quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

808 - O CHEGA, DA IMPORTÂNCIA POLITICA AO PAPEL HISTÓRICO NA ACTUAL E INSTÁVEL CONJUNTURA NACIONAL ..........

 

       A política, como a natureza, a química, a física,  amor, o universo, tem horror ao vazio e, como sabemos, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma.  

 

É o que tem vindo a acontecer com o medo e a sangria que o Chega provoca nos partidos do sistema, se eles não o fazem e há espaço para o fazer e necessidade de ser feito alguém o fará, alguém dará o passo em frente, o Chega deu.

 

Os velhos e entrevados partidos do regime esqueceram a velha máxima;

 

Podemos enganar todos algum tempo

Podemos até enganar alguns o tempo todo

Não podemos é enganar todos durante todo o tempo…

 

O novel Chega soube interpretar a vontade dos eleitores e a necessidade de mudança, de limpeza, de redenção, fazendo-se arauto desse papel o Chega conquistou um lugar no coração dos portugueses e fez-se vanguarda da revolução que ele mesmo passou a apregoar.

                                                                                        


A democracia é o sistema mais frágil de todos, e o único que não tem mecanismos de preservação ou de auto defesa, dependendo da atenção, cuidado e vigilância dos cidadãos e dos eleitores. Ora os cidadãos tratam os partidos como os clubes de futebol da terra, jurando-lhes fidelidade eterna tenham eles os resultados que tiverem.

 

Não pode ser, sou fiel ao meu clube mas castigo os partidos que não cumpram com o que acho que devem a todos nós, por isso comecei na UDP na minha adolescência, já fui comunista, quando jovem maduro, bloquista, socialista, abstencionista, desiludido, revoltado, já fui tudo quanto vocês poderão imaginar. Não passo é um cheque em branco a nenhum partido, o voto é o timão com que o eleitor pode fazer guinar os partidos e conduzir a nação. Não abdico dele, nem de lutar pelos direitos de todos nós.

 

Portugal poderia ser um país tão ou mais rico e moderno que a Suíça, ao invés disso e graças ao nosso bairrismo caminhamos alegremente e pela mão de partidos nepotistas para um inaceitável quarto mundo… Poderíamos ter sido mas não somos, o PSD ficou órfão desde a morte de Sá Carneiro, e o CDS infantilizado e imprestável a partir de Freitas do Amaral, Lucas Pires e Manuel Monteiro.



Em 5 de Outubro de 1910 tivemos o bambúrrio que nos conduziu à Primeira República, que acaba em 1926 tendo a Salazar sido pedido que encabeçasse a pasta das Finanças. Os democratas de então conseguiram fazer durar a república e a “democracia” somente 16 anos, desta feita, graças à famigerada CEE, que nos deu uma cana de pesca mas não nos ensinou a pescar, e acumulando uma dívida inaceitável estamos prestes a comemorar 50 anos de desastre, corrupção, amiguismo, compadrio e nepotismo.

 

Portanto esse tal partido, o inominável, o tal de que muitos nem querem dizer o nome, é tão português e tem tantos direitos quão os demais, e tem sobretudo no momento presente um importante papel histórico a desempenhar, o de desbloquear o impasse em que os partidos do regime, ciosos de perder a teta onde mamam há 50 anos, nos lançaram sem apelo nem agravo.

 

O inominável Chega é pois o esperado e desejado instrumento de que a necessidade se serve para provocar a mudança imprescindível, o Chega é o veículo que trará o caos e deixará as cinzas de onde se erguerá a Fénix, sim esse mesmo, o Chega, o partido sem o qual doravante, depois de 10 de Março, nenhuma política será delineada, o partido de um homem só, o partido do “Homem Orquestra” *




Este caso único, este partido único, o Chega, surgiu por geração espontânea devido a um choque entre André Ventura, um militante do PSD que este não quis ouvir, como não quis nem quer ouvir ninguém, idem para os restantes partidos do sistema, incapazes de absorver ideias que não sejam oriundas dos seus prosélitos sábios, os tais sábios que têm conduzido o país ao fosso em que se encontra. Da contestação Justa de André Ventura nasceu o Chega, rapidamente espelho e reflexo de muitos injustiçados, por isso cresceu, cresceu, cresceu até ao momento em que André Ventura e o partido se confundiram.

 

O Chega quer se queira quer não é ele, e se ele se apagar o partido acaba-se, apaga-se. Mas atenção, um partido que vive à sombra duma personalidade não é partido, tal como um personagem que viva a sombra de um partido não é personalidade nenhuma, é um homem orquestra, is a one man show. Quer um quero outro são parasitas vivendo em simbiose e, a nossa sociedade, a nossa nação, tem parasitas de sobra como todos os bem sabemos. *




O que importa sobremaneira é combater a esquerda com inteligência, com propostas e soluções inteligentes, dando primazia ao homem, ao ser humano, ao valor e iniciativas individuais, acabando com esta desastrosa economia centralizada camuflada de democracia, acabando com a ilusão do colectivo, privilegiando o indivíduo, o seu labor, o seu entusiasmo, as suas ideias, o seu trabalho, o seu mérito.

 

O papel do Chega, que parece ter eleitores em quantidade, mas não os ter em qualidade, que terá muitos militantes mas nenhuns quadros, é sabido que o problema do Chega foram sempre as pessoas, o papel do Chega dizia eu, será o de fazer o trabalho sujo, desempenhar esse tal papel histórico que nas revoluções cabe aos líderes, aos vanguardistas que depois da barraca armada são tragados. 


Como é dos livros as revoluções tragam os seus filhos mais dilectos, Robespierre, sem dúvida a figura mais controversa da Revolução Francesa e uma das personalidades mais importantes dessa revolução, o homem cuja intransigência lhe valeu o apelido de "o Incorruptível", foi guilhotinado no dia 10 do “Termidor”, nem chegou a ver o fim da sua revolução …



 

Preparemo-nos portanto para o day after, o dia para o qual o Chega não está preparado, irá a reboque, vai atrelar-se, irá influenciar, vai mudar muita coisa, mas não subirá aos céus no dia em que a Fénix se erga nos ares e a liberdade e a democracia forem de novo apanágio deste país. O lixo será varrido, os velhos partidos tentarão não desaparecer e os novos, os novos partidos representantes da direita conservadora estarão como sempre na linha da frente para garantir o ADN puro, nacional, e a continuação desta tão sofrida nação. Há mais marés que marinheiros, a história não pára, nunca parou, haja esperança, a vitória está certa,

 

Hasta la vitória siempre !!!!!!!!!!!!!