sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

781 - ÉVORA ESTÁ DE PARABÉNS ... OU QUANTO MAIS ME BATES MAIS GOSTO DE TI ...

                



ÉVORA ESTÁ DE PARABÉNS OU ...

 QUANTO MAIS ME BATES MAIS EU GOSTO DE TI ...

 

Évora e os eborenses estão de parabéns, um dia saberemos como e porquê mas, ao contrário de tanto nervo arrasado e de tantas dúvidas alimentadas, ganhou surpreendentemente o troféu Cidade Capital Europeia da Cultura 2027.

 

Sabia-se que 12 cidades portuguesas tinham submetido candidaturas à Capital Europeia da Cultura (CEC) para o ano 2027 Portanto 12 cidades portuguesas eram oficialmente candidatas: Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Funchal, Guarda, Leiria, Oeiras, Ponta Delgada, Viana do Castelo e Vila Real. Qualquer delas de longe com muitos mais pergaminhos e provas dadas no campo da cultura que Évora. 


Confesso-me surpreendido, e expectante, superadas ou vencidas as dificuldades da nomeação, quedo-me na expectativa decidido a observar e avaliar as acções futuras da coisa, do fenómeno, essas sim que, com razão e desejando enganar-me, queira Deus não sejam mais que, de acordo com o costume, o embrulho de outra oportunidade perdida. Mais uma. Senão vejamos.

 

Passaram 48 anos sobre o 25 de Abril, e que evoluímos ? A última grande obra levada a efeito pelo Município neste concelho foi o parque de piscinas Engenheiro Arantes de Oliveira, à época um dos melhores da Europa, que nem preservado tem sido e cujos acessos estão desde 5 de Setembro de 1964, data da sua inauguração, por fazer. Tudo o resto que tem sido erguido nesta cidade, e é bem pouco, tem cunho privado, institucional ou governamental.

 

Quanto ao ilustre Eng.º Arantes e Oliveira, distinto profissional e cidadão, viu o seu nome simplesmente apagado de todo o lugar onde era justo e merecido que aparecesse. Não era comunista, foi esse o seu pecado.

 

Pelo mundo fora países e cidades têm sido erguidas nas últimas cinco décadas, nós não, nós divergimos, diverge o país, diverge o Alentejo, e diverge Évora, a cidade mais pobre e mais atrasada do Alentejo, este por sua vez uma província paupérrima. Alentejo que já foi o celeiro de Portugal. E mesmo em Portugal outras cidades nos têm ultrapassado, têm vida, parecendo um absurdo, sendo o país o mesmo, parecem estar noutra nação. Vão ao norte, vão ao Algarve, somente onde o socialismo e o comunismo grassaram parecem ter ficado improdutivas as terras e as gentes. Somos o país mais atrasado e pobre da rica Europa em que nos quisemos inserir e onde nos mantemos á custa de pedinchice e de esmolas. Até quando ?

 

Há mais de 30 anos, mais concretamente em 1986, a ONU ofereceu-nos a etiqueta de Cidade Património da Humanidade. Foi uma justa atribuição e o reconhecimento aos nossos antepassados longínquos pela riqueza da obra arquitectónica que nos legaram. Infelizmente, retirando da equação alguns hotéis, e talvez uns quantos restaurantes, pouco mais ganhámos com isso.

 

Há até já quem advogue termos turistas a mais, os quais deixarão pouco dinheiro ainda que empatem tudo, ocupando tudo, no fim incomodando tudo e todos, será isso ? Por vezes parece-me que esta cidade quando não vive de sonhos, de ficções, vive dos pesadelos que cria….

 

A rica etiqueta de Património Mundial não nos catapultou ou não soubemos aproveitar nem o plinto nem a embalagem ou ocasião para evoluirmos, para nos desenvolvermos. Aqui todas as oportunidades se desvanecem por falta de visão, de mundivisão, de liderança e de competência. Sobra contudo sobranceria, arrogância e ignorância, um trio arrasador.

 

Há dias fui, fomos, bombardeados na imprensa e nas redes sociais com as comemorações dos 450 anos da Universidade de Évora, uma mentira descarada, a nossa Universidade foi fundada pela Companhia de Jesus em Abril de 1559, porém a sua actividade durante os dois séculos da sua primeira fase de existência não se traduziram numa efectiva abertura dos espíritos, a Universidade parece ter-se fechado sobre ela própria, tal qual faz nos dias de hoje.

 

Foi deste modo, através dos negativos fenómenos de isolamento e de endogamia que Évora terá acabado por participar na tendência muito portuguesa de virar as costas à Europa transpirenaica, pelo que não nos deve admirar que a Universidade se tenha facilmente transformado num alvo da política reformadora, lúcida e centralista do Marquês de Pombal.

 

Reflexo disso, em 8 de Fevereiro de 1759, duzentos anos após a fundação, a nossa Universidade foi encerrada para reabrir somente em 1979. Ao todo a UE, cujos 450 anos erradamente comemoramos, funcionou uns meros 241 anos, intermitentes. Convém saber estas coisas.

 

Mas, paradoxo dos paradoxos é o facto ou saber-se que a nossa cidade está tanto mais pobre quão mais idade a universidade soma… As estatísticas e os censos não mentem …

 

Quanto a isso, sem a menor dúvida mais uma oportunidade perdida, todos se calam, ninguém diz nada, como se a normalidade fosse esta inacção, esta morrinha, esta dormência, esta passividade, essa sim uma característica bem alentejana, tal qual a “indolência” e que o “cante” tão bem expressa, ou tão bem canta.

 

Ultrapassada a surpresa do insólito fica a curiosidade. E depois ? Depois de comemorada a cultura e estourados os milhões que restará ?

 

Não esqueçamos que do passado herdámos uma dívida colossal, senão a maior uma das maiores entre os municípios nacionais e com ela um empréstimo de salvação que obrigou a Câmara Municipal de Évora a cobrar-nos pela tabela máxima todas as taxas e tachinhas, impostos e mais-valias, uma obrigação decorrente das obrigações desse empréstimo salvífico e que todos os eborenses pagam e pagarão com um palmo de língua de fora não sabemos durante quantas décadas.

 

Não só somos os mais pobres como nesta cidade tudo falta e tudo é caro, caríssimo, é caso para julgar os eborenses (entre os quais me incluo ainda que não me canse de protestar) é caso para julgar os eborenses dizia eu, como teimosos masoquistas.

 

…Quanto mais lhes batem, mais gostam que os maltratem …

 

Todas as políticas, todas as estratégias e tácticas usadas até hoje mais não conseguiram que o nosso lastimável, visível e incompreensível empobrecimento generalizado, constante, e galopante. E desta vez ?

Vai ser o regabofe habitual e inconsequente ...  Esta gente não se enxerga, nunca enxergou, já lá vão 48 anos, o tempo de uma vida, quantas oportunidades perdidas ? Quantas vidas queimadas? 


Quantas oportunidades queimaram já por sectarismo ? 

E depois ?

Mais uma oportunidade perdida, como habitualmente...

Como vai ser depois, como vai ?

Eu aposto forte em mais uma oportunidade perdida.

Cegos, mudos e surdos, só quem neles vota os supera... 

A ver vamos ...

A ver vamos como diria qualquer cego, é indiferente quem, pois mais parece que cegos já todos nós estamos há demasiado tempo…



NOTA:  Fotos retiradas da net, obrigado aos autores, que desconheço. 

 

DEPOIS DE LERES, O TEXTO, SE CONCORDAS E O APRECIASTE,   PARTILHA-O PELAS TUAS AMIZADES…

   OBRIGADO, E UM ABRAÇO !

terça-feira, 15 de novembro de 2022

A MORTE DA PASSARINHA EM 3 PARÁGRAFOS

 


 De imediato pensei que tivesse periquitos, ou canários, os rouxinóis e os pintassilgos não se dão em cativeiro, nem as passarinhas, digo as pardalocas, as fêmeas do pardal.

 

Juro ter sido o que me acudiu à mente mal a vi entrar de luto, quero dizer de preto, toda de preto, primeiro pensei cá para comigo quem teria sido que lhe teria morrido, depois, não vos confesso mas ri-me para mim mesmo pensando que podia ter sido um periquito, reparei na casaquinha preta, muito gira, muito à maneira, na saia preta, saia ou vestido, de qualquer modo preto também, com uns remates mui leves em dourado, se não era dourado pareceu-me tal, mas longe como estava e zarolho como tou ficando, a idade não perdoa e os quarenta já pesam, não será pois de admirar que faça algumas confusões, inda por cima com um remate tão ténue como aquele, mas que o preto lhe assentava a matar assentava, sobretudo a casaca, a casaquinha, ninguém poderia negar, e a saia, cá estou eu vendo mal, o vestido, digo o vestido, bom tecido, bom corte, bem passado, boa perna, bem torneada.

 

Reparei também visto estarmos perto do verão nas sandálias, não me recordo da cor mas eram abertas, o pé sem calosidades, conforme, isto é nos conformes, sem joanetes, não lembro as unhas mas suponho-as tratadas, como tudo o resto, a perna firme, há ali muita marcha, ou muita marcha ou muito ginásio, estou a rir-me para mim mesmo com os meus delírios, mas ela também não desarma, não larga o sorriso, até o café bebe sorrindo, todos os dias fico à espera de ver um fiozinho de café escorrendo-lhe por um dos cantos da boca, por um ou pelos dois, aposto que nem assim largará o sorriso, fica-lhe bem o sorriso, mas cá para mim tem um não sei quê,  pour moi a un je ne sais quoi de matreiro, é que não é só o sorriso, são também os olhos, como duas âncoras, ou antes como uma antena de radar, olhando tudo, tudo mirando sem saber nunca onde ancorar, ou se calhar sabe e não quer, esta coisa das tecnologias furtivas, stealthy, tem muito que se lhe diga.

 

Bebe a bica e furtivamente passa os olhos por um jornal ou revista escolhida aleatoriamente, pelo menos é o que me parece, lê sorrindo, decerto que não a notícia da explosão de ontem em Cabul e que despachou uma data deles, quase cem, já deixei arrefecer o café porra, fico de antenas no ar e depois é isto, e eu que detesto café frio, não consigo lembrar a cor do batom dela, será daqueles mui vermelhos que ficam marcados na chávena ?

  


 Uma vez num daqueles filmes do inspector ou detective Poirot desvendaram o crime pelo batom na chávena, já vi que não tenho merda de jeito para inspector, o que interessaria ver não vi, nem lembro, lembro o conjunto preto, saia e casaco, casaquinho, ou jaqueta, saia ou vestido, deixei-a abalar antes de confirmar, fiquei preso nas pernas e na bainha curta da saia, da saia ou do vestido, de qualquer modo permitindo que se vissem umas coxas fortes, fortes mas não musculadas, o que é demais não presta, vive a correr, tomou a bica em pé, muitas vezes a toma assim, mas nem sempre, se calhar será só quando está com pressa, fá-lo em pé e lendo, em pé e sorrindo, sempre à pressa, deve ter que ir apanhar a equipa, a malta das enciclopédias ou da herbalife, quantas mais vendas fizerem pela manhã menos calor apanham.

 

O sol já vai ficando uma fornalha e ainda mal começou Junho, pagou e desandou à pressa, vejo-a pela montra, vai buscar a carrinha, passa acelerada frente ao café, gosto de a ver ao volante, quando era rapaz também eu sonhei ser motorista, via-me em sonhos abraçado a um volante enorme e dominando o bicho, um camião de dez rodados com atrelado, eu usava ténis e era sempre a acelerar, Espanha, França, Alemanha, não recordo já onde fui parar mas uma vez na passagem para a Itália embora não usasse sandálias, estava de pijama nesse dia e num cruzamento ali mesmo na fronteira um tipo faz uma daquelas manobras de merda, perigosa, escapou-me o ténis do pedal, apanhei um susto e mijei-me.

 

A minha mãe afinou e com razão, eu já devia ter uns dezasseis ou dezassete aninhos, mijar na cama com essa idade nunca em pequenino me fizeste uma dessas que vergonha, parece que a estou ouvindo ainda, ela que tenha cuidado com as sandálias, e com sapatilhas nem pense, quando mal esperar poderá escorregar-lhe o pé do pedal e truz, mijar-se toda, seria uma pena não ?

 

Nem imaginam enquanto o tempo passou, fiquei para aqui a olhar para os sapatos mas tenho que lhe dar corda e ir ao pão antes que se esgote, senão depois quem ouve a Luisinha sou eu, cabeça no ar, quanto mais velho mais parvo, e não seria eu a tirar-lhe a razão da boca.



Texto já publicado em 2 de Junho de 2017 sob o nº 437



segunda-feira, 31 de outubro de 2022

O CUIDAR D'ÉVORA NÃO PODE IR A TODAS !!!!!



TEXTOS POLÍTICOS

 

781 -  O “MCE” NÃO PODE IR A TODAS !!!

 

Diariamente sou incomodado por carros mal estacionados ou até atravessados na via enquanto crianças são despejadas ou apanhadas junto das diversas escolas da nossa urbe. Já lá vai o tempo em que descia a Rua da Mouraria para desembocar em S. Mamede e deixar a minha netinha na primária. Mais próximo dos nossos dias sofri quando ela frequentou Santa Clara, e sofro quando calha levá-la ou ir buscá-la a uma secundária que agora frequenta.

 

Naturalmente sinto-me constrangido de um modo acutilante quando as coisas não me correm a desejo, vociferando contra tudo e contra todos, dependendo em grande parte da qualidade em que me desloco, se na de peão, se na de condutor. Ressalvo que em qualquer dessas qualidades sou um simpatizante do “MCE” cuja actuação aprecio diariamente, não sou mais interventivo por geralmente me encontrar bloqueado pelo Facebook, o novo paladino da liberdade de expressão e que está transformando Salazar e a sua censura num menino de coro e brincadeira. Até nos faz ter saudades daqueles tempos.

 

Actualmente é a Europa, berço das liberdades e da democracia que se arma aos cágados e, numa pirueta e num autêntico império da coerção sobre a liberdade de expressão abafa-a… Sou dos que defendem acerrimamente a liberdade de expressão, a minha e de toda a gente, inda que não goste do que digam defenderei sempre o direito de o dizerem, embora o modo de ver de muitas cabeças me faça impressão e incomode verdadeiramente.

 

Há dias senti-me extraordinariamente mal, incomodado portanto, com um cartaz que alguma alma ou espirito menos dotado colocou na página Facebook do “MCE”, literalmente ofendendo muitos simpatizantes desse salutar e positivo movimento uma vez que muitos serão pais, e condutores, dos tais, acusados de pararem sem consideração pelos demais e em contramão, ou em fila dupla, etc etc etc, em fim, só faltou chamarem-nos animais, tal o despautério que nesse cartaz era destilado…

 

Ora sucede que a abordagem, o estacionamento ou a paragem junto às escolas tem em Évora e há décadas muito que se lhe diga. Em primeiro lugar deveremos interrogar-nos se a esses pais (e avôs) é dada ou não uma outra alternativa que não seja a de transgredir. É ? É-lhes dada alternativa ? 

 

Lembro aqui muito a propósito que junto às piscinas de Évora, construídas há mais de cinquenta anos, não foram ainda construídos os acessos necessários e que há muito se impõem, inclusive deixaram construir um bairro tão juntinho a elas que o mesmo poderá inviabilizar a construção correcta desses acessos, e lembro que, quem para elas se desloque a pé para lá ou para cá, em qualquer dos sentidos em relação à entrada ou portaria das mesmas, nem sequer tem um passeio sobre o qual andar, tendo sido colocados há meia dúzia de anos como medida provisória de prevenção e resguardo uns pilotes que já devem ter-se tornado definitivos…  

 

Aproveito e faço notar que todos os acessos a quase todas as escolas eborenses foram inicialmente mal concebidos, ou nem sequer foram pensados, apesar de haver espaço e ocasião ou oportunidade para terem sido feitos acessos correctos fora da via de circulação, aproveitando os extra largos passeios ou os largos espaços livres adjacentes a essas escolas. Alguns desses espaços propriedade dessas escolas e sem qualquer aproveitamento. 

 

Em vez de me chamarem todos os nomes e mais alguns, a mim que também sofro com o desiderato, ninguém se lembrou de culpar os arquitectos que conceberam ou planearam essas escolas e acessos ? Nem vos ocorreu culpar quem devia ter fiscalizado esses projectos e acautelado os acessos antes da execução das obras dessas escolas ? Que mentes simplistas culpam as consequências e ilibam as causas ?  Que falta de bom senso anima a administração da página do “MCE” a ponto de nos desejar (metaforicamente) enforcar a todos menos aos culpados, em quem nem se atreve a tocar ...

 

Realmente é uma pena, tanto espaço desperdiçado junto a tantas escolas e tantos neurónios não utilizados por cabeças de gente paga por todos nós para trabalhar com competência mas que o não faz ... Pois meus amigos, vocês que me atiraram, nos atiraram pedras acima, queixai-vos á CME, aos BVE, à Protecção Civil, à CCRA, pois ao que julgo (projectos do estado poderão estar isentos de tal) projectos de uma determinada envergadura terão que ter forçosamente o amém dessas entidades.

 

E ao “MCE” aconselho a ser mais comedido, a pensar antes de agir, a escrutinar de melhor forma os administradores a quem confia ou em quem delega a administração da sua página, já que alguns nem se sentem capazes de defender as posições ou atitudes que tomam, nem tão pouco de ser correctos, dialogantes e transparentes nas conversações travadas com quem os aborda. É gente que serve mal, muito mal o "MCE", e os tempos não vão propícios a amadorismos... A senhora vereadora deve acautelar melhor as mãos em que se entrega. Sou vosso simpatizante, mas jamais vos perdoarei a leviandade com que desta vez me melindraram, me ofenderam, e espero sinceramente ter sido simultaneamente a única e a última vez.

 

Não podemos nem devemos ser mais papistas que o Papa, o “MCE” não se pode pôr a elogiar toda a gente, tal como não pode morder em todos os eborenses. Em política não se pode agradar a todos, é muito fácil criar adversários, difícil é ter sangue frio, bom senso, ser diplomata, tolerante, ter a mente lúcida, acreditar estar dentro da razão e sobretudo ter a coragem para avançar em frente, se necessário contra tudo e contra todos,

É isso mesmo que muitos eborenses esperam do “MCE”.




 NOTA: - SE CONCORDAS COM O EXPOSTO PARTILHA SFF, PARA QUE ESTA CRITICA CHEGUE A QUEM DE DIREITO E COMECEM A TRABALHAR COMO DEVE SER, EM VEZ DE NOS COLOCAREM TODOS A DISCUTIR AS CULPAS DE QUEM AS NÃO TEM,

 OBRIGADO

Ver original em: - https://www.facebook.com/groups/movimentocuidardeevora/permalink/3258089857790016/


sábado, 8 de outubro de 2022

780 - SABER QUAL É O AMOR VERDADEIRO *




“Um dia o meu melhor amigo perguntou-me:

 

- Como é que tu sabes que ou quando alguém te ama  verdadeiramente ?

 

- Reflecti por um momento e respondi: 


- Talvez simplesmente sinta. Talvez seja evidente o esforço que colocamos em construir algo juntos.

 

Então ele disse algo que nunca esqueci:

 

- É o tempo. Tu sabes que alguém te ama pelo tempo que ela te dedica. Quando a pessoa escolhe ficar do teu lado, ouvindo-te chorar durante horas ao invés de estar num qualquer outro lugar...

 

As ligações inesperadas, as conversas infinitas, as mensagens constantes. Ninguém ocupa o seu tempo repetidas vezes sem uma forte razão. Se te dão tempo, dão-te amor.

 

Desde então essa premissa tornou-se o meu verdadeiro critério para avaliar o amor.

 

*    “Alya Omran”




domingo, 18 de setembro de 2022

779 - GOSTO DE OS VER, SIM, GOSTO DE VÊ-LOS



Quando calha, vulgo inesperadamente, sempre, gosto de os ver, não que se esconderam, ou que se furtem às vistas. Não, nada disso, somente procuram o abrigo de uma sombra, a invisibilidade de uma esquina, a cumplicidade de uma multidão.

 

Ela, alheia aos compridos cabelos que a toldam de sereia, sorri, sorri sempre, nunca dei por ela que não sorrindo, de olhos brilhantes e vivos, a boca ingénua de quem ainda sonha, ou mais não tem ainda que sonhos, e sempre linda.

 

Ele de ar limpo, cabelo aparado, barba por nascer, porte atlético, humano, sério, brioso, confiante, quase um homem já, riso comedido, sorriso franco, alto, esbelto, um Adónis em potência, a coisa promete.

 

Pelo menos comigo prometeu, Prometeu abençoou-me, promessa que durou anos e anos, décadas. Desde imberbe e quando eu na minha mota azul, cabelo comprido, barba despontando, sério e brioso, confiante, quase homem, me entreguei num compromisso para a vida confiante, ainda sonhando com muitos, muitos sonhos nesse momento alinhavados, e cumpridos.

 

Ele acciona o start da mota dourada (dourada como os sonhos ?), ela sorri cúmplice, e monta ligeira e álacre rumo a uma qualquer “Lagoa Azul”. Eu fico, vendo-os partir, e volto a sonhar com o teu rir o teu gargalhar feliz, com o brilho dos teus olhos, e tu ágil como uma sereia e enquanto viva, um sonho lindo.

 

Gosto de os ver sim, porque neles me revejo, e com eles rememoro, e me iludo de um tempo que não volta mais e jaz na minha mente como se 1 de Novembro todos os dias e eu, depositando flores numa lápide imaginária, imagino o passado remoto como estando presente e tendo ainda futuro, pois muitas vezes o melhor que conseguimos da vida são os enganos a que nos entregamos, que prolongamos e revivemos, como se não houvesse hoje nem amanhã, apenas um passado que ao mínimo pretexto nos convoca, trai e ludibria, sabendo ser precisamente isso que dele esperamos e nada mais que isso.




Astuta, ela apeia-se da mota, tira o capacete, sacode os cabelos com um gesto airoso, estudado, tal qual tu, estudante ainda, dona de casa cedo e por obrigação, leviana nos tempos livres como libertação da mulher democrática que já eras, que sempre foras e continuaste sendo.

 

Foram tempos engraçados, o bambúrrio da revolução, a libertação dos tabus, a afirmação do ser, do sermos, o princípio do fim. Tempos lindos, com os quais passados pouco mais de quarenta anos havíamos de rebentar, por laxismo. Ainda bem que partiste e não viste, não vês, não presencias o suicídio destas democracias pelas quais tanto lutámos, lutaste.

 

 Ele, com um toque do pé coloca mota no descanso, acredita ainda que haverá um tempo para ele, para eles, oportunidades para eles, para todos, engana-se mas não sabe, como eu me enganei sem o saber e só acordei passados tantos anos, e quando era ineludível que não avançávamos, mas recuávamos, um passo por cada dois dados em frente.

 

Eu era jovem e acreditei, como não acreditarão eles que vivem um sonho que eu próprio já vivi ? Que calcorreiam os mesmos caminhos e as mesmas ruas que já percorri ? Juntos contra o mundo acreditam ter forças para tudo enfrentar, deixai-os sonhar como eu sonhei, não sabia nada, não sabem nada, será melhor assim…

 

Ainda hoje não sei nada, e saberei cada vez menos, sei, lembro-me bem, que ela me tirava o sono, me tirava o sono e me tirava do sério, a terra parecendo o céu, os minutos horas, o presente algodão doce e o futuro cor-de-rosa, lilás, fúcsia, polvilhado de estrelas e promessas, num imenso tapete alcatifado que se sumiu repentinamente debaixo dos pés e ficámos sem chão, fiquei sem chão.

 

Piso com cautela a estrada que percorro agora, vendo criteriosamente onde ponho os pés por não ter onde me agarrar, me segurar, avanço tacteando, apalpando, tal qual um cego, vivendo de lembranças e memórias inda vívidas em mim, contudo cada dia mais difusas, apagando-se aos poucos, por isso gosto de vos ver, lembram-me eu, lembram-me nós, são um espelho cujos reflexos recebo como um negativo que na tina os cristais, óxidos, soluções alcalinas, metol, hidroquinona e haletos revelam, libertando sonhos e recordações, fecho os olhos, respiro fundo e então visões,

 

Absorvo essas emanações e tantas outras, de tiossulfato de sódio, de ácido acético glacial, d’ácido cítrico, de tiossulfato de sódio e de sulfito de sódio, não mais que eflúvios capazes de projectar na minha mente um diáfano holograma, monocromático ou colorido do melhor que em mim fixei.

 

Embora os jornais pintem os dias futuros de um escuro indizível, a esperança sobrepõe-se á mais ténue crença e, dois passos em frente um passo atrás, avançamos tão confiantes quanto o equilibrista no arame que os astros seguram e o destino estica, dando tensão á vida e ao viver que com alegres cores pintamos na tela do futuro, alheados da firmeza, ou falta dela, em que o cavalete assenta os pés na terra.

 

“CARPE DIEM”


A LAGOA AZUL https://www.youtube.com/watch?v=eq7M89rpSCA

MELODY https://www.youtube.com/watch?v=1B8a99J0bMU

VERÃO 42 https://www.youtube.com/watch?v=oYu6HtUxRJs



domingo, 14 de agosto de 2022

778 - UNIVERSIDADE DE ÉVORA , FIASCO INSTITUCIONAL NACIONAL E INTERNACIONAL


 Atenção ! Este texto fora já publicado no dia 9 de Junho de 2016 sob o Nº 350 !


( Porém hoje acredito que com a nova e Magnifica Reitora, Dr.ª Hermínia Vasconcelos Vilar, e baseado no seu discurso de tomada de posse, Évora e a nossa Universidade comecem  final e exemplarmente a trabalhar de braço dado para que a cidade e a universidade saiam do marasmo a que têm sido votadas ou a sua mais que péssima gestão as tem condenado... )

 

UNIVERSIDADE DE ÉVORA, FIASCO INSTITUCIONAL NACIONAL E INTERNACIONAL ?

 

Para ser prosaico o que me levara ali fora a nostalgia, a nostalgia e a Cândida, cuja candura teimava apostar em nos reunir a todos num almoço comemorativo dos trinta anos de curso. Já o Adriano manifestara idêntica ideia. Ela sonhava delirando com os comensais, os sorrisos, as piadas, e com as famílias no entretanto formadas e as alargadas, acompanhando-me com um ar ora exaltado ora meditativo que aos olhos de quem a observasse a pintava de tolinha. De parva não tinha nada, mas parecia.

 

O primeiro revés surgiu mal nos aproximámos da entrada, uma informal tabuleta convidava o visitante a desembolsar três euros se quisesse desfrutar da beleza do lugar, um dispositivo electrónico zelava pelo cumprimento da norma e não permitia a abertura das portas a menos que…

 

- Não acredito ! Desabafou com pouca ou nenhuma candura a Cândida.

 

Confesso que há uns tempos atrás ouvira na mesa do café um zumzum, mas como nem os jornais da terrinha nem quem quer que fosse tivesse voltado a mencionar a coisa o assunto acabara por ser esquecido.

 

Depois de breves trocas de impressões com um funcionário e algumas professoras e professores que ou entravam ou saiam a Cândida, puxando do seu vernáculo desabafaria:

 

- Se ao menos se limitassem a codilhar os de fora, mas não, nem os da terra se safam, nem os da terra nem os antigos alunos, uma vergonha, fosca-se !

 


Estive tentado a concordar com ela, porém tentando simultaneamente junto dos interlocutores que se iam juntando ao debate no incerto equilíbrio entre entradas e saídas averiguar de quem partira a decisão, como fora votada a questão. E que teriam adiantado em prol ou contra o Senado e a Associação Académica ?

 

Debalde, de positivo ninguém sabia nada de nada e todos me deixaram de balde na mão, de balde e de esfregona, e freando a minha enormíssima revolta e contestação que ao longo de duas semanas esperei me abandonassem para não escrever este texto debaixo do efeito do sangue na guelra que é como quem diz a sangue quente. Eu não sou a Cândida mas também não sou cândido.

 

Dei-me tempo para arrefecer, para pensar, para ponderar, dei tempo ao tempo para que o bom senso retomasse a mim de novo, pelo que agora calmo, reitero a opinião que então formulara. A liberdade de isenção de taxa de entrada deveria abranger todos, eborenses e não só, ex-alunos e não só, porque se os eborenses e os nacionais já pagam tudo enquanto contribuintes e através dos impostos que entregam à Fazenda, não é justo que um particular pagamento lhes seja exigido para visitarem o que afinal é deles, a eles pertencem e eles pagam ou mantêm.

 

Do ponto de vista meramente fiscal tratar-se-á no mínimo de dupla tributação, com a desvantagem de discriminar quem cheio de boas intenções se lembre de visitar tão vetusto lugar.

 

Sim, esta semana cheio de nostalgia fui visitar a minha UE, a nossa UE, não pude entrar, não levava trocos, exigiram-me pagamento à entrada... Ali não há direitos adquiridos... Há tristeza. E há falta de vergonha. Ainda aleguei ser minha, ser eu que a pago, que pago tudo... Foram insensíveis.

 



É muito difícil ao comum dos mortais avaliar em consciência ou com alguma exactidão esse tipo de impacto, desde logo porque a própria academia propositadamente se fecha sobre si mesma, o que já é um mau sinal, um mau indicativo ou mau sintoma Diz-se, deduz-se, intui-se, supõe-se que a academia terá algum impacto sobre a região, e certamente terá, qual a sua dimensão ou qualidade é segredo que ela esconde como coisa que a envergonhe.

 

Através dos seus sábios pouco ou nada se sabe, nem tão pouco o que pensam sobre a civitas que os acolhe, donde, à mesa do café extrapolámos o seguinte pensamento; “não vivem para a civitas, vivem da civitas”, tendo sido deduzido entre nós ser o seu impacto real muito inferior ao que o vulgo lhe atribui, o que, e ninguém o negou, constituía para todos uma vera preocupação.

 

Que produzirão de positivo tantos departamentos e tanta gente que os contribuintes sustentam ? É que na ausência de informação cabal e insuspeita quaisquer teorias da conspiração nos acodem ao espírito, a percepção que a população em geral tem da U.E. e do trabalho que esta desenvolve, e quem diz desta diz dos seus sábios. população para quem a vida está cada vez mais difícil e que, ao olhar as estatísticas que jornais e televisões diariamente apresentam nada mais vê do que Portugal consecutivamente no fim de qualquer tabela, e a descer, e atrás dele, ou nele, o Alentejo como região mais pobre no seio da pobreza.

 

Há pouquíssimo tempo num texto educadíssimo um docente da Universidade de Évora, Dr. Carlos Cupeto de seu nome e em crónica cujo link vos deixo no fim da página abjurava o distanciamento existente entra a faculdade e a cidade, ora pelos vistos a faculdade cultiva com primor esse distanciamento, cultiva-o, alimenta-o e promove-o, a cidade paga-lhe pela mesma medida ignorando-a com acrimónia.

 

Tenho aqui acusado a instituição universitária de se fechar excessiva, se não maliciosamente sobre si mesma, volto à carga, se é de falta de verbas que a UE carece carregue sobre o ministro da tutela e exija mais, ou, faça render o peixe e busque rendimentos no fruto do trabalho dos seus sábios, no fruto do trabalho que produzirão tantas escolas de excelência, tantas escolas do saber que em si própria alberga ainda que eu não esteja a ver nem como nem quando nem quem seja capaz de atingir tal desiderato.

 




É vergonhoso que a faculdade seja incapaz de gerar por si mesma os recursos de que carece para resolver os seus problemas taxando com uns míseros três euros os desgraçados que a procuram e consideram, tão lesta é a consumir os recursos do Orçamento de Estado cada vez mais e vitalmente sempre necessários noutras áreas das nossas vidas.


É igualmente incompreensível que nenhum órgão de comunicação social local ou regional, a Região de Turismo e até a autarquia não tenham então, nem nunca, trazido o assunto à berlinda ou não tenham tido sequer uma palavra a dizer quanto à estratégia turística local, regional ou nacional, deixando nas mãos de académicos o perigoso perigo, desculpai-me a redundância, de tomar decisões sobre matérias que não entendem nem dominam mas com efeito sobre as vidas de todos nós. Como dizia o venerável estadista Georges Clemenceau “a guerra é uma coisa demasiada grave para ser confiada aos militares” eu direi que esta é uma questão, como muitas outras, demasiado séria para ser deixada nas mãos de académicos.


Que se dediquem às ciências, às artes, às filosofias, às línguas, á história, às letras, matérias onde pontificarão sabiamente, sem porém lograrem obter benefícios ou rendimentos que não os que mensalmente levam para casa à custa de todos nós.


O Turismo é para ser fruído por todos, a vinda de turistas a Portugal ou a Évora não é feita para providenciar rendas à Universidade ou para esta se aboletar à custa deles, o turismo é pensado, promovido, gerido e acolhido a pensar em centenas de negócios e milhares de portugueses a quem dá emprego, negócios e empregos que a avidez cega da nossa improdutiva universidade assusta e enxota como quem espanta corvos do quintal ou da seara os pardais.

 

Na universidade ninguém de entre os nossos sábios parece querer ser incomodado na pacatez mesquinha da sua vidinha e esquecem-se que tudo devem à cidade, à população que ignoram e hostilizam, desde o edifício onde estão belamente instalados, ao orçamento anual que os alimenta.        

 

Observando os números sérios que estatísticas e estudos ou sondagens várias nos proporcionam, forçoso se torna concluir que a academia não tem tido impacto nenhum no desenvolvimento da região pelo que me pergunto muito legitimamente quantas patentes a U.E. registou nos últimos trinta ou quarenta anos, a quantas empresas se ligou, quantas formou de raiz, e quantas vezes a U.E. fez ouvir a sua voz aconselhando, corrigindo, reclamando ou sugerindo uma estratégia de curto ou longo prazo para a região em que se insere e que cada vez mais ocupa o fundo da tabela, de todas as tabelas. 

 

Pois que com tantos sábios façam alguma coisinha de original, comecem por acabar com a vergonhosa cobrança de entradas, só para compararmos a Alemanha tornou gratuita a frequência de todas as Universidades do país porque lá as universidades rendem, isto é cobram o fruto do seu trabalho, pois que a UE as imite e continue, publique anual e publicamente o seu orçamento institucional para que todos saibamos quanto nos custa e quanto nos rende tanta sabedoria. Pela ordem de ideias que preside à UE os turistas teriam direito a cobrar a divulgação da imagem que lá fora fazem dela e da região, do país, imagem que traz cada vez mais deles até nós a julgar pelos números que têm vindo a ser divulgados nos mídia.

 

A pequenez do alcance e visão da universidade parece todavia mais apostada em matar a galinha dos ovos de ouro, matar a galinha, comê-la sozinha e atirar-nos os ossos, que é como quem diz ignorar-nos e ofender-nos.

 

É pena, é triste, é o nosso fado.

 

* http://www.otrosmundos.cc/2016/05/mil-e-tres-ideias-por-evora/

 

* Leia mais: http://quemdisse.com.br/frase.asp?f=a-guerra-e-uma-coisa-demasiada-grave-para-ser-confiada-aos-militares&a=georges-clemenceau&frase=45704#ixzz4B6pdVZjf

 

* http://mentcapto.blogspot.pt/2016/04/330-universidade-de-evora-o-impacto.html

 


segunda-feira, 8 de agosto de 2022

777 - CARÊNCIAS, ABSTINÊNCIAS ...

 


CARÊNCIAS

 

Carências ?

Abstinências...

 

Contingências da vida, do acaso, da sorte,

ou do azar, do destino, do fado, do caralho …

 

Olho a praia, o Alqueva pejado de sereias,

e eu que serei ? que sou, senão um ramalhete de intenções, resignações, frustrações…

 

Porque mais ninguém

 

Chega cá

Vem aqui um instantinho

Depressa

Baixa o estore

 

Sim

assim, sim

Agora

espera,

Deixa baixar mais

 

Ou antes, tira tudo

Já está

Agora, depressa,

Mais, tudo, todo

Mete a almofada por baixo

 

Carências carências, nada disso,

só que

Desde que ela se foi que não …

 

Percebes ?

 

Desde então que ninguém me puxa p’la mão

 

Vem cá

Chega aqui

 

E nunca mais aquele olhar cristalino, nunca mais aquele sorriso pleno de promessas, nunca mais um semblante prometendo-me o céu,

 

Entendes ?

 

Perdida a cumplicidade perdida a vontade,

a compostura arrasa tudo, ou quase,

o farisaísmo acaba com o resto…

 

Não há excessos, desconhece-se o “no limits”,

tudo demasiado formal, igual, coloquial,

nada de javardices, nem chavasquices,

tudo igual,

pãezinhos sem sal…

 

Queres que ponha o véu ?

caga no véu

Também tenho ali o terço

esquece

Meu Deus como tu estás hoje,

pareces-me um selvagem

 

Fúria de Viver… *

 

Se continuas assim tenho que dizer-te

que “Alice Já Não Mora Aqui” … *

 

Não sejas carne de vaca

Só se não te armares em parvo totó

Tá calada e cala-te concentra-te no que fazer

 

e que fazer ? sabes ?

 

Aperta-me mais, prende-me

 

Carência, tens tomado as vitaminas ?

 

Foi bom não foi ?

E não é sempre ? foi melhor que bom, foi bombeiro

És um amor

Não sou nada, sou sargento artilheiro…

 

Vou beber água queres alguma coisa ?

Traz-me um Cornetto de Morango

 

Fome ?

Pensei que ficaras bem com o biberon

 

P’ra próxima ficas a ver navios que é para não seres ordinário

 

Desculpe madame, estava a reinar

 

Gostas muito de brincar, abusas

 

Brincar não, reinar, sobre tudo e todos

Deixa-me, para a outra vez vais ver como é


 “Que Seja Agora” ….  *

 

 https://www.youtube.com/watch?v=MWw5vWIJ83Q&list=PLLUVPuuUlTTkW6L_UEGA1mar5Z2fYFnbv&index=2

  

https://mag.sapo.pt/cinema/filmes/alice-ja-nao-mora-aqui

  

https://www.youtube.com/watch?v=pjACOG_loM0