, atletismo, natação, hipismo, futebol, pesca, lançamento de papagaios, piscinas, saunas, restaurantes panorâmicos, esplanadas de invejar, sejamos criativos, planifiquemos, e através de uma cronologia antecipadamente conhecida para que os operadores turísticos planeiem os seus roteiros e instruam os seus motoristas, articulemos e façamos convergir os nossos interesses.

 

Tudo terá que ser bem articulado para que todos possam molhar a sopa e todos possam ficar a ganhar, ganhando a cidade ou o concelho…. O vereador do turismo terá que dar ao litro como soa dizer-se…Temos o Alto de S. Bento e a Barragem do Monte Novo desaproveitados, podiam estar a deliciar a população eborense e a criar empregos e riqueza e estão para ali ao abandono há décadas, enquanto isso a cidade morre…. Aluguem, concessionem, lancem concursos…

 

O sol, de longe a nossa maior riqueza é também a mais fácil de apanhar. Com painéis fotovoltaicos ou para aquecimento de águas, com praias lacustres ou fluviais e todas as estruturas que lhes são concomitantes, do bar ao hotel, será sobretudo em instalações de apoio à terceira idade e dedicadas ao turismo sénior, preparadas e adaptadas à prestação de cuidados paliativos que maior rendimento poderemos obter dos benfazejos raios solares. Tornar Évora e o Alentejo a Florida da Europa, a Suíça da Península, não é impossível, é missão e desígnio que já devia até estar realizado, feito, construído, executado dando emprego a milhares e regalando quem já deu na vida o que tinha a dar e merece uma aposentação acolhedora…


  Sol é dinheiro, sol são milhões, e quantos dias de sol temos nós por ano ?  364 ? Se não forem assim tantos andaremos lá perto. Articulando todos estes factores é bem possível que, aliados a outros, consigamos ao fim de meia dúzia de anos a criação de dez mil novos empregos no nosso concelho. Lancem-se concursos, concessione-se, facilite-se, e não compliquem…

 

Reforme-se senhor presidente, é mau economista e pior politico, acredito que seja um bom homem, saia pela porta grande enquanto tal é possível, se ainda é possível, e não culpe o Zé do Cano pelo total da dívida, quando ele chegou já ela ia em 70 e tal milhões, é muito dinheiro que ninguém sabe para onde foi e nunca ninguém nos contou, uma parte terá ido para os amigos das águas, que aquilo no PS é só amigos e amizades…

 

E já agora peço desculpa, há dias acusei-o de trazer as decisões da sede do colectivo, o Zé do Cano provavelmente trá-las-ia da sede do partido e directamente das mãos dos donos do PS em Évora. Para quem não saiba o PS Évora tem “donos”, os mesmos há uma catrefa de anos, acerca dos quais se diz, alegadamente claro, possivelmente boato que isto há gente que é só o que larga, boatos, mas dizem esses boatos que sem o amém dos donos ninguém faz nada em Évora, e se faz é porque foi ungido. 

Estamos bem servidos de democratas…. 

E ainda melhor de amigos…